República Árabe Saharaui Democrática


O POVO QUE O MUNDO ESQUECEU


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O POVO QUE O MUNDO ESQUECEU


Bem-vindos ao blog phoenixsaharaui.blogspot.com.br


A criação deste espaço democrático visa: divulgar a causa Saharaui, buscar o reconhecimento pelo Brasil da República Árabe Saharaui Democrática e pressionar a União Européia, especialmente a Espanha, a França e Portugal, mais os EUA, países diretamente beneficiados pela espoliação dos recursos naturais do povo Saharaui, para retirarem o apoio criminoso aos interesses de Mohammed VI, Rei do Marrocos, e com isto permitir que a ONU prossiga no já tardio processo de descolonização da Pátria Saharaui, última colônia na África.


Membro fundador da União Africana, a RASD é reconhecida por mais de 82 nações, sendo 27 latino-americanas.


Nas páginas que seguem, você encontrará notícias do front, artigos de opinião, relato de fatos históricos, biografias de homens do porte de Rosseau, Thoreau, Tolstoy, Emersom, Stuart Mill e outros que tiveram suas obras imortalizadas - enxergaram muito além do seu tempo - principalmente em defesa da Liberdade.


"Liberté, Égalité, Fraternité", a frase que embalou tantos sonhos em busca da Liberdade, é letra morta na terra mãe.


A valente e obstinada resistência do povo Saharaui, com certeza encontraria em Jean Molin - Herói da resistência francesa - um soldado pronto para lutar contra a opressão e, em busca da Liberdade, morrer por sua Pátria.


A Literatura, a Música, a Pintura e o Teatro Saharaui estarão presentes diariamente nestas páginas, pois retratam fielmente o dia-a-dia deste povo, que a despeito de todas as adversidades, em meio a luta, manteve vivas suas tradições.


Diante do exposto, rogamos que o nosso presidente se afaste da posição de neutralidade, mas que na verdade favorece os interesses das grandes potências, e, em respeito a autodeterminação dos povos estampada como preceito constitucional, reconheça, ainda em seu governo, a República Árabe Saharaui Democrática - RASD.


Este que vos fala não tem nenhum compromisso com o erro.


Se você constatar alguma imprecisão de datas, locais, fatos, nomes ou grafia, gentileza comunicar para imediata correção.


Contamos com você!


Marco Erlandi Orsi Sanches


Porto Alegre, Rio Grande do Sul/Brasil

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Crianças Saharauis - exemplo para o mundo


Ano novo, vida nova, será?

Este blog, como vocês sabem, tem objetivos bem definidos:

1. Divulgar a causa Saharaui;
2. Buscar o reconhecimento do Estado Saharaui como nação independente pelo Brasil;
3. Pressionar a Espanha, França, Portugal e EUA, para que renunciem aos interesses escusos que os mantém ligados umbilicalmente ao regime genocida de Mohamed VI, Rei do Marrocos.

Ao longo deste ano garimpamos, isto mesmo, garimpamos na imprensa nacional e internacional, notícias sobre a situação do Povo Saharaui.
Apesar do apego da imprensa as notícias sobre tragédias, o extermínio dos Saharauis não desperta nenhum interesse. Assim, a vida privada das celebridades, o acidente na Fórmula 1, o título mundial perdido, a novela das 9:00, o replay interminável dos gols feitos e perdidos e os bolas muchas e os bolas cheias, inundam nossas casas num besterol que parece não ter fim.
O processo de infantilização do povo caminha a passos de gigante.
Os mesmos meios de comunicação que trabalham matérias sobre tragédias pretéritas, com o nobre intuito de que o conhecimento das atrocidades praticadas no passado não se repitam, criminosamente calam diante do extermínio do povo Saharaui no presente.

Ora, como poderia um muro de 2.500 KM de extensão, guarnecido por 150.000 mercenários fortemetente equipados com armamento Francês, dividindo um país de norte a sul, segregando um povo em cárcere privado dentro do seu próprio teritório, ser manchete e provocar o repúdio mundial?

Como poderia milhões de minas terrestres serem colocadas ao pé deste infame muro para evitar que os legítimos donos da terra transitem livremente, provocando mutilações e mortes aos milhares de um povo indefeso, ser manchete e provocar o repúdio mundial?

Como poderia a tortura praticada nos porões das prisões Marroquinas, contrariando e colocando a mostra toda a hipocrisia da política de Direitos Humanos apregoadas e não praticadas pela União Européia e EUA, ser manchete e provocar o repúdio mundial?

Como poderia a conduta do governo brasileiro que apoiou energicamente o direito do Irã produzir energia nuclear, enfrentando posição contrária das potências mundiais, e mantém posição de neutralidade em relação a independência do Povo Saharaui - última colônia da África - e ao seu Direito à Liberdade, ser manchete e provocar o repúdio mundial?

Como poderia o PT ser governo durante oito anos, agora mais quatro, esquecer uma das resoluções do seu terceiro Congresso, quando apoiaram expressamente a independência do povo Saharaui e após assumirem, negarem este sagrado direito ao povo Saharaui e a própria incoerência na defesa da liberdade ser manchete e provocar o repúdio mundial?

Como poderia a França continuar vendendo armas ao Marrocos para garantir a continuidade da opressão ao povo Saharaui, a Espanha continuar roubando fosfato das minas Saharauis, Portugal e outros gatunos europeus continuarem pescando no litoral Saharaui, maior banco pesqueiro do mundo, pagando pedágio ao genocida Mohamed VI, enquanto as crianças Saharauis nunca viram um peixe e não tem o que comer, ser manchete e provocar o repúdio mundial?

O trato (trato porque contrato precisa ter objeto lícito e boa fé entre as partes) espúrio celebrado entre o Marrocos e seus comparsas Europeus, para espoliação dos recursos naturais abundantes na terra e no mar Saharaui, financia o enriquecimento ilícito de Mohamed VI e a presença do aparelho estatal de repressão, estacionado permanentemente na região.

Como vimos, parece que a palavra chave é COERÊNCIA.

Não há coerência possível enquanto a cobiça e a ganância das grandes potências, a omissão criminosa de países como o Brasil, mais a cumplicidade da imprensa internacional, prevalecerem sobre o direito à vida e à liberdade do povo Saharaui!!!

A reflexão sobre os fatos atuais não diminui nossa disposição para a luta. Nem poderia, pois, as vítimas diretas deste galopante processo de extermínio, o povo Saharaui, não se entregam, não correm da luta, não se curvam ao inimigo e mantém firme seu sonho invencível de liberdade.

Aos bravos combatentes Saharauis, às mujeres Saharauis de excepcional carácter e força frente às adversidades, às crianças Saharauis que não tem o que comer, não tem água, moram em tendas, frequentam escolas precárias, desconhecem a fauna, a flora, os rios, seu mar e mesmo assim são FELIZES, a nossa solidariedade, respeito e admiração à vossa causa, e o desejo que 2011 seja o ano da redenção deste bravo e heróico POVO.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Saharauis: o povo que o mundo esqueceu

Saharauis: o povo que o mundo esqueceu

Reportagem 03 - 10 - 2009

Texto e fotografia de Paulo Nunes dos Santos

São quatro da manha quando finalmente chego ao destino final – o deserto Hamada a sudoeste da Argélia. No aeroporto de Tindouf, uma cidade construída em redor de uma base militar, aguarda-me Malainin Lakhal, um jornalista Saharaui representante da Frente Polisario que será o meu guia, tradutor, guarda-costas e excelente fonte de informação durante a minha visita a região. Após ultrapassadas todas as formalidades e burocracias comuns a uma zona de conflito, é tempo de mudar de transporte e iniciar as duas horas de viagem de jipe pelo deserto guiados apenas pela forte luz do luar. É durante esta viagem que tenho a oportunidade de iniciar o meu trabalho ao pedir a Malainin que me fale um pouco de si.



Á semelhança de mais de 200,000 Saharauis, Malainin viu-se forçado a abandonar a sua terra natal, deixando para trás os seus pais, irmãos, mulher e filhos. “Passaram já 17 anos desde a última vez que vi os meus filhos”, conta Malainin. “Era estudante universitário em Agadir (Marrocos) quando me envolvi em manifestações pela liberação do Sahara Ocidental. Como Saharaui é o meu dever lutar pela independência e liberdade do meu povo”.

Malainin, juntamente com outros activistas, foi um dos elementos envolvidos na Intifada de 1992 no sul de Marrocos e zonas ocupadas do Sahara Ocidental. Nessa mesma altura foi capturado, espancado e torturado pela polícia secreta marroquina. “Este sou eu nos dias a seguir a minha captura”, diz Malainin ao mostrar-me uma fotografia de um rosto maltratado e praticamente desfigurado. Contínua, explicando que enquanto aguardava julgamento, teve a oportunidade de fugir. Juntamente com dois companheiros atravessou o deserto, durante uma semana a pé, desde Laayoune (cidade militarmente ocupada e controlada por Marrocos) até aos campos de refugiados na Argélia. Durante esta viagem teve de atravessar o famoso muro construído por Marrocos, que divide o Sahara Ocidental de norte a sul. “Não foi fácil, porque tivemos de atravessar as zonas fortemente minadas sem que as tropas marroquinas se aperceberem”. Nos anos que se seguem, Malainin é julgado à revelia, e condenado a nove anos de prisão. Desde o dia que deixou Laayoune nunca mais teve a oportunidade de voltar a ver a sua família e amigos que deixou para trás.






Fascinado pela história de Malainin, a viagem até ao campo de refugiados passa num ápice. “Este é o 27 de Fevereiro”, informa-me Malainin. Á semelhança de todas as outras habitações neste campo, a construção é rudimentar. As casas são pequenas, feitas de tijolos de lama e palha, não existe água canalizada nem rede de esgotos. Quando as ocasionais chuvas torrenciais assolam esta inóspita parte do Sahara as inundações destroem-nas por completo, rotina que obriga a uma (re)construção sistemática desde a 34 anos.

Após duas horas de descanso, despertado pelo calor abrasador típico do deserto e pelas moscas que insistem em sobrevoar a minha cara, segue-se o pequeno-almoço e o primeiro contacto com fantástica hospitalidade do povo Saharaui. Café, pão fresco e doce de pêssego são-me servidos numa mesa tipo tabuleiro onde o tradicional chá de menta está também a ser preparado. Com a ajuda de Malainin tento obter um pouco de informação sobre a família anfitriã. É então que me contam a historia de Elkeihel, o dono da casa, activista e poeta Saharaui que, á semelhança de muitos outros, passou a sua infância nos territórios ilegalmente ocupados por Marrocos e viveu de perto a opressão e tortura do regime de Rabat.

Filho de uma revolucionária, Elkeihel passa a maior parte da sua vida na clandestinidade e ao fim de 12 anos consegue finalmente reunir-se com a sua mãe, avó e irmãos nos campos de refugiados. Hoje em dia Elkeihel trabalha como jornalista para a Radio Nacional criada pela Frente Polisário nos campos de refugiados, e tornou-se um símbolo vivo da resistência Saharaui.





De 27 de Fevereiro parto para outro campo, Rabouni, onde os edifícios dos ministérios do governo da Republica Democrática Árabe Saharaui estão estabelecidos. Apesar de ser o campo onde está a sede do governo em exílio, Rabouni tem o mesmo aspecto que os outros campos. Algo que me chama á atenção é o facto de que independentemente do cargo, posição ou importância das pessoas nestes campos, toda a gente vive nas mesmas condições. Pude confirmar este facto, quando uns dias mais tarde sou convidado a casa de Bouhabini Yahia, o presidente do Crescente Vermelho Saharaui (Saharawi Red Crescent – SRC) para lhe fazer uma entrevista. A sua casa é e contem exactamente o mesmo que as outras casas das famílias onde pernoitei e visitei.





No total existem 5 campos de refugiados: 27 de Fevereiro, Rabouni, Smara, Dajla e Laayone. Entre eles, estima-se uma população de 200 mil pessoas.

Construções rudimentares, as improvisadas vedações para as cabras, as ocasionais antenas parabólicas, os pequenos painéis solares e escassos depósitos de água, completam a paisagem árida destes campos. Negócios são quase inexistentes, e as poucas lojas que existem servem apenas para abastecer a população com os mais básicos dos produtos. Em cada campo existe também um jardim colectivo que, devido a escassez de agúa, permite apenas uma produção mínima que é distribuída por hospitais e população em geral.





Os refugiados que estão classificados em duas categorias – Vulneráveis (75 mil) e Muito Vulneráveis (125 mil), dependem unicamente da ajuda humanitária internacional que, segundo Bouhabini Yahia presidente da SRC não é suficiente para garantir as necessidades básicas de todos. ” Toda os refugiados nestes campos dependem de ajuda humanitária. Todos sem qualquer excepção. Mas Infelizmente estão muito longe de receber ajuda suficiente”, afirma. No entender de Bouhabini as Nações Unidas são em muito responsáveis por esta situação, afirmando que “não levam a serio a situação em que esta gente vive”. Acrescenta ainda que “não é aceitável que as Nações Unidas classifique estes refugiados com um estatuto de Emergência desde que os campos foram criados”. O facto de não serem classificados como refugiados não permanentes significa que a quantidade de ajuda humanitária recebida não vai ao encontro das necessidades reais da população.

Existe no entanto, uma forte participação da comunidade civil espanhola que em geral, e ao contrário do governo (o principal responsável pelo conflito, pelo facto de ter abandonado a ex-colonia a mercê da politica imperialista dos países vizinhos), reconhece o direito a um estado independente e sente a obrigação moral de apoiar os Saharauis. São várias as Organizações Não Governamentais (ONG) espanholas com um papel activo na ajuda aos Saharaui, com acções que vão desde a distribuição de água potável á implementação de escolas e acções de formação técnica de varias vertentes.





De caminho ao sul, é altura de visitar o campo de Smara, o maior e mais populacionado da região. Zorgan, um outro representante da Frente Polisário, leva-me numa visita guiada ao campo, passando pelo hospital, escola, jardim e pelo único cemitério da região. Na realidade, Smara não é mais do que os outros campos por onde passei, um aglomerado de casas feitas de tijolos de barro e com telhados de zinco, estradas de areia, depósitos de água e muitas vedações para cabras.

Terminada a visita, Zorgan faz questão que o acompanhe a sua casa e me junte à família durante a hora de almoço. Aceito o convite sem excitações. À chegada sou recebido com o maior dos entusiasmos pela mulher e filhos de Zorgan que me guiam até ao compartimento onde o tradicional chá de menta é imediatamente servido, seguido de uma caldeirada de camelo, batatas fritas e feijão. A seguir ao almoço, Zorgan conta-me um pouco da sua história de vida e paixão pela causa Saharaui. “O facto de ter perdido um braço quando era criança, não impediu de (aos 17 anos) me juntar a guerrilha e lutar pelo meu povo”, diz Zorgan com um orgulho evidente. Quando lhe pergunto se voltaria a fazer o mesmo, afirma com convicção que “se a guerra recomeçar estarei pronto para dar a minha vida pela independência e pela liberdade dos meus filhos e gerações futuras”. É altura de descansar por umas horas antes da longa viagem até ao próximo campo.





Após várias horas de viagem, debaixo de um calor intenso e coberto de pó e areia, chego a Dajla, o mais isolado de todos os campos. Dajla, construído praticamente nas dunas do Sahara, é disperso, com casas ainda mais frágeis do que nos outros campos. Malainin explica-me que o único poço de água existente no campo esta agora praticamente seco, e o minúsculo jardim que durante vários anos existiu junto a esta fonte de água tornou-se impossível de manter. A única água a que os habitantes de Dajla têm acesso, é distribuída por camiões cisterna uma vez por semana. O difícil acesso e longa distancia a percorrer torna impossível um abastecimento mais regular.





Num esforço para minimizar o isolamento dos refugiados estabelecidos em Dajla, as autoridades decidiram desde a dois anos atrás usar este campo como palco para o FISAHARA – um festival internacional de cinema organizado para os refugiados Saharaui. Este festival, que esta agora na sua sexta edição, foi criado com o intuito de proporcionar aos refugiados a participação em actividades culturais e acções de formação a nível cinematográfico e escrita criativa, e implementar uma plataforma de divulgação da cultura tradicional Saharaui. Este projecto, que conta com a participação e apoio de nomes importantes no mundo das artes a nível internacional, tenciona também alertar a comunidade internacional para as condições de vida a que os Saharaui estão sujeitos.

Com todo o ambiente de festa proporcionado pelo FISAHARA é fácil esquecer as dificuldades a que este povo está sujeito desde a 34 anos. Mas são acções como esta que mantêm viva a esperança e o sonho de um dia poderem voltar a sua terra natal, de verem unido o território que por direito lhes pertence.




Fonte: www.a23online.com

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

EEUU considera que Marruecos "gestionó el caso Haidar de forma desastrosa"


EEUU considera que Marruecos "gestionó el caso Haidar de forma desastrosa"
La filtración de Wikileaks señala que Marruecos ha puesto "en grave peligro" sus relaciones con España y otros aliados debido a "su gestión beligerante".

El embajador estadounidense en Rabat, Samuel L. Kaplan, considera que el Gobierno de Marruecos gestionó el caso de la activista saharaui Aminetu Haidar "de forma desastrosa" y atribuye la resolución del mismo a la presión de Estados Unidos y Francia y, "en menor medida", de España, según un documento diplomático estadounidense filtrado por Wikileaks.

"El regreso de Haidar llega en el momento justo, especialmente teniendo en cuenta el grave deterioro de su salud en los últimos días. También supone el cierre de un episodio desastroso para el Gobierno de Marruecos, que ha estado peligrosamente cerca de perpetrar un caso de exilio forzado", señala el comentario adjunto al cable enviado por la Embajada estadounidense en Rabat el 18 de diciembre de 2009, al día siguiente de que Haidar regresara a El Aaiún.

El documento, firmado por Kaplan, señala además que Marruecos ha puesto "en grave peligro" sus relaciones con España y otros aliados debido a "su gestión beligerante de este caso y con su diplomacia sorprendentemente torpe".

En cuanto a los motivos que forzaron al Gobierno marroquí a aceptar el retorno de Haidar, el embajador señala que "la prensa local como nuestros contactos saharauis en El Aaiún han dado un crédito enorme a Estados Unidos, Francia y, en menor medida, a España por su presión sobre el Gobierno de Marruecos para lograr una solución al problema".

También se refiere a la influencia de las "duras" declaraciones del ministro de Asuntos Exteriores y de Cooperación marroquí, Taieb Fassi-Fihri, que fueron "cruciales" para el "repentino cambio de actitud" de Rabat.

Como colofón, el embajador señala que "debemos ser conscientes de que el caso Haidar ha dejado al Gobierno de Marruecos gravemente conmocionado" y destaca el "enfado y la desconfianza" de las autoridades marroquíes, especialmente en lo que respecta a Argelia.

Fonte: www.diariodejerez.es

Perseguição dos activistas saharauis por parte de Marrocos


Perseguição dos activistas saharauis por parte de Marrocos

19.12.2010

Parlamento Europeu condena detenção e perseguição dos activistas saharauis por parte de Marrocos no Sahara Ocidental ocupado
O Parlamento Europeu (PE) adoptou ontem um relatório que condena a detenção ilegal de defensores saharauis dos direitos humanos e a perseguição aos mesmos por Marrocos no Sahara Ocidental.

O relatório anual sobre os direitos humanos no mundo em 2009, elaborado por Laima Liucija ANDRIKIENĖ (PPE, Lituânia), "condena a repressão e detenção de defensores saharauis dos direitos humanos nos territórios do Sahara Ocidental controlados por Marrocos", refere o texto.

O PE insta a ONU a que "inclua o acompanhamento da situação dos direitos humanos no mandato da Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental (MINURSO)".

O PE realça a importância das cláusulas relativas aos direitos humanos e à democracia e de "mecanismos eficazes de resolução de conflitos" nos acordos comerciais, acordos pesqueiros incluídos, entre a UE e os países não pertencentes à União.

Neste sentido, o relatório pede uma vez mais que estas cláusulas sejam acompanhadas de um mecanismo de execução que garanta a sua aplicação prática.

Por último, insta a Alta Representante da UE, Catherine Ashton, que se assegure que os direitos humanos e a consolidação da democracia se convertam no "fio condutor que guie todas as vertentes da política externa da União".

O PE pede ainda que seja criada uma Direcção de Direitos Humanos e Democracia no interior do Serviço de Acção Exterior, encarregada de desenvolver uma estratégia sólida da UE e de estabelecer uma coordenação global nos fóruns multilaterais. (SPS)

AAPSO

Fonte: port.pravda.ru

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

JANE ELLIOTT - A CLASSROOM DIVIDED

One day in 1968, Jane Elliott, a teacher in a small, all-white Iowa town, divided her third-grade class into blue-eyed and brown-eyed groups and gave them a daring lesson in discrimination. This is the story of that lesson, its lasting impact on the children, and its enduring power thirty years later.
One day in 1968, Jane Elliott, a teacher in a small, all-white Iowa town, divided her third-grade class into blue-eyed and brown-eyed groups...todos » One day in 1968, Jane Elliott, a teacher in a small, all-white Iowa town, divided her third-grade class into blue-eyed and brown-eyed groups and gave them a daring lesson in discrimination. This is the story of that lesson, its lasting impact on the children, and its enduring power thirty years later.«

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Iniciam novo contato Polisário-Marrocos sobre Saara Ocidental


Iniciam novo contato Polisário-Marrocos sobre Saara Ocidental

Escrito por Bianka de Jesus

jueves, 16 de diciembre de 2010

Victor M. Carriba

Nações Unidas, 16 dez (Prensa Latina)

A Frente Polisário e Marrocos iniciam hoje outro contato informal organizado pela ONU e sob a sombra da crise criada pelo assalto de forças marroquinos contra um acampamento saaraui no mês passado. Trata-se do quarto encontro desse caráter realizado desde agosto de 2009 em resposta à resolução 1871 do Conselho de Segurança, que chamou a buscar a retomada das conversas oficiais.

O encontro foi convocado na semana passada pelo enviado especial da ONU para esse território, Christopher Ross, e terá lugar na localidade nova-iorquina de Greentree, em Long Island.

A reunião anterior efetuou-se a princípios de novembro passado, quando as delegações persistiram em sua rejeição às propostas da outra parte como base para futuras negociações, segundo informou Ross em um comunicado. Um dia antes, militares e agentes da segurança de Marrocos lançaram um ataque contra o acampamento de Gdeim Izik, habitado por civis saharauis que protestavam contra a ocupação marroquina dessa ex colônia espanhola.

Ontem, o presidente da República Árabe Democrática Saarauí, Mohamed Abdelaziz, solicitou ao secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, o envio de uma missão internacional independente que investigue a agressão perpetrada por Rabat.

De acordo com fontes saarauis, o pedido está contido em uma carta que acusa Marrocos de semear o terror, o medo e a intimidação nos territórios ocupados do Saara Ocidental.

A carta reclama a criação de um mecanismo da ONU para a proteção dos direitos humanos na região e denuncia o assédio militar implantado por Rabat em torno da cidade do Aaiun para impedir a chegada de observadores e jornalistas.

Com respeito à nova reunião em Nova Iorque, Abdelaziz disse há dois dias que o Polisário participará com a esperança de que nesta ocasião Marrocos permita avançar para a celebração de um referendo sobre a autodeterminação do Saara Ocidental.

Por sua vez, o coordenador saaraui na Missão da ONU para o Referendo nesse território (Minurso), Mhamed Jadad, defendeu por que esse mecanismo se encarregue da supervisão dos direitos humanos no território.

Há uma semana a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução sobre o Saara Ocidental que reafirmou "o direito inalienável de todos os povos à livre determinação e a independência".

O texto saudou os contatos entre o Polisário e Marrocos e destacou os gerenciamentos de Ross para "uma solução política, justa, duradoura e mutuamente aceitável que conduza à livre determinação do povo do Saara Ocidental".

Ao mesmo tempo exortou às partes "a cooperar com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e a cumprir as obrigações que lhes incumbem conforme o direito internacional humanitário".

Antes das quatro turno de conversas informais, Marrocos e o Polisario celebraram várias rodadas de negociações oficiais em junho de 2007, agosto desse ano e janeiro e março de 2008, quando ficaram interrompidas.

Fonte: www.prensa-latina.cu

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Repórter Lúcio de Castro é premiado por documentário exibido no Sportv

Abaixo reproduzo matéria sobre a justa homenagem prestada ao JORNALISTA LUCIO DE CASTRO pela reportagem que me fez conhecer e abraçar a causa SAHARAUI.


Repórter Lúcio de Castro é premiado por documentário exibido no Sportv



O repórter Lúcio de Castro foi a Porto Alegre receber um prêmio pelo documentário "Gartufa", exibido em 2009, no Sportv. O jornalista ganhou na categoria "Denúncia Internacional", na 27ª edição do Prêmio de Direitos Humanos, organizado pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) e pela Ordem dos Advogados do Brasil.



O documentário "Gartufa" revela o cotidiano dos saharauis, povo que vive num campo de refugiados, no deserto do Saara, na África. Há três décadas eles aguardam o cumprimento da resolução da ONU que reconhece o direito dos saharauis como nação. A narração é de Sérgio Chapelin.

Fonte: http://oglobo.globo.com

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Poemas creados por los jóvenes poetas saharauis Luali y Saleh Abdalahe

Un tumulto de voces

Quiebra el silencio de la noche

Mientras la ciudad duerme

ajena a las garras de la sombra,

que en la sombra,

arañan sus paredes,

desfiguran su rostro



Cuando estoy solo

solo estoy rumiando los recuerdos

que llenaron mis brazos con tu cuerpo.

Las migajas de amor que dejó desparramada

Tu ausencia en mi alma.

Cuando estoy solo.

Solo repaso los rincones

Donde nuestra imaginación

Retozó en el polvo de la noche

Con la cómplice discreción de una duna

Cuando estoy solo.

espero, solo, que el siroco me devuelva

La duna a esta desolada estación

Donde reconstruyo tu imagen sobre

El silencio de las piedras

Cuando estabamos juntos

estabamos, juntos, rompiendo las

Fronteras con las consignas

De nuestros besos.



Las miserias del mundo

yacen olvidadas bajo

el escombro de los metalenguajes.

El lenguaje con que chillan

Los intestinos del sur

Es un enigma en los oídos

Del norte.

El monstruo de la ciudad

Se comió nuestra inocencia.

La fe se estrella contra los gigantes

Que rascan un cielo que no pica.

Los pequeños dioses agonizan

Ante el vacío de los verbos

Politizados.

Y la guerra es una proyección

Del diablo que deambula como

Una posiblidad en las desoladas

Praderas de nuestra esperanza.



Cuando esquivo las espinas

del tiempo y me refugio en el

silencio de tu cuerpo.

Solo estoy buscando paz.

Cuando le viro el rostro

A la incertidumbre de esta

Rutina, y sucumbo ante

El encanto de la memoria

De tu imagen.

Solo estoy buscando paz.

incluso,

Cuando maldigo el peso de tu nombre

sobre mis vértebras, la recurrencía

de tus horizontes en mi mirada,

el ardor de tus lágrimas sobre mis mejias

sólo estoy buscando paz.

Pero cuando te mires en el

Espejo del recuerdo y solo

Encuentres el gerogrifico

De mis besos en tu cuerpo.

Es que me he ido,

Me he ido a componer

Los cristales rotos de otra

causa de amor.

para la paz

Fonte: www.lasonet.com

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Um povo a mais na guerra de interesses do Sara Ocidental

Um povo a mais na guerra de interesses do Sara Ocidental

Publicado em 11 de Novembro de 2010
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Aminatu Haidar esteve ontem em Lisboa, mas o governo não recebeu activista de direitos humanos

"As patrulhas do exército e da polícia marroquina estão neste momento a entrar em casas de sarauís à procura de jovens. Um adolescente sarauí de 13 anos foi detido no bairro de Colomina Nueva. Trata-se de Mohamed el Mujtar Mulay Jedemmu. [...] Procuram jovens sarauís na generalidade. Além disso têm uma lista com nomes de activistas a ser detidos. Só vão a casas onde há rapazes jovens." As mensagens foram publicada ontem às 15h11 no blogue Territórios Ocupados (http://territoriosocupadosminutoaminuto.blogspot.com) - alinhado com a resistência sarauí - e revela que, apesar de as conversações bilaterais, mediadas pelas Nações Unidas, terem sido retomadas, o conflito armado é iminente.

A acompanhar a situação a partir de Portugal está Aminatu Haidar, activista que em Novembro de 2009 ficou 32 dias em greve de fome no aeroporto de Lanzarote, depois de, no regresso de uma viagem a Nova Iorque, ter sido impedida por Marrocos de regressar ao Sara Ocidental. Na terça-feira foi homenageada pela Universidade de Coimbra pelo trabalho que tem feito na defesa dos direitos humanos. Ainda assim, ontem à tarde a secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, negou uma audiência à activista. O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda já pediu uma explicação ao governo sobre a recusa. O i tentou contactar a governante, mas tal não foi possível. A activista, que deixa hoje o país, confessou sentir-se "frustrada" e "decepcionada" com a falta de consideração do governo português.

No terreno A Frente Polisário, organização que luta pela independência do território, assegurou ontem que já havia pelo menos 19 mortes e que em El Aaiun, capital do Sara Ocidental, se vivia uma "situação de terror". De acordo com o ministro sarauí dos Assuntos Exteriores, Mohamed Uld Salek, "estão a aparecer corpos degolados e cadáveres com marcas de balas, alguns deles crianças", que são "muito difíceis de identificar".

Porém, Rabat contabiliza apenas a morte de dez elementos das forças de segurança marroquinas e um sarauí. As diferenças de números continuam, com o movimento independentista a dar conta de 723 feridos e 159 desaparecidos, enquanto Marrocos afirma apenas ter detido 163 pessoas, garantindo não haver "qualquer desaparecido". A violência agravou-se na segunda-feira, depois de as forças marroquinas terem desmantelado um acampamento de protesto que mais de 20 mil sarauís tinham erguido nos arredores da capital.

Negociações e interesses Marrocos e a Frente Polisário decidiram na terça-feira continuar as negociações de dois dias e voltar a encontrar-se em Dezembro e no início de 2011 para avançarem com o processo, atendendo às resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Taib Fassi Fihri, ministro marroquino dos Assuntos Exteriores, alertou, durante o encontro nos arredores de Nova Iorque, para a necessidade de uma "nova dinâmica" nas negociações sobre o Sara Ocidental. Já Khatri Addouh, chefe da delegação sarauí, insistiu na "legalidade da causa" da Frente Polisário, ou seja, na legitimidade de pedir "liberdade e independência".

Do outro lado do Atlântico, em Madrid, o Partido Popular, principal partido da oposição espanhola, pediu ao governo um comunicado com a posição oficial de Espanha sobre a região, que foi uma colónia espanhola até 1975, sublinhando que, "legalmente, e apesar de ao governo parecer mentira, Espanha continua a ser a potência administradora do Sara e assim o afirmam as Nações Unidas e a legalidade internacional". A reacção vem na sequência das declarações do ministro da Presidência espanhol, Ramón Jáuregui, reconhecendo a soberania de Marrocos na região. As afirmações foram desmentidas no dia seguinte pela ministra espanhola dos Assuntos Exteriores, Trinidad Jiménez.

Para Diogo Noivo, investigador do Instituto Português de Relações Internacionais para as questões do Médio Oriente e Magrebe, "o Sara Ocidental é talvez a maior pedra no sapato na política do Magrebe islâmico" e tem sido "usado como arma de arremesso" entre Marrocos e Argélia - duas maiores potências no Norte de África.

Segundo explicou o especialista ao i, como a Europa tem interesses fundamentais na região em matérias económicas, políticas e de segurança, todos os "temas sensíveis", como é o caso do povo sarauí, "são postos de parte". Já Tiago Ferreira Lopes, do Observatório de Segurança Humana, identifica outras causas para o problema humanitário de El Aaiun. "A União Europeia tem mostrado uma incapacidade quase genética de intervir em questões de natureza etnopolítica que envolvam reivindicações de natureza autonómica ou independentista, pela sua incapacidade de definir uma voz única, mesmo polifónica) na sua política externa", explicou ao i. Para Ferreira Lopes, Catherine Ashton, alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, podia, em teoria, fazê-lo, mas tem exercido o seu cargo "de modo periclitante e pouco pró-activo".

Fonte: www.ionline.pt

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Dos docenas de saharauis afincados en Valencia acampan frente a la Delegación del Gobierno para que Zapatero intervenga en el conflicto con Marruecos

SAHARA OCCIDENTAL 06.12.2010

Dos docenas de saharauis afincados en Valencia acampan frente a la Delegación del Gobierno para que Zapatero intervenga en el conflicto con Marruecos

Jóvenes acampados frente a la Delegación del Gobierno de Valencia. FOTO EPDA


Pancartas frente a la Delegación.


Nadhira Mohamed: ''Ya han muerto más de 100 personas y hay cientos de desaparecidos en El Aaiún''

Primero fue la toma de la sede de los socialistas valencianos, en la calle Blanqueries, y desde hace dos semanas dos docenas de activistas saharauis están acampados enfrente de la Delegación del Gobierno en Valencia para exigir al Ejecutivo de Rodríguez Zapatero que ''tome cartas en el asunto'' en el conflicto que enfrente al Sahara Occidental con Marruecos. Así lo ha explicado hoy a EPDA la portavoz de este colectivo, Nadhira Mohamed, quien denuncia que ya han muerto más de 100 personas y hay cientos de desaparecidos en El Aaiún.

Además, Nadhira advierte que ''las fuerzas marroquíes violan los derechos del pueblo saharaui todos los días y de ello hay muchas pruebas y vídeos en internet''. ''Queremos que el Gobierno español intervenga activamente en el conflicto, pues todo se remonta a la muy mala descolonización iniciada por España. De ahí que ahora tenga que reconocer su responsabilidad y no quedarse al margen'', explica.

Los activistas, que estarán acampados por ''tiempo indefinido'', recuerdan que Marruecos está ''sacando a la fuerza a muchas personas y ha impuesto el veto de información a periodistas extranjeros y alguien que no ha maltratado a nadie supuestamente no puede vetar a periodistas''.

Además de concienciar a la opinión pública española de cuanto acontece en la antigua colonia española, estos saharauis quieren trasladar un mensaje a sus compatriotas que están sufriendo el acoso de Marruecos. ''Queremos que sepan que estamos identificados con ellos en esta causa y queremos trasladarles nuestro apoyo y el de mucha gente de España. Hacemos, a nuestra manera, lo que podemos''.

Otra de las actuaciones más recientes y que tuvo resonancia nacional fue la ocupación de la sede del PSPV en Valencia, donde fueron recibidos finalmente por el secretario general de los socialistas valencianos, Jorge Alarte. ''Aquel día fuimos con las manos pintadas de rojo y una chica saharaui con nacionalidad española que se había afiliado al PSOE por aquello de la Alianza de las Civilizaciones, fue a darse de baja al sentirse traicionada''.

Fonte: www.elperiodicodeaqui.com

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Human Rights Watch revela "graves violações" por parte de Marrocos nos territórios ocupados do Sahara Ocidental

Human Rights Watch revela "graves violações" por parte de Marrocos nos territórios ocupados do Sahara Ocidental

29.11.2010

Investigações publicadas ontem pela organização norte-americana Human Rights Watch (HRW - Observatório dos Direitos Humanos), no seu sítio web (www.hrw.org), revelam que as forças de segurança marroquinas cometeram "graves" violações dos direitos humanos durante a sua violenta intervenção no desmantelamento do acampamento de Gdeim Izik, nos arredores de El Aiún, capital ocupada do Sahara Ocidental.

"Os violentos ataques das forças de segurança marroquinas, conjuntamente com os colonos marroquinos, são uma vingança contra os saharauis", refere o HRW, que acrescenta que "nada justifica espancar e torturar os detidos saharauis até os deixar inconscientes", afirmou ontem a directora do HRW para a África e Médio Oriente, Sarah Leah Whitson, em comunicado de imprensa onde são relatados em pormenor testemunhos de várias vítimas".

A organização norte-americana, que defende os direitos humanos em todo o mundo, salienta que "as forças de segurança marroquinas violaram e torturaram saharauis que foram detidos na sequência do ataque ao acampamento de Gdeim Izik".

O HRW revela "a detenção de centenas de saharauis após os confrontos, assegurando que ainda existem mais de 100 detidos". Advogados saharauis defensores dos direitos humanos, disseram à HRW que "nove tinham sido trasladados para Rabat para serem interrogados por um tribunal militar".

A organização acrescenta que se reuniu com sete saharauis detidos na sequência dos acontecimentos de 8 de Novembro e colocados mais tarde em liberdade. Esses cidadaos saharauis asseguram "que a policia e a gendarmeria marroquina abusaram deles, além de lhes terem urinado em cima e ameaçado de violação ".

A ONG constatou que "as testemunhas entrevistadas tinham sinais de graves contusões e golpes, e que outros tinham sido espancados durante a sua detenção".

O HRW visitou "os bairros da Paz e Colomina, onde várias casas saharauis foram atacadas por grupos que incluíam membros das forças de segurança marroquina e outros trajados à civil, assim como colonos marroquinos. "Os saharauis entrevistados descreveram como os agressores marroquinos atacaram os saharauis dentro das suas casas e destruíam os seus bens".

"Cerca de dez casas saharauis na rua de Moulay Ismail e cercanias foram invadidas e destruídas, e à distância de duas casas, um grupo formado por uns cerca de 40 soldados e um oficial da polícia deslocou-se à casa de duas idosas, por volta das dez e meia da manhã de 8 de Novembro, onde dispararam bombas anti-motins com grânulos de plástico e pediram à família que saísse da casa para lhes roubar um computador e jóias", assinala a organização.

Um dos quatro homens entrevistados pela Human Rights Watch a 16 de Novembro, afirmou que "a polícia marroquina atacou os homens e abriram fogo contra eles ferindo-o na parte inferior da perna esquerda com uma bala de uma pistola de pequeno calibre", além "de terem disparado cartuchos anti-distúrbios com plástico granulado causando-lhes feridas superficiais, e os espancaram severamente. Um destes homens, de 28 anos, não consegue ainda mover o seu braço direito após 8 dias do sucedido devido à gravidade dos espancamentos".

A investigação do Human Rights Watch (Observatório dos Direitos Humanos) ,surge um dia depois da aprovação pelo Parlamento Europeu de uma resolução onde se apela ao envio de uma comissão de investigação independente e transparente, sob a supervisão das Nações Unidas para esclarecer os acontecimentos de Gdeim Izik nos territórios ocupados do Sahara Ocidental.

AAPSO

Fonte: port.pravda.ru

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Human Rights Watch denuncia ''brutais torturas' contra civis saharauis


Human Rights Watch denuncia ''brutais torturas' contra civis saharauis

23.11.2010

Human Rights Watch denuncia ''brutais torturas por parte das forças de segurança marroquinas' contra civis saharauis
O enviado de Human Rights Watch ao Sahara Ocidental, Peter Bouckaert, denunciou esta 4.ª feira "brutais torturas por parte das forças de segurança marroquinas" contra civis saharauis. Segundo a estação espanhola Cadena SER, Peter Bouckaert assegurou que "muitos saharauis detidos em El Aiún, foram espancados até os deixarem inconscientes", e advertiu que os "os abusos continuam, inclusive neste momento".

"Estamos a falar de casos graves de tortura" em que "a maioria dos detidos com quem conversámos, tivemos que os entrevistar em suas casas porque não podiam mover-se, nem andar, devido à gravidade das lesões de que padeciam", explicou.

Bouckaert afirmou que muitas vítimas nem sequer puderam receber assistência nos hospitais porque a polícia marroquina estava de plantão à porta para espancar todos aqueles que chegavam feridos. O enviado da HRW denunciou também que alguns centros sanitários recusaram-se a atender os saharauis feridos. O enviado do Human Rights Watch revelou em detalhe as torturas praticadas: "Espancamentos até à inconsciência, homens e mulheres ameaçados de violação; urinavam-lhes em cima; a muitos não deram nada de comer nos primeiros dias; atiravam-lhes água durante a noite para os impedir de dormir". Peter Bouckaert assegurou que a polícia marroquina continua a patrulhar as ruas em busca de saharauis que, sublinha, "ainda têm muito medo".

O Human Rights Watch foi a única organização que conseguiu entrar em El Aiún, capital ocupada do Sahara Ocidental, desde a escalada repressiva marroquina nos territórios ocupados que teve início na 2.ª feira da semana passada com o brutal desmantelamento do acampamento de Gdeim Izik.

HRW exige "a deslocação imediata de um contingente da ONU que se ocupe dos Direitos Humanos " no Sahara Ocidental

Peter Bouckaert exigiu igualmente "o deslocamento imediato de um contingente da ONU que se ocupe dos direitos humanos" no Sahara Ocidental.

Segundo Cadena ser, Peter Bouckaert solicitou a presença urgente de uma missão da ONU com competências em matéria de direitos humanos, assim como o livre acesso à zona para os jornalistas, já que o contrário - afirmou contrário -"cria um clima de rumores em vez de permitir que se esclareça o que realmente aconteceu e está a acontecer".

Bouckaert sublinhou que a Missão da ONU para o Referendo do Sahara Ocidental (MINURSO) é a única missão de paz das Nações Unidas que não tem uma componente de direitos humanos devido ao bloqueio por parte da França, pelo que, apesar da presença no Sahara Ocidental, esse contingente no tem nenhuma informação sobre os abusos cometidos.

Comunicado da SPS

AAPSO

19-11-2010

(1) Quem é Peter Bouckaert

Peter Bouckaert é director da Human Rights Watch para situações de emergência e um especialista em crises humanitárias. É responsável por coordenar a resposta da organização a guerras em larga escala e outras crises de direitos humanos. De nacionalidade belga, é licenciado pela Stanford Law School, tendo-se especializado em leis de guerra. Bouckaert é um veterano de missões de estudo para o Líbano, Kosovo, Chechénia, Afeganistão, Iraque, Israel, Macedónia, Indonésia, Uganda, Serra Leoa, e muitos outros zonas de guerra. Mais recentemente, Bouckaert testemunhou sobre crimes de guerra perante o Senado dos Estados Unidos, o Conselho da Europa, e no tribunal Jugoslavo (TPII) em Haia, e tem escrito artigos de opinião para jornais de todo o mundo. Os seus trabalhos têm sido publicados na Rolling Stone, The Washington Post e muitos outros.

Fonte: port.pravda.ru

terça-feira, 23 de novembro de 2010

"El infierno" de El Aaiún se llama Cárcel Negra



23/11/2010 01:00

"El infierno" de El Aaiún se llama Cárcel Negra

Los internos del famoso penal del Sáhara padecen condiciones inhumanas

Hasta 2005 ninguna imagen había salido de sus muros. La situación cambió cuando un grupo de presos políticos saharauis, entre ellos Hmad Hamad, consiguió sobornar a un guardián e introducir una pequeña cámara en la prisión.

Un lugar que guarda el eco de tantas torturas atroces no podía ser conocido por el neutro nombre con el que aparece en los documentos oficiales marroquíes: Prisión Civil de El Aaiún. Quizás por eso los saharauis no se refieren a sus vetustos muros con otro nombre diferente de aquel, siniestro, que le puso el colonizador español: la Cárcel Negra. En sus celdas, que más merecerían ser llamadas agujeros, están ahora encerrados, a la espera de conocer su suerte, muchos de los 132 saharauis que Marruecos reconoce haber detenido desde el desmantelamiento del Campamento Dignidad, el 8 de noviembre.

En esta prisión por la que han pasado activistas como Aminatu Haidar y Ali Salem Tamek (ahora preso en Salé por viajar a los campamentos de refugiados de Tinduf), muchos saharauis han pagado desde 1975 con su libertad, y en ocasiones con su vida, su lucha por la independencia.

Hmad Hamad, presidente del Comité para la Defensa del Derecho de la Libre Determinación del Pueblo del Sáhara Occidental (CODAPSO), es uno de ellos. Su espalda y sus piernas, molidas literalmente a palos, aún guardan las huellas de unas torturas que, explica a Público desde Vitoria (donde médicos españoles le tratan de sus secuelas), son "sistemáticas": "En la Cárcel Negra te tratan peor que a un perro. Aquello es un infierno".

Dormir entre excrementos
Hmad Hamad ha estado varias veces en esta siniestra prisión; la última en 2005. Entonces consiguió sobornar a un guardia para hacer y luego difundir la fotografía que aparece arriba. En esta y otras imágenes que tomó se ve a presos amontonados unos sobre otros, o durmiendo en baños infectos con las paredes cubiertas de excrementos, los mismos que, de día, utilizan los internos.

Para hacerse una idea del hacinamiento que impera en esta penitenciaría, sólo hay que considerar que, con una capacidad de unos 250 internos, ha llegado a albergar a 700, según un informe elaborado por el preso político saharaui Ahmed Naciri. Los presos de la Cárcel Negra apenas tienen sitio para sentarse, cuando las normas internacionales recomiendan que cada persona encarcelada disponga de al menos nueve metros cuadrados.

Pero el hacinamiento, la falta de higiene y el maltrato no son lo peor. Hamad recuerda cómo, de noche, era "imposible dormir por los gritos de hombres, mujeres y niños que estaban siendo torturados". Frente a las "humillaciones", sólo queda callar, pues "si protestas, te llevan a una celda de aislamiento y los guardias te rocían con sus orines", explica.

El Observatorio Marroquí de Prisiones (OMP), una ONG independiente que con grandes dificultades documenta la terrible situación de las cárceles del país (y del Sáhara), lleva años denunciando las condiciones de la Cárcel Negra.

Pero este centro no es el único penal administrado por Marruecos que atenta contra la dignidad humana. De acuerdo con el OMP, estar en una cárcel marroquí significa poco menos que caer en un calabozo medieval. Eso si no se tiene dinero, porque quien lo posee puede disponer, gracias a la corrupción, de hasta un televisor de plasma como el que disfrutaba el narcotraficante Mohamed Uazzani, El Nene, en la cárcel de Kenitra.

Fonte: www.publico.es

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Solidariedade com o povo saharaui


Solidariedade com o povo saharaui

17.11.2010 | Fonte de informações: Pravda.ru

Tomada de posição do parlamento europeu
Apelo a todos os homens e mulheres de boa vontade, que conservam a dignidade de carácter para se revoltarem contra a ignomínia e a injustiça. Subscrevam o abaixo-assinado.

http://sahararights.net/

Preencha o formulário e enviará um e-mail aos representantes do seu país no Parlamento Europeu em português.

Por favor, utilize uma linguagem educada e seja claro na sua exposição. O objectivo desta ferramenta é que o/a eurodeputado/a em questão receba uma mensagem única e escrita por si, sem utilizar um texto predefinido.

Em todo o caso, se tiver dificuldade, sugerimos que utilize o texto que enviamos em baixo.

Muito Obrigado. Estamos juntos e solidários com a tragédia deste povo vizinho e irmão.

Peço que exijam ao governo marroquino que cesse a violência que está a exercer contra a população saharaui nos Territórios Ocupados do Sahara Ocidental.

Peço que apelem à ONU para que faça cumprir o artigo 2 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, assim como as resoluções adoptadas para os Territórios Não Autónomos.

Peço que apelem à ONU para que o Conselho de Segurança outorgue à MINURSO a capacidade de monitorizar os Direitos Humanos, informando directamente o Conselho de Segurança.

A ONU tem a obrigação de proteger a população de um Território Não Autónomo, enquanto esta espera a realização do Referendo de Autodeterminação, em conformidade com as Resoluções da Assembleia Geral, o Conselho de Segurança e da União Africana.

Peço que reclamem junto do Governo de Rodriguez Zapatero que pare de imediato a venda de armas ao governo alauita, com as quais o exercito de ocupação assassina, tortura e reprime o povo saharaui.

Peço que levantem vossa voz para permitir a entrada de civis que possam fazer o trabalho de observação internacional, e igualmente o livre acesso aos meios de comunicação social.

Peço que se pronunciem perante o Parlamento Europeu, exigindo a intervenção deste órgão da EU e do conjunto da comunidade internacional.

Peço que exijam a libertação imediata dos saharauis ilegalmente detidos, há centenas de pessoas desaparecidas-detidas.

Agradeço a vossa atenção e espero que contribuam para que se faça cumprir a lei internacional e se possa parar esta grave violação dos direitos humanos.

Associação de Amizade Portugal - Sahara Ocidental

terça-feira, 16 de novembro de 2010

ONU: semana de expectativa pela crise no Saara Ocidental


ONU: semana de expectativa pela crise no Saara Ocidental

sábado, 13 de noviembre de 2010

13 de noviembre de 2010, 14:08Nações Unidas, 13 nov (Prensa Latina) As Nações Unidas concluíram hoje em uma semana marcada pela expectativa diante da crise provocada no Saara Ocidental pelo ataque de forças marroquinas contra um acampamento de camponeses saharauis em Gdeim Izik.

O assalto foi realizado na segunda-feira passada contra centenas de tendas de acampamento levantadas nessa região para protestar contra a ocupação desse território pelo Marrocos há 35 anos.

Nesse mesmo dia, começou em Nova York a terceira rodada de contatos informais auspiciados pela ONU entre a Frente Polisario e o governo de Rabat em busca da abertura de negociações oficiais para um arranjo do conflito.

O encontro, o primeiro depois de 10 meses de estancamento, esteve a ponto de ser cancelado devido aos acontecimentos em Gdeim Izik, mas finalmente foi concluído na terça-feira com a decisão de haver novas reuniões em dezembro e janeiro.

Um comunicado do representante especial da ONU para o Saara Ocidental, Christopher Ross, assinalou que nas discussões cada parte recusou as propostas da outra, ainda que "tenham começado a construir uma nova dinâmica para os próximos passos do processo de negociações".

Neste sentido, assinalou que as delegações conversaram sobre a construção de medidas de confiança e a retomada das visitas familiares, ainda que limitadas às realizadas por via aérea.

Na quinta-feira passada e no meio da crescente condenação mundial à agressão marroquina contra os civis saharauis, o Conselho de Segurança anunciou que analisará o tema na próxima terça-feira em uma sessão informativa sobre esses acontecimentos.

Segundo informou-se, a reunião dos 15 membros desse órgão escutará um relatório elaborado pelo departamento de operações de manutenção da paz da ONU.

De acordo com fontes da Polisario, o assalto marroquino custou a vida de cerca de duas dezenas de pessoas. Também pereceram vários efetivos do lado agressor.

Pouco depois da operação, as autoridades da Polisario e da República Árabe Democrática Saharaui exigiram do secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, proteção para a população do território.

Desde 1991, as Nações Unidas mantêm na área a chamada Missão para o Referendo no Sahara Ocidental, integrada no presente por aproximadamente 230 efetivos procedentes a mais de 20 países.

A Polisario quer que o Conselho condene o ataque das tropas marroquinas e lembre o envio de uma missão investigadora, afirmou em Nova York o representante dessa organização na ONU, Ahmed Boukhari.

Na preparação dessa sessão, o embaixador da Grã-Bretanha, Mark Lyall Grant, presidente desse órgão em novembro, recebeu Boukhari e o coordenador saharaui com a Missão da ONU para o Referendo no Saara Ocidental, Mohamed Khaddad.

Desde a década de 1980, a ONU defende a realização de um plebiscito sobre a auto-determinação nesse território, enquanto o Marrocos lançou há dois anos um projeto para uma dita autonomia.

O Conselho de Segurança é integrado pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Rússia, China e França, como membros permanentes, mais Brasil, Líbano, Nigéria, Gabão, Bósnia e Herzegóvina, México, Uganda, Japão, Áustria e Turquia.

Fonte: www.prensa-latina.cu

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

El polisario eleva a 11 los muertos y vuelve la tensión a El Aaiún

Aminetu Haidar reúne com deputados portugueses


Aminetu Haidar reúne com deputados portugueses

10-Nov-2010

A activista dos Direitos Humanos Aminetu Haidar, que se tem destacado na luta pela independência do Sahara Ocidental e que ficou mais conhecida quando, há cerca de um ano, fez uma greve de fome de 32 dias no aeroporto de Lanzarote (nas Ilhas Canárias), reuniu esta quarta-feira com deputados portugueses.
Num encontro em que esteviram presentes as várias bancadas parlamentares, o deputado José Manuel Pureza exprimiu "a mais profunda solidariedade do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda",. Por sua vez, Aminetu Haidar interveio sobre a necessidade da presença de observadores internacionais, nomeadamente delegações parlamentares, a fim de testemunharem os abusos e ataques aos direitos humanos verificados no Sahara Ocidental.

Recorde-se que esta segunda-feira, foi notícia a acção violenta das autoridades marroquinas e o seu ataque ao Acampamento da Liberdade, existente às portas da capital do Sahara Ocidental, El Aiun, onde se encontravam mais de 20 mil saharauis e que foi montado há um mês como forma de protesto e para exigir melhores condições de vida.

As forças marroquinas queimaram e destruíram as tendas do acampamento, provocando pelo menos 11 mortos, 723 feridos e 159 desaparecidos, anunciou o responsável da Frente Polisário para os Assuntos Externos, Mohamed Uld Salek.

Aminetu Haidar estará presenta numa sessão pública esta quarta-feira, pelas 18h30, na Reitoria da Universidade de Lisboa.


Fonte: beparlamento.esquerda.net

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ataque impetrado por Marrocos pode significar genocídio saharauí



Ataque impetrado por Marrocos pode significar genocídio saharauí

A situaçao no Sahara Ocidental ocupado está se deteriorando gravemente. A monarquia marroquina de Mohamed VI apertou o cerco contra os ocupantes e iniciou nesta segunda-feira (8) uma ofensiva contra os mais de 20 mil saharauís que moram no acampamento Gdeim Izik, a quinze quilômetros da capital, El Aiún.
As forças de segurança marroquinas fecharam neste domingo (7) o único acesso ao acampamento de protesto saharauí (“Acampamento da Independência”, onde mais de 7 mil tendas e 20 mil pessoas se têm concentrado desde o dia 10 de outubro), situado a leste de El Aiún, enquanto continuavam a chegar efetivos policiais e militares para uma intervenção violenta, que teve início nesta segunda-feira (8).

A polícia e as forças auxiliares marroquinas atacam cidadãos que habitam o acampamento Gdeim Izik. Uma parte do campo está em chamas e helicópteros jogam gás e água quente sobre os cidadãos, que enfrentam um desigual combate corpo-a-corpo com as forças militares. Muitos reagem com pedras aos tanques e soldados armados.

Os saharauís realizam protestos em El Aiún e em outras cidades, como Dajla, Smara e Bojador, mas as autoridades marroquinas desmantelam pela força esses acampamentos.

Solidariedade internacional

O Conselho Mundial da Paz (CMP), por meio da sua presidente, Socorro Gomes, manifestou seu “mais forte repúdio a mais esta agressão brutal contra o povo saharauí por parte do colonialismo exercido pelo Marrocos”. Para Socorro Gomes, “o ataque de centenas de caminhões e tanques contra um povo desarmado e pacífico que de longa data luta pela sua independência e autodeterminação viola a carta da ONU e dos direitos humanos". "Estão sendo assassinados civis, entre eles crianças vítimas da agressão colonialista”, completa a presidente do CMP, que é também presidente do Centro Brasileiro de Luta pela Paz (Cebrapaz).

Diante da constatação, Socorro faz um chamado aos movimentos sociais em todo o mundo: “conclamos a todos os movimentos pela paz e a solidariedade que intercedam junto à ONU no sentido de garantir os direitos do povo saharaui a seu território livre e em paz. Estes crimes, por outro lado, não podem cair no esquecimento e devem ser rigosamente punidos. Manifestamos, nossa irrestrita solidariedade ao povo Saharaui em sua heróica luta pela autodeterminação e liberdade”.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lançou, nesta segunda (8), manifesto também com uma convocatória, direcionada a “todo o povo brasileiro, a participar ativamente da campanha internacional pelo reconhecimento da República Árabe Saaraui Democrática (RASD-Saara Ocidental)”. No documento, o MST apresenta a história da ocupação e exige posição do governo brasileiro.

Espanhóis marcaram ato de solidariedade nesta segunda-feira (8), a partir das 18h30 na Embaixada de Marrocos em Madrid e entidades brasileiras lançam manifesto de solidariedade ao povo saharaui.

Em Portugal, nesta terça-feira (9), o reitor da Universidade de Coimbra, professor Fernando Seabra Santos, entregará a Medalha da Universidade à ativista saharaui dos Direitos Humanos Aminetu Haidar, como reconhecimento pela sua contribuição para a defesa dos Direitos Humanos.

O objetivo das variadas manifestações de solidariedade é garantir uma intervenção imediata da ONU em defesa da população civil que sofre ataque militar.

Repressão anunciada

O deputado europeu Willy Meyer já havia sido impedido de desembarcar em Marrocos pelas autoridades do país neste domingo (7). Assim que o espanhol, deputado do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia e da Esquerda Nórdica Verde, Willy Meyer, aterrissou no aeroporto de El Aaiún, vários polícias marroquinos entraram no avião empurrando e agredindo ao deputado e a vários jornalistas que viajavam no mesmo vôo, não permitindo que nenhum dos cidadãos espanhóis saísse da aeronave.

Apenas após o comandante da aeronave, Javier Guzman, lembrar aos polícias que estavam em território espanhol e exigir a sua saída imediata, cessou a agressão. Entretanto, das janelas do avião, Willy Meyer e os jornalistas espanhóis puderam ver um grupo de cerca de 40 soldados com bandeiras marroquinas que aguardavam a sua chegada e se preparavam para os receber de forma violenta. O deputado europeu e os jornalistas provavelmente também não puderam visitar o acampamento saharauí de Gdeim Izik.

Barreira rompida

Segundo informaram fontes da resistência, apesar do “forte bloqueio das forças de ocupação marroquinas, uma caravana saharaui conseguiu forçar a barreira policial, sofrendo porém um ataque que produziu dezenas de feridos graves. Por fim, a caravana conseguiu entrar no acampamento”.

Segundo as mesmas fontes, em vários bairros da cidade de El Aiún (a capital do Sahara Ocidental ocupado por Marrocos) sucedem-se as manifestações que são violentamente reprimidas pela polícia.

“A situação é um inferno”, referem. Segundo vários testemunhos foram contados 172 veículos militares (caminhões Gacel), e outros da marca Toyota, repletos de efetivos do exército deslocados do muro defensivo de Amgale, que pertencem ao 6º Regimento de Infantaria motorizada, para El Aiún.

El Aiún, cidade sitiada

El Aiún está totalmente bloqueada. Ninguém pode entrar ou sair. Centenas de efetivos bloqueiam todas as saídas da cidade e todas as entradas ao acampamento de Gdeim Izik. Dezenas de caminhões-tanque, forças de intervenção, forças policiais e militares cercam o acampamento e a cidade.

Centenas de jovens de saharauís tentam forçar as barreiras de acesso ao acampamento, mas são dispersados com gás lacrimogêneo. Na cidade, os saharauís retiram as bandeiras marroquinas que enxameavam El Aiún devido à celebração da Marcha Verde.

Foi decretado um toque recolher e foram fechados todos os estabelecimentos da avenida Bucraa, a qual se encontra sitiada, assim como os bairros de Raha, Wifag, Elauda e Alamal. Nas ruas é constante a movimentação de um grande número de militares.

Fonte: Da redação, Luana Bonone, com informações da Associação de Amizade Portugal-Sahara Ocidental

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Forças marroquinas invadem violentamente acampamento Saharaui

Forças marroquinas invadem violentamente acampamento Saharaui



©Paulo Nunes dos Santos/A23


O acampamento de protesto que nascera há um mês nos arredores da capital do Sahara Ocidental e onde estavam mais de 20 mil pessoas foi invadido por forças de segurança marroquinas. Há vários feridos, diz a AFP.
Há tendas a arder e vozes que pedem através de megafones para que as mulheres e as crianças abandonem o local, descreve o “El País”.

Segundo contaram saharauís ao “El País” e ao “El Mundo”, o Exército entrou às 6h00 no recinto e começou a lançar gás lacrimogéneo, a incendiar tendas e a forças pessoas a sair. “Atacaram-nos de madrugada. Não pudemos fazer nada. Perdemos a batalha”, disse ao “El Mundo” Sidi, um saharauí que estava no acampamento desde o segundo dia.

Um jornalista da agência AFP diz ter visto vários feridos e ambulâncias que se dirigiam a El Aaiún. Segundo esta agência, as forças marroquinas usaram canhões de água contra os habitantes do acampamento.

“Cremos que já há bastantes feridos, várias ambulâncias saíram do acampamento com saharauís e outros fugiram por estrada”, disseram outros saharauís ao “El Mundo”. As ruas de El Aaiún “estão tomadas”, disse por seu turno Hassana Duihi, do Comité de Presos Saharauís.

Este acampamento, que tinha já mais de sete mil tendas, nasceu há quatro semanas a 15 quilómetros da capital saharauí, El Aaiún. Foi montado por habitantes do Sahara Ocidental que reivindicam melhores condições de vida, nomeadamente empregos e habitações.

Domingo, as forças de segurança marroquinas bloquearam o acesso ao campo e, em protesto, jovens e adolescentes saharauís ergueram barricadas e queimaram pneus no centro de El Aaiún. As forças anti-motim desmantelaram as barricadas e seguiu-se uma hora de confrontos. Para além do bloqueio ao campo, foi cortada a rede de telemóveis, o que levou os activistas a acreditarem que o assalto ao acampamento estava iminente.

A activista Aminatu Haidar tinha avisado nos últimos dias para a possibilidade de uma invasão à força deste campo, pedindo protecção para as pessoas que lá se encontravam. Haidar chegou ontem a Portugal e aqui ficará até quarta-feira, pretendendo agradecer aos activistas da causa sarauí que em Dezembro no ano passado se mobilizaram em torno da sua greve de fome em Lanzarote. Amanhã é homenageada na Universidade de Coimbra; quarta-feira na de Lisboa.

O Sahara Ocidental foi ocupado por Marrocos em 1975 e os saharauís lutam desde essa data pela autodeterminação. A região aguarda um referendo desde que a ONU criou uma missão para o realizar, em 1991

Fonte: www.a23online.com

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

CULPABLE

martes, octubre 26, 2010


CULPABLE (poema dedicado a Nayem El Garhi)




La voz inocente de un niño,
es culpable de la muerte,
culpable del odio de los verdugos
de la ausencia de su ciudad.


Culpable que entierren
su voz para siempre
ante el silencio cómplice
de la indiferencia.


Dirán que la bala
atravesó su cuerpo,
atravesó su alma
y desgarró su corazón.


Una vez más
culparan a su madre,
a su hermano
a sus amigos.


Y al final,
los vasallos
encerrados en la ignominia
del delito
culparan al niño saharaui,
de su muerte.


Ali Salem Iselmu, poeta y escritor saharaui.

*Artículo de Ali Salem Iselmu en El Pais. Protesta saharaui por la dignidad y la libertad


Etiquetas: Sahara ocupado

Fonte: generaciondelaamistad.blogspot.com

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Acampamento saharaui bloqueado por exército marroquino

Acampamento saharaui bloqueado por exército marroquino

Desde o início de Outubro que o Acampamento da Liberdade, onde estão já 20 mil Saharauis, cresce perto de El Aiún, apesar da repressão do Governo de Marrocos. O actor Javier Bardem entregou ao Governo espanhol um manifesto a favor do povo saharaui, com 230 mil assinaturas.

4 Novembro, 2010 - 19:32


No Acampamento da Liberdade, em Gdeim Izik (nos arredores de El Aiún), estão já 20 mil saharauis que lutam pela independência do território ocupado do Sahara Ocidental e enfrentam a violência da polícia marroquina. Desde o dia 10 de Outubro de 2010, milhares de saharauis levantaram um acampamento de protesto no deserto, nos arredores da cidade de El Aiún, como forma de condenar a ocupação marroquina, as difíceis condições de vida a que estão sujeitos nos campos de refugiados e a delapidação dos recursos naturais. Desde então o exército marroquino mantém uma forte presença em redor do acampamento, isolando-o e bloqueando qualquer acesso, situação que se acentuou gravemente nas últimas horas, e que faz com que as condições de sobrevivência da população acampada se tenham vindo a degradar muitíssimo.

A violência desproporcional com que o exército marroquino responde a este protesto do povo saharaui ficou bem evidente com a morte, no dia 24, a escassos quilómetros do acampamento improvisado, de um jovem de 14 anos e com o ferimento de outros sete saharauis. O jovem seguia num automóvel que levava provisões para o acampamento, e que foi impedido pelo controlo do exército marroquino através de fogo real. Além disso, a família do rapaz, atingido num rim por um disparo efectuado a curta distância, denuncia que as autoridades marroquinas enterraram o corpo no dia seguinte à tarde, sem permitir à sua mãe e irmãos ver o cadáver, e sem lhes comunicar o local do enterro.

No decorrer do mês e Outubro o governo do Marrocos proibiu também as actividades do escritório da Al-Jazeera em Rabat e decidiu retirar as credenciais dos funcionários da emissora que tem sede no Qatar. O ministério da Comunicação do Reino de Marrocos afirma em comunicado que o tratamento “irresponsável” dos assuntos marroquinos “afectou seriamente a imagem de Marrocos e prejudicou manifestamente os seus superiores interesses, especialmente a questão da integridade territorial".

Já várias organizações de Direitos Humanos em Marrocos, Espanha e Portugal vieram a público denunciar e repudiar a situação e exigir que sejam apuradas responsabilidades acerca da morte do jovem rapaz. A quebra do cessar-fogo e a violação dos princípios de direito humanitário num momento em que se inicia uma nova ronda de negociações oficiais entre Marrocos e a Frente Polisario em Nova Iorque é preocupante e deve merecer a atenção da comunidade internacional.

Entretanto, também o Presidente da Federação Mundial da Juventude Democrática, o jovem português Tiago Vieira, foi interceptado pelas autoridades marroquinas de chegar a El Aiún e obrigado a regressar mais cedo a Portugal.

Não obstante a repressão e as tentativas para demover e desmobilizar o protesto, não obstante o bloqueio ao livre acesso de observadores e comunicação social internacional, o acampamento não parou de crescer e conta hoje com cerca de 8 000 tendas e 20 000 Saharauis. Importa por isso mobilizar toda a solidariedade e atenção internacional para salvaguardar o mínimo dos direitos humanos desta população acampada em protesto.

Manifesto com 230 mil assinaturas pede estatuto diplomático para Frente Polisário

Segundo o jornal espanhol El País, Javier Bardem tentou primeiro marcar um encontro com o chefe do Governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, mas não conseguiu. Por isso, o conhecido actor, porta-voz da plataforma Todos con el Sahara, apresentou-se esta quinta-feira no Palácio da Moncloa para entregar um manifesto onde os 230 mil subscritores pedem ao Governo espanhol que outorgue um estatuto diplomático à representação em Madrid da Frente Polisario, movimento que luta pela independência da antiga colónia espanhola e, como tal, é reconhecido como representante único do povo saharaui pela Organização das Nações Unidas.

A plataforma escreveu três cartas (em Janeiro, Maio e Outubro) à Presidência do Governo solicitando uma data para entregar o manifesto, mas estranhamente "não houve resposta alguma", referiu Álvaro Longoria, que, juntamente com Javier Bardem, está a rodar um documentário sobre o Sahara Ocidental. Na falta de resposta, o actor e outros membros destacados de “Todos con el Sahara” - Rosa María Sardá, Fernando Colomo, Carlos Bardem, e outros - bateram esta quinta-feira à parte da Moncloa.

O documento é subscrito por muitos artistas e personalidades da vida espanhola e mundial, como Pedro Almodóvar, Joan Manuel Serrat, Oscar Niemeyer e Penélope Cruz.

Aminetu Haidar congratulada com a Medalha da Universidade de Coimbra

No próximo dia 9 de Novembro, por iniciativa da Faculdade de Economia, o Reitor da Universidade de Coimbra, Prof. Doutor Fernando Seabra Santos, entregará a Medalha da Universidade a Aminettou Haidar como reconhecimento pelo seu contributo para a defesa dos Direitos Humanos, numa cerimónia pública que terá lugar na Biblioteca Joanina.

No dia anterior, 8 de Novembro, a Associação de Amizade Portugal-Sahara Ocidental, com o apoio da plataforma portuguesa da Marcha Mundial das Mulheres, organiza, em Lisboa (no Terraço do Graal, na Av. Luciano Cordeiro, 24-6º), uma sessão de informação e trabalho com a activista saharaui Aminetu Haidar.

Fonte: www.esquerda.net

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

EL AIUN ■ O Acampamento da Dignidade e da Liberdade


EL AIUN ■ O Acampamento da Dignidade e da Liberdade

em 2010/11/3 0:00:00



Desde o dia 10 do presente mês (Outubro), que um acampamento, hoje com cerca de 8 000 tendas e 20 000 Saharauis, foi crescendo a quinze quilómetros de El Aiun, a “capital” do Sahara Ocidental.

A cidade está sob vigilância apertada e subsiste uma repressão muito forte contra todo aquele que queira comunicar ou divulgar o que se está a passar. As antenas da rede telefónica entopem os sinais e a transmissão das informações é feita na maior das discrições.

Ainda nenhum órgão de comunicação internacional está presente no terreno, mas os saharauis tratam de procurar divulgar além fronteiras aquilo que eles estão a viver.
É uma mobilização pacífica e sem precedentes do povo saharaui pelo respeito dos seus direitos socio-económicos e pela sua autodeterminação. Há uma enorme necessidade de assistência humanitária – água, alimentação, remédios. Mas nem assim deixa de haver uma determinação inquebrantável.

Fonte: Associação de Amizade Portugal - Sahara Ocidental

Deputados britânicos condenam morte de adolescente no Sahara Ocidental ocupado por Marrocos


10/30/2010 16:57


Deputados britânicos condenam morte de adolescente no Sahara Ocidental ocupado por Marrocos

O jovem de 14 anos, ELGARHI NAYEM FOIDAL MOHAMED SUEIDI, morto a tiro pelo exército marroquino na tarde do passado Domingo.

Deputados da Câmara dos Comuns («MPs») condenaram a morte de um adolescente num ataque perpetrado pelas forças marroquinas que abriram fogo contra civis saharauis.

Os deputados da Câmara dos Comuns condenaram o tiroteio de Domingo à noite, no qual foi morto um rapaz Saharaui de 14 anos e foram feridos vários outros pelas Forças de Segurança Marroquinas que cercam o acampamento de protesto Gdeim Izik no Sahara Ocidental ocupado por Marrocos.

Hoje mesmo, uma delegação de deputados da Câmara dos Comuns e da Câmara dos Lordes vai discutir as suas preocupações com esta situação no Sahara Ocidental com o Ministro dos Negócios Estrangeiros Alistair Burt.

Um dos deputados do grupo da Câmara dos Comuns, Jonathan Evans, disse esta manhã:

«Esta morte é uma tragédia, mas teme-se que isto seja só o princípio. O governo do Reino Unido pode ajudar, levantando urgentemente a questão junto das autoridades marroquinas, a fim de garantir a segurança daqueles que protestam pacificamente contra a ocupação do Sahara Ocidental por Marrocos».

Jeremy Corbyn, deputado da Câmara dos Comuns e Presidente do Grupo Parlamentar de Todos os Partidos para o Sahara Ocidental («MP Chair of the All Party Parliamentary Group on Western Sahara») disse:

«Isto é uma tragédia e uma vergonha e na reunião que vou ter hoje mais tarde com o Ministro dos Negócios Estrangeiros vou pedir que o governo do Reino Unido faça as exigências mais firmes possíveis aos marroquinos não só no sentido de permitirem a passagem em segurança, mas também no sentido de porem fim ao impasse político, permitindo que o povo do Sahara Ocidental escolha livremente, para decidirem o futuro da sua própria terra».

O deputado da Câmara dos Comuns Mark Williams disse:

«Vou pôr esta questão ao Ministro. Não podemos continuar a ignorar a brutalidade das autoridades marroquinas contra aqueles que, de forma pacífica, se manifestam pelo seu direito à independência. O primeiro passo consiste em que o Conselho de Segurança implemente uma vigilância contínua dos direitos humanos no Sahara Ocidental».


Fonte: Pravda.ru

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

"Éxodo masivo" de las ciudades de Sáhara Occidental


Campamento fuera de El Aaiun alberga a más de 10.000 saharauis


afrol News, 22 de Octubre

Crece la preocupación por los miles de civiles que han participaron en un éxodo masivo de las principales ciudades de Sáhara Occidental ocupado por Marruecos a principios de este mes. A los manifestantes se les niega alimentos y suministros médicos.

Al menos 10.000 saharauis - 14.000 según cifras oficiales saharauis - comenzaron a salir desde el 9 de octubre de las ciudades del territorio ocupado y están acampando en el área de Gdeim Izik, a 12 kilómetros de la capital El Aaiun. El éxodo fue organizado como protesta contra Marruecos por la ocupación del Sáhara Occidental, y la "permanente discriminación, pobreza y abusos a los derechos humanos contra los ciudadanos saharauis", de acuerdo con los manifestantes.

Fuentes en el gobierno en el exilio de Sáhara Occidental, con sede en los campamentos de refugiados de Argelia, afirman que el número de manifestantes que acampan fuera de las principales ciudades y pueblos en el territorio es de "al menos 14.000". Además de los manifestantes que acampan a las afueras de El Aaiun, se han eregido campamentos de protesta también a las afueras de Smara, Dakhla y Boujdour.

El número de manifestantes "continúa creciendo", confirman a afrol News fuentes del Gobierno saharaui. Para documentar sus acciones de protesta, los manifestantes están subiendo varios videos a YouTube.

Las últimas informaciones emitidas por los manifestantes indican que están aumentando las tensiones con los ocupantes marroquíes. Las fuerzas marroquíes de seguridad han hecho uso de la violencia contra los manifestantes y les impiden tener acceso a suministros de alimentos, agua y medicinas, lo está generando la preocupación de "que esto podría convertirse en un grave problema humanitario".

La Media Luna Roja Saharaui lanzó ayer un llamamiento "instando a" los países donantes y organizaciones de todo el mundo a "destinar lo más rápidamente posible asistencia humanitaria a las poblaciones" en los campamentos de protesta en las afueras de El Aaiun.


Mohamed Abdelaziz, presidente del Gobierno saharaui en el exilio, ha lanzado un llamamiento a la Oficina de Naciones Unidas para los Refugiados para proporcionar suministros a los manifestantes y ha solicitado la intervención del Alto Comisionado, advirtiendo que los manifestantes se encuentran "sin agua, alimentos y medicinas, lo que podría conducir a una catástrofe humanitaria".

Mientras tanto, el gobierno en el exilio se mantiene en contacto diario con los manifestantes, proporcionándoles seguridad. Fuentes del Gobierno saharaui han declarado a afrol News que, "a pesar de las dificultades, los saharauis se encuentran así bien organizados".

"Se organizan en grupos por turnos para asegurar y controlar la seguridad para todos los manifestantes, las 24 horas del día", nos explican las mismas fuentes. "A unos 40 metros de distancia, se encuentra la policía marroquí y por lo tanto están preparados para cualquier cosa", añaden.

El presidente Abdelaziz recibió ayer en los campamentos de refugiados en Argelia a Christopher Ross, enviado de la ONU. Ross se encuentra realizando una gira por la región para reunirse con las partes involucradas en el conflicto del Sáhara Occidental, dentro de los esfuerzos de la ONU para intentar promover una nueva ronda de negociaciones para el conflicto.

Ross ha calificado como "insostenible" el actual punto muerto en el que se encuentra la situación en Sáhara Occidental. Más de 150.000 saharauis viven en los campamentos de refugiados en Argelia desde la invasión marroquí de la antigua colonia española en 1975.

Fonte: www.afrol.com

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

DESOBEDIÊNCIA CIVIL SAHARAUI


A Desobediência Civil

Henry David Thoreau

Obra atualíssima, embora publicada em 1848

A Desobediência Civil é o texto mais conhecido de Thoreau. Escrito em 1848 influenciou profundamente pessoas como Mahatma Gandhi, Leon Tolstoi, Martin Luther King e tantos outros.

Muito à frente de seu tempo, sua defesa do Direito à Rebeldia esteve, desde sempre, a serviço da luta contra todas as formas de discriminação. Lutou contra a escravidão nos EUA, pelos direitos das mulheres, em defesa do meio-ambiente, contra a discriminação étnica e sexual. Como pacifista Radical (indo à Raiz do mal que combate) recusou-se a pagar impostos a um governo autoritário que fazia mais uma guerra predatória na qual roubou mais da metade do território mexicano – este ato Radical de Desobediência Civil lhe custou um tempo na cadeia que lhe foi útil a escrever e deixar para a posteridade seus pensamentos – muitas vezes, diria mesmo que na maior parte delas, o lutador pelo que é VERDADEIRAMENTE Justo e Perfeito só é reconhecido postumamente após uma vida eivada de dissabores. Questão de escolha. Há aqueles que não compactuam com a injustiça, a prepotência, a arrogância ou o roubo. Há os que se acomodam. Quem se acomoda, em geral, vive melhor mas, como dizia Leonardo Da Vinci, não passam de meros condutores de comida, não deixando rastro algum de sua passagem pelo mundo exceto latrinas cheias...

Acerca de um Homem do Quilate de Henry David Thoreau ( 1817 – 1862 ) muito já se disse. Dele mesmo, guardo comigo algumas pérolas aforismáticas:

“Quando o súdito nega obediência e quando o funcionário se recusa a aplicar as leis injustas ou simplesmente se demite, está consumada a Revolução”

“A tirania da Lei não é abrandada por sua origem majoritária”

“Só cada pessoa pode ser juiz de sua própria vida”

“Não é suficiente ser deixado em paz por um governo que pratica a corrupção sistemática e cobra impostos para fazer mal a seu próprio povo!”

Segue pequeno grande trecho do memorável texto:

Sob um governo que prende qualquer homem injustamente, o único lugar digno para um homem justo é também a prisão. Hoje em dia, o lugar próprio, o único lugar que Massachusetts reserva para os seus habitantes mais livres e menos desalentados são as suas prisões, nas quais serão confinados e tranca­dos longe do Estado, por um ato do próprio Estado pois os que vão para a prisão já antes tinham se confinado nos seus princípios. E aí que devem ser encontrados quando forem procurados pelos escravos fugidos, pelo prisioneiro mexicano em liberdade condicional e pelos indígenas, para ouvir as denúncias sobre as humilhações impostas aos seus povos; é aí, nesse chão discriminado, mas tão mais livre e honroso, onde o Estado planta os que não estão com ele mas sim contra ele - a única casa num Estado-senzala na qual um homem livre pode perseverar com honra. Se há alguém que pense ser a prisão um lugar de onde não mais se pode influir, no qual a sua voz deixa de atormentar os ouvidos do Estado, no qual não conseguiria ser tão hostil a ele, esse alguém ignora o quanto a verdade é mais forte que o erro e também não sabe como a injustiça pode ser combatida com muito mais eloqüência e efetividade por aqueles que já sofreram na carne um pouco dela. Manifeste integralmente o seu voto e exerça toda a sua influência; não se deixe confinar por um pedaço de papel. Uma minoria é indefesa quando se conforma à maioria; não chega nem a ser uma minoria numa situação dessas; mas ela é irresistível quando intervém com todo o seu peso. Se a alternativa ficar entre manter todos os homens justos na prisão ou desistir da guerra e da escravidão, o Estado não hesitará na escolha. Se no ano corrente mil homens não pagas­sem os seus impostos, isso não seria uma iniciativa tão violenta e sanguinária quanto o próprio pagamento, pois neste caso o Estado fica capacitado para come­ter violências e para derramar o sangue dos inocentes. Esta é, na verdade, a definição de uma revolução pacífica, se é que é possível uma coisa dessas. Se, como já ouvi um deles me perguntar, o coletor de impostos ou outro funcionário público qualquer indagar: "Mas o que devo fazer agora?", a minha resposta é: "Se de fato quiser fazer alguma coisa, então renuncie ao seu cargo". Quando o súdito negou a lealdade e o funcionário renunciou ao seu cargo, então a revolução completou-se. Mas vamos supor que há violência. Não poderíamos considerar que uma agres­são à consciência também provoca um tipo de ferimento grave? Um ferimento desses provoca a perda da autêntica humanidade e da imortalidade de um homem, e ele sangra até uma morte eterna. Posso ver esse sangue a correr, agora.

Fonte: www.culturabrasil.pro.br/desobedienciacivil.htm
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Ross llega a los campos de refugiados saharauis para relanzar la negociación


20-10-2010

Argel, 20 oct (EFE).- El enviado especial de la ONU para el Sahara Occidental, Christopher Ross, llegó hoy a los campos de refugiados saharauis de Tinduf (Argelia) para intentar relanzar las estancadas negociaciones entre el Frente Polisario y Marruecos, informaron a Efe fuentes saharauis.

El diplomático estadounidense se reunirá primero en los campamentos con el coordinador saharaui de la Misión de Naciones Unidas para el Referéndum en el Sahara Occidental (MINURSO), Mohamed Jedad, y con el ministro de Defensa saharaui, Mohamed Lemine Buhali.

Posteriormente, se entrevistará con otros dirigentes del Polisario, visitará una escuela en uno de los campamentos de refugiados y mantendrá esta noche un encuentro con el presidente de la República Árabe Saharaui Democrática (RASD), Mohamed Abdelaziz.

La visita a los campos de refugiados del enviado de la ONU es la segunda etapa de una nueva gira por la región que inició el pasado domingo en Argel y que le llevará también mañana a Nuakchot y posteriormente a Rabat.

Tras reunirse con el presidente argelino, Abdelaziz Buteflika, el enviado de la ONU consideró que el mantenimiento del "estatus quo" actual en el Sahara Occidental es "insostenible a largo plazo" en razón de "los costes que puede tener y los peligros que puede representar".

Ross dijo que intentará en su nueva gira por la región, la tercera desde su nombramiento, que el Polisario y Marruecos se sienten de nuevo a negociar el próximo noviembre e instó a las partes a dar "muestra de voluntad política para salir del bloqueo actual".

Por su parte, el ministro saharaui de Exteriores, Mohamed Salem Uld Salek, señaló que el Polisario está dispuesto a ayudar al enviado en su misión, aunque recalcó que los saharauis "no darán jamás marcha atrás, sea cual sea el precio a pagar" en su derecho a la autodeterminación.

El primer ministro saharaui, Abdelkader Taleb Omar, se mostró "optimista" ante la gira de Ross pero advirtió que el Polisario está dispuesto a volver a las armas en caso de que fracasen las negociaciones.

Desde junio de 2007 el Polisario y Marruecos han mantenido cuatro rondas negociadoras auspiciadas por Naciones Unidas y dos encuentros de contactos informales sin que se hayan registrado apenas avances.

Rabat insiste en su plan de autonomía para el Sahara Occidental como única solución posible mientras que el Polisario continúa defendiendo la celebración de un referéndum de autodeterminación que contemple todas las opciones.

Desde su acceso al cargo en enero de 2010, Ross ha insistido en que su misión es conseguir que las partes se sienten a negociar "sin condiciones previas y de buena fe para alcanzar una solución justa, duradera y mutuamente aceptable que contemple el derecho de autodeterminación del pueblo saharaui". EFE

Fonte: www.abc.es