República Árabe Saharaui Democrática


O POVO QUE O MUNDO ESQUECEU


O POVO QUE O MUNDO ESQUECEU


O POVO QUE O MUNDO ESQUECEU


Bem-vindos ao blog phoenixsaharaui.blogspot.com.br


A criação deste espaço democrático visa: divulgar a causa Saharaui, buscar o reconhecimento pelo Brasil da República Árabe Saharaui Democrática e pressionar a União Européia, especialmente a Espanha, a França e Portugal, mais os EUA, países diretamente beneficiados pela espoliação dos recursos naturais do povo Saharaui, para retirarem o apoio criminoso aos interesses de Mohammed VI, Rei do Marrocos, e com isto permitir que a ONU prossiga no já tardio processo de descolonização da Pátria Saharaui, última colônia na África.


Membro fundador da União Africana, a RASD é reconhecida por mais de 82 nações, sendo 27 latino-americanas.


Nas páginas que seguem, você encontrará notícias do front, artigos de opinião, relato de fatos históricos, biografias de homens do porte de Rosseau, Thoreau, Tolstoy, Emersom, Stuart Mill e outros que tiveram suas obras imortalizadas - enxergaram muito além do seu tempo - principalmente em defesa da Liberdade.


"Liberté, Égalité, Fraternité", a frase que embalou tantos sonhos em busca da Liberdade, é letra morta na terra mãe.


A valente e obstinada resistência do povo Saharaui, com certeza encontraria em Jean Molin - Herói da resistência francesa - um soldado pronto para lutar contra a opressão e, em busca da Liberdade, morrer por sua Pátria.


A Literatura, a Música, a Pintura e o Teatro Saharaui estarão presentes diariamente nestas páginas, pois retratam fielmente o dia-a-dia deste povo, que a despeito de todas as adversidades, em meio a luta, manteve vivas suas tradições.


Diante do exposto, rogamos que o nosso presidente se afaste da posição de neutralidade, mas que na verdade favorece os interesses das grandes potências, e, em respeito a autodeterminação dos povos estampada como preceito constitucional, reconheça, ainda em seu governo, a República Árabe Saharaui Democrática - RASD.


Este que vos fala não tem nenhum compromisso com o erro.


Se você constatar alguma imprecisão de datas, locais, fatos, nomes ou grafia, gentileza comunicar para imediata correção.


Contamos com você!


Marco Erlandi Orsi Sanches


Porto Alegre, Rio Grande do Sul/Brasil

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014


27/02/1976



PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA 

REPÚBLICA ÁRABE SAHARAUI DEMOCRÁTICA


AVANTE !!! 

BRAVO POVO SAHARAUI


RESISTIR, RESISTIR, RESISTIR...

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Conselho de Segurança da ONU: PODER DE VETO GARANTE O MONOPÓLIO DA VIOLÊNCIA

Conselho de Segurança da ONU:

PODER DE VETO GARANTE O MONOPÓLIO DA VIOLÊNCIA

UN Security Council:

POWER OF VETO ENSURES MONOPOLY OF VIOLENCE

联合国安理会的否决权,确保暴力垄断

Совет Безопасности ООН: право вето обеспечивает монополию на насилие

CONSEIL DE SÉCURITÉ:

LE DROIT DE VETO ASSURE LE MONOPOLE DE LA VIOLENCE

Ao exercer o poder de veto em relação as propostas de intervenção na Siria, a Rússia expõe a face criminosa da organização mundial que atribuiu a cinco membros permanentes do Conselho de Segurança - EUA, REINO UNIDO, RÚSSIA, FRANÇA e CHINA - o monopólio da violência praticada em escala mundial, suportada por sócios nanicos ou não sócios, vítimas da expoliação de recursos naturais, interesses estratégicos militares, exploração da mão de obra local, drenagem de recursos financeiros ou defesa do mercado consumidor cativo.

A recente decisão da Rússia repete conduta usual dos parceiros de banca quando ameaçados em seus redutos extra-territoriais, que utilizam a fabulosa estrutura da ONU para legitimar as atrocidades praticadas em nome dos negócios, e garantir a impunidade dos países travestidos de guardiões da paz.

PODER DE VETO

O artigo 27 da Carta das Nações Unidas permite que os membros permanentes possam usar o seu direito de veto podendo assim bloquear as decisões do Conselho de Segurança, mesmo que nas votações o número mínimo de 9 votos favoráveis em 15 possíveis seja atingido. Os casos de veto já aplicados foram distribuídos pela República Popular da China (5), França (18), URSS/Federação Russa (122), Reino Unido (32) e Estados Unidos (79). Desde 1984, a distribuição tem sido a seguinte: República Popular da China - 2; França - 3; URSS/Federação Russa - 4; Reino Unido - 10; e Estados Unidos - 42. Fonte: Wikipédia

Apesar da "coerência", causa espécie que países já reprovados por mau comportamento como a Alemanha, Itália e Japão, reivindiquem assento no macabro Conselho, fundamentando sua pretensão no porte e "pujança" de suas economias. Conclui-se que não aprenderam nada após a mal sucedida aventura bélica, com saldo de mortos incomparável em toda a história da humanidade.

Esperava-se desses sócios ricos, em tentativa de tímida reparação, alinhamento automático aos países historicamente subjugados, exigindo na Casa das Nações o compartilhamento do poder visando a igualdade na tomada de decisões.

Surpreende também a posição adotada pelo meu país, o Brasil, que disputa vaga no seleto clube que decide quem vai morrer, quem vai viver e como no planeta terra. Solidário com os países citados, justifica sua postulação diante da importância de nossa nação no cenário econômico mundial.

Ledo engano, uma nação que pretende assumir posição de liderança mundial, diferentemente do poder imposto na atualidade - ecomômico e militar - deverá liderar a agenda dos direitos humanos, do meio ambiente e da paz mundial, sendo respeitado e reconhecido como um país onde o discurso tem respaldo na conduta, ao contrário das lideranças atuais, com discurso pacifista e prática belicista.

Dito assim, difícil não rotular a afirmação de romântica e utópica. Mas não é, e podemos alinhar argumentos concretos bem ao gosto dos conservadores de plantão ou dos devotos de São Tomé.

DO EQUILIBRIO DE FORÇAS

Os BRICS, Brasil, Rússia, India, China e África do Sul, assinam diariamente acordos de cooperação econômica, cultural e tecnológica, impensável durante a guerra fria, que pode rapidamente "evoluir" para acordos militares, em contrapartida aos acordos celebrados entre europeus e norte americanos.

Através de sintético levantamento, verificamos que os BRICS representam:

- 45,2% da população mundial;

- 02 vetos no Conselho de Segurança da ONU (Rússia e China);

- 02 países no rol dos cinco maiores fabricantes de armas do mundo (Rússia e China);

- 02 maiores compradores de armas do mundo (India e China);

- 03 países possuem a Bomba Atômica (Rússia, China, India);

Mais, possuem ativos naturais como:

- Grandes extensões das terras mais férteis do planeta;

- Água potável em abundância;

- Imensas reservas de recursos minerais;

- Fauna e Flora exuberante;

- Petróleo;

- Fonte alternativa de energia: hidroelétrica, eólica, termoelétrica, etanol e biomassa;

- Posição estratégica em quatro Continentes: Europa, África, América e Ásia.

Pois é, quem está vendo os BRICS somente como um grande mercado consumidor precisa rever seus conceitos. Os cinco países reunidos constituem uma poderosa força militar, capaz de dissuadir qualquer empreitada irresponsável impetrada por forças ocultas, desavisadas ou desatinadas vestindo uniforme.

Como visto, EUA & Cia. ainda não conseguiram digerir o Iraque - invadido contra determinação da própria ONU e por conta e risco do Tio Sam - e o Afeganistão que também ceifou a vida de milhares de pessoas dos dois lados, revelando o verdadeiro objetivo da mal sucedida empreitada que é a expropriação do petróleo dos povos nativos em prol das empresas estrangeiras, reduzindo a missão dos exércitos à condição de meros mercenários e seguranças do setor privado.

Com certeza, europeus e norte americanos podem exibir fabuloso arsenal em contrapartida ao mostrado aqui, o que comprova que o enfrentamento adquire contornos de confronto final, o que ninguém deseja.

GERAÇÃO POBRE DE LÍDERES RICOS

Sem representatividade, sem carisma, sem personalidade, incompetentes, tutelados pelo grande capital, sem um projeto de nação, personalistas, descompromissados com seus povos, produto da ganância de poucos "mega grupos economicos mundiais", é o mínimo que pode-se se afirmar à respeito da pobre geração de líderes que, sem merecimento, comandam as grandes nações.

A pensar que esta gente se reune no Conselho de Insegurança da ONU e decidem a sorte global, sorte??

Solidários, assistimos preocupados as lideranças européias discutindo os rumos e a forma de enfrentar o flagelo que assola a Europa, em intermináveis reuniões televisionadas para o mundo todo.

Sentados na mesa de negociações, pessoas a quem seus países outorgaram poderes para representá-los neste momento tão difícil. Eleitos democraticamente.

Para surpresa geral, 90 dias depois, assistimos no mesmo canal de televisão, algumas destas "lideranças" entrando e saindo do foro perseguidos pela justiça, ou, precisamente, a invasão do domicílio de um destes senhores pela polícia, já desamparado pelo cargo que ocupava, cumprindo mandado judicial.

Meliantes decidindo o futuro da Europa?

Nos EUA, o presidente anterior deveria estar sentado no banco dos réus do Tribunal Penal Internacional. O atual, parece a Rainha da Inglaterra, reina mas não governa.

A política externa é ditada pelas forças reacionárias do país, representada pelos celerados e atrapalhados falcões americanos, enquanto a política interna e o desfile internacional permeia as ações do democrata itinerante, maquiada por hollywood, batizada pelo marketing e blindada pela imprensa, resultando numa hipócrita política externa, galvanizada no cambaleante marketeiro de plantão.

Sobre a prisão de Guantánamo nada. Silêncio total. É pura hipocrisia a tortura avalizada pela ONU.

CREDIBILIDADE PERDIDA

Chegou a hora de discutir a Paz Mundial. A Organização das Nações Unidas precisa reassumir as atribuições delegadas quando de sua fundação. Precisa recuperar a credibilidade perdida. O grito de liberdade, igualdade e fraternidade que turbinou a humanidade precisa impregnar a casa das nações, depurar sua estrutura, aperfeiçoar seus métodos, qualificar seus quadros, tornando-a respeitada como uma organização que busca sempre a justiça e guardiã dos valores perdidos.

CARTA DE INTENÇÕES

Como acadêmico do direito descobri que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948, é uma carta de intenções. Carta de intenções???

É vero, se tivesse força cojente, os "líderes" dos cinco países membros permanentes do Conselho de Insegurança já teríam sentado no banco dos réus do Tribunal Penal Internacional, reservado até agora somente para desafetos dos titulares do clube dos horrores, ou descarte de lideranças nativas responsáveis pelo extermínio dos seus irmãos.

A mudança e a recuperação da credibilidade passa pelo tratamento dispensado à crueldade praticada pelos sócios do clube, punindo sem distinção.

LEI x JUSTIÇA

Outro dia, diante de uma tarefa escolar que indagava sobre a natureza científica do direito, externei inquietações que decidi compartilhar neste espaço:

Como ver o direito como ciência, se estamos assistindo prevalecer a lei do mais forte?

Como ver o direito como ciência, se todos os regimes totalitários se legitimam através da lei?

Que ciência é esta que se molda ao carrasco de plantão?

Que ciência é esta que tem a justiça como utopia e a impunidade como regra?

CANDIDATOS SONHAM COM O PODER DE VETO

Alemanha, Japão, Brasil, India e Itália postulam abrigo junto aos membros permanentes, propondo uma alteração que modifique o número de países com poder de veto.

Pura contradição.

O poder exercido pelos cinco países carece de legitimidade e decorre de uma tentativa de criar uma organização para harmonizar os interesses dos países membros, reduzir atritos, mediar conflitos e promover a paz, tarefa que se mostra incompleta, diante do desrespeito que os próprios membros permanentes do Conselho de Segurança demonstram ao não cumprir as resoluções exaradas pela Instituição e, o que é mais grave, por intervenção direta ou apoio à regimes totalitários, estiveram ou estão por trás das graves violações de direitos humanos ocorridas após a segunda guerra mundial.

Mais, liderando a fabricação de armas e eqipamentos bélicos, os cinco membros não possuem nenhum interesse em acabar com as guerras, pelo contrário, insuflam as nações armando os dois lados do conflito.

Só para citar um exemplo, a Alemanha, 3ª maior fabricante de armas do mundo, derrotada na segunda guerra mundial, candidata a uma vaga, é responsável pelo fornecimento de armas para a Grécia e ao mesmo tempo para seu vizinho, a Turquia, países em estado permanente de hostilidades.

Boa parte da dívida da Grécia para com a Alemanha não decorre do fornecimento de alimentos, matérias primas, bens de capital ou tecnologia, mas sim, de armas de combate.

Fariam melhor os afoitos postulantes, se defendessem o compartilhamento do poder com todos os membros, ou seja: em vez de serem admitidos no covil dos lobos - Hobbes e Maquiavel adoravam lobos - como detentores do monopólio da violência, limitar seus poderes submetendo o veto a possibilidade de derrubada.

O CUSTO DA GUERRA

O estímulo às guerras, incentivado e incrementado pelos países fabricantes de armas, está com os seus dias contados. Por quê?

Tecnicamente em recessão, os senhores da guerra não dispõe de recursos para dispender em confrontos cada vez mais acirrados diante da resistência oferecida pelos inimigos fabricados.

Mais, o fim da guerra fria afastou o fastasma que mantinha o povo americano em prontidão contra a ameaça comunista representada pela bomba atômica Russa. Como os europeus andam à reboque da soberba militar dos norte americanos, presume-se que relaxaram diante dos riscos decorrentes do velado confronto.

Europeus e norte americanos, alienados em relação aos motivos que levavam seus exércitos a intervir em terras estrangeiras, desde que assegurado o Welfare State, agora, desempregados e sem perpectivas, querem saber quanto custa a aventura bélica e quantas vidas serão sacrificadas em nome dos negócios. Atentos, os contribuintes perceberam que o custo da guerra é sacado dos cofres públicos e diluido entre os cidadãos, enquanto a robusta receita é drenada para os cofres da indústria bélica e petrolífera.

O maior custo é o das vidas que são interrompidas pela bestialidade "humana". Jovens são enviados para os campos de batalha sem saber por que estão lutando, quem são os inimigos? o que fizeram? que ameaça representam para seu país?

A contabilidade da guerra registra friamente o número de vidas que tombaram em combate, quantos mutilados e os que retornaram com a alma mutilada, e que somente perceberão os danos quando cessar o rufar dos tambores e estiverem no silêncio do lar, totalmente desassistidos pelo Estado que os recrutou.

Surpreende como os "líderes" dos países invasores conseguem olhar nos olhos das mães dos seus soldados mortos em combate, não em defesa de sua pátria, mas em defesa dos interesses de monopólios privados.

Portanto, os senhores da guerra tem contra si o ceticismo de seus povos, que até agora fechavam os olhos para a política externa de seus países, pouco importando se a falsa zona de conforto estava apoiada na exploração de outras nações.

Resta aos governantes retirarem suas tropas dos países ocupados, trazendo seus filhos soldados para casa enquanto estão vivos, e trabalharem pelo fortalecimento da ONU como o grande foro de arbitragem para a solução dos conflitos.

Agora, a Europa e os EUA terão que garimpar em seu próprio terreno, explorar o seu próprio povo. Os países espoliados já não se conformam com o tratamento desumano imposto pelo interesses dos países predadores que, administrados por governos liderados por gente incompetente e comprometidos com o grande capital, apostam em suas máquinas de guerra para resolver todos os problemas.

IGUALDADE

Diante do exposto, defendo o aperfeiçoamento da Instituição que congrega as nações, motivo pelo qual apresento modesta sugestão com o escopo de estabelecer o equilibrio entre os membros na tomada de decisão, limitando o interesse particular em prol do coletivo, com a introdução do mecanismo que permite derrubar o(s) veto(s):

1. Um veto seria derrubado por 2/3 dos membros reunidos em Assembléia Geral, respeitado o quorum de 75% do total;

2. Dois ou mais vetos seriam derrubados por 3/4 dos membros reunidos em Assembléia Geral, respeitado o quorum de 80% do total;

3. Após cinco anos, revogar o poder de veto outorgado aos cinco países, contemplando uma fórmula que respeite as maiorias.

A singela proposição pode ser pretensiosa, imperfeita, com certeza é, deve ser aperfeiçoada, mas longe do absurdo que é o pleito para participar do clube dos horrores ou a manutenção do modelo atual, que outorgou poderes ilimitados a cinco países que não representam os interesses da maioria, e revelou um comando mundial que age com parcialidade, incompetente, irresponsável e predador, que não está a altura da responsabilidade atribuida de boa fé e se mostrou incapaz de responder pelo destino da humanidade.

PAZ

Um leitor mais apressado pode concluir que destilo ódio aos europeus e americanos, o que não corresponde a verdade.

Defendo a harmonia entre os povos e a paz mundial.

Luto contra a violação dos direitos humanos e a degradação da natureza.

Logo, não posso acalentar outro sentimento que não seja de amor ao próximo.

Primeiro, porque não tenho ódio no coração, segundo porque o mundo está de tal forma integrado, que ninguém escapa às nefastas consequências que estão por vir. Terceiro, porque temos, todos, que deixar de sermos cúmplices de máfias encasteladas no governo, tutelando um povo embriagado pelo consumo exacerbado de bens, que nos levam a um crescente processo de infantilização.

No passado, o homen vivia para conquistar, hoje, conquista o suficiente para viver.

Antigamente, admiravamos o homem que se destacava intelectualmente, que era honesto, trabalhador, leal, honrado, criativo e empreendedor.

Hoje, invejamos o homem que possui o melhor carro, a maior casa, a lancha mais veloz ou a moto mais potente.

Ora, assim procedendo, a sociedade regrediu de tal forma, que ser homem bem sucedido é ter o direito de permanecer criança e brincar de carrinho para sempre.

O ser humano precisa reaprender a dar valor ao que realmente tem valor.


"Não sabendo que era impossível, foi lá e fez." Jean Cocteau


Fonte das informações sobre armamentos: sipri.org.com

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

COMÉRCIO DE ARMAS, CONSELHO DE INSEGURANÇA DA ONU E BESTIALIDADE HUMANA

COMÉRCIO DE ARMAS, CONSELHO DE INSEGURANÇA DA ONU E BESTIALIDADE HUMANA


Os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, EUA, Rússia, Reino Unido, França e China, detentores do poder de veto, por intervenção direta ou apoio à regimes totalitários, estiveram ou estão por trás das graves violações de direitos humanos ocorridas após a segunda guerra mundial.

Fundadores e signatários da Declaração Universal de Direitos Humanos, 1948, as "grandes potências" utilizam a fabulosa estrutura da ONU para legitimar as atrocidades praticadas em nome dos negócios, e garantir a impunidade dos países travestidos de guardiões da paz.

Não por coincidência, os cinco países elencados lideram o ranking dos maiores fabricantes de armas e máquinas de guerra do mundo, assim:

EUA: 30% do mercado;
Rússia: 23%
Alemanha: 11%
França: 8%
Reino Unido: 4%
China: Só o Dragão sabe.

Postulante e forte candidata à cadeira number six (nº6) (seriam seis milhões?) neste seleto clube dos horrores chamado de "conselho de segurança", a Alemanha, depois de patrocinar um dos maiores banhos de sangue que a humanidade experimentou, figura como terceiro maior fabricante de armas do mundo. Deverá ter cadeira cativa, pois não consegue viver longe do cenário macabro. Seu povo, depois da guerra, disse que não sabia ou que não apoiava o fascínora. Agora, novamente, assistem passivamente seu governo investir na produção em massa de armamento causador de morte, destruição e desgraça em terras alheias.

Os senhores da guerra, titulares do clube, apresentam milhões de mortos em seu maquiavélico curriculo: Argélia, Camboja, Vietnam, Coréia, Hungria,Tchecoslovaquia, Chechênia, Sabra e Chatila, Ruanda, Timor Leste, Afeganistão, kosovo, Iraque, Libano, Palestina, Operação Condor - Brasil, Chile, Paraguai, Bolivia, Argentina e Uruguai - Guantánamo, e por aí vai...+ + + + + +

A causa dos Saharauis (1975-2011), o povo que o mundo esqueceu, está inserida neste contexto, onde as "grandes potências", por ação ou por omissão, decidem a sorte de um povo explorando as suas riquezas naturais, mantendo-os segregados em cárcere privado na própria terra, oprimindo-os através da mão de ferro do genocida Mohamed VI, reizinho do Marrocos, calando e cegando a imprensa "livre" internacional, que não vê um muro com 2.700 kilometros e cala criminosamente sobre o genocídio deste povo.

Condenados inexoravelmente à extinção lenta, gradual e segura sob a tutela da ONU, o bravo e heróico povo Saharaui luta diuturnamente pelos direitos de primeira geração -vida, liberdade e propriedade - aguardando o REFERENDUM (MINURSO/1992) marcado para não se realizar, diante da criminosa omissão e cumplicidade dos povos ditos desenvolvidos.


A conduta da ONU, criada para mediar conflitos e promover a PAZ, na verdade esconde e camufla a organização criminosa que decide quem vai morrer, quem vai viver e como no mundo atual. Enquanto isso, a indústria da morte, principal negócio dos sócios remidos, cresce e se fortalece nos países com discurso pacifista e práticas genocidas.



Meu país, o Brasil, ex-colônia de Portugal, recém saído de uma ditadura feroz, mantém vergonhosa postura de neutralidade em relação à causa Saharaui.

Surpreende o comportamento do atual governo - o Partido dos Trabalhadores assumiu compromisso expresso com a auto-determinação e independência da nação Saharaui - comandado por pessoas que lutaram pela liberdade e sobreviveram à tortura, sequestros, desaparecimentos forçados e assassinatos, praticados, não por quem pensava diferente, mas sim, por assassinos treinados nos EUA, e que agora, covardemente, se escondem atrás da Lei da Anistia para eternizar e garantir a impunidade.

A positivação dos direitos humanos verificada ao longo da história, com a conquista dos direitos de primeira, segunda e terceira geração, já falam em quarta geração, enfrenta terrível retrocesso, patrocinado justamente pelos povos responsáveis por lutas históricas que formataram leis em defesa dos direitos humanos.


Desafio os intelectuais à interromperem os estéreis estudos sobre os direitos de 4ª e 5ª geração, e direcionarem seu olhar para a realidade Saharaui que, em pleno século XXI, não consegue ultrapassar a primeira fase, sufocados pelos países que escrevem mas não cumprem as leis.



Prezados, abram a porta da história, pisem na areia quentíssima do deserto, sintam a escassez da água e do alimento, acampem em barracas na noite gelada, pulem sobre as minas terrestres fabricadas em seus próprios países, façam caminhada ao longo do muro invisível, são só 2.700 Km de extensão, desafiem a sanguinária polícia marroquina, visitem a histórica prisão chamada Cárcere Negra, superem as doenças, protejam as crianças, defendam as mulheres, esperem a chuva, sonhem com a liberdade, lutem pela vida... Aí sim, os senhores estarão realmente capacitados e preparados para pensar sobre a positivação dos direitos humanos.


Desta forma, a bestialidade humana sobrevive em estado latente na sociedade, alimenta-se da hipocrisia, renova-se periodicamente e retorna com novas e dissimuladas técnicas para extermínio do ser humano, sendo que, a LEI é a mais sofisticada e letal.

E você, até quando vai achar que esta situação não tem nada à ver contigo?


Segue pequeno grande poema para reflexão:

"No caminho, com MAIAKOVSKI

Tu sabes,

conheces melhor do que eu

a velha história.

Na primeira noite eles se aproximam

e roubam uma flor

do nosso jardim.

E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem:

pisam as flores,

matam nosso cão,

e não dizemos nada.

Até que um dia,

o mais frágil deles

entra sozinho em nossa casa,

rouba-nos a luz e,

conhecendo nosso medo,

arranca-nos a voz da garganta.

E já não podemos dizer nada.


Nos dias que correm

a ninguém é dado

repousar a cabeça

alheia ao terror.

Os humildes baixam a cerviz:

e nós, que não temos pacto algum

com os senhores do mundo,

por temor nos calamos.

No silêncio de meu quarto

a ousadia me afogueia as faces

e eu fantasio um levante;

mas amanhã,

diante do juiz,

talvez meus lábios

calem a verdade

como um foco de germes

capaz de me destruir."


Fragmentos do poema - NO caminho, com MAIAKÓVSKI - escrito por EDUARDO ALVES DA COSTA, em 1985.

Dados sobre armamentos - Fonte: www.sipri.org

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

CONTRADIÇÃO FATAL

CONTRADIÇÃO 
FATAL

Na América do Sul, somente três países ainda não reconheceram a independência Saharaui - Brasil, Argentina e Chile - sendo que no Chile, o procedimento legislativo para o efetivo reconhecimento está na fase final.

No meu Brasil - país que condena o imperialismo liderado pelos norte-americanos e seus coadjuvantes europeus - a retórica,  como vimos no texto extraído do 3º Congresso do PT, sustenta a igualdade entre os povos, a auto-determinação, a defesa do meio ambiente e a paz mundial, enquanto na prática, reproduz o comportamento dos grandes predadores, ao espoliar recursos minerais do solo saharaui, especialmente o FOSFATO, através de joint-venture entre empresas brasileiras e marroquinas, em flagrante ilegalidade, pois dispositivo da Carta das Nações impede a exploração de recursos naturais em territórios não-autônomos.

A extração do precioso mineral - a região é responsável por 44,7% das reservas mundiais¹ - prioriza a massiva mineração em território Saharaui, preservando as reservas localizadas no Marrocos.



Tal prática desconsidera a degradação do meio ambiente, e visa o esgotamento das reservas em terras alheias que, inevitavelmente, por JUSTIÇA, muito em breve voltarão para seus donos.

O partido que embalou a esperança de milhões de brasileiros se curvou ao DEUS MERCADO e, no executivo, atua no cenário mundial reproduzindo práticas predatórias que resultam em degradação da natureza, miséria e extermínio de povos pacíficos.

Dos irmãos do norte (EUA) copiamos o que eles têm de pior, ou seja, o espírito predador, que cria riqueza interna assaltando e matando seus vizinhos.


A conduta brasileira não revela apego a igualdade entre as nações, desrespeita o direito à auto-determinação do povo Saharaui, agride o meio ambiente violando normas internacionais e despreza a Paz Mundial.


Meu país precisa urgentemente externalizar o compromisso constitucional assumido no artigo 4º da Constituição Federal² e se diferenciar da França, da Espanha, da Rússia e dos EUA, países sem palavra, cujo discurso pacifista esconde a contumaz prática belicista que ampara o enriquecimento ilícito.

Muito parecidos com os saharauis, somos um povo pacífico, alegre, sem vocação para a guerra, com espírito coletivo e conciliador, rico em recursos humanos e naturais, e sabemos o que é ser espoliado por tradicionais predadores internacionais.




Caso a nação Saharaui seja exterminada pela omissão e cumplicidade internacional, estará aberto o caminho para as grandes empreitadas fraticidas do século XXI.

Se a ganância conseguiu transformar um pequeno território desértico em objeto do desejo das grandes "potências" - sem potencial econômico conhecido quando da partilha da África (1884-1885) - imagine a disputa que se avizinha por grandes extensões de terras ricas em minerais, água, fauna e flora abundantes.




A expropriação forçada dos territórios, inevitavelmente, recairá sobre os países que hoje se curvam ou são cúmplices nas graves violações de direitos humanos praticadas contra povos indefesos.


 
Formalmente protegidos por Tratados internacionais, os direitos fundamentais são sistematicamente violados em nome da democracia pelos membros com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU - Reino Unido, EUA, França, China e Rússia -  que através de perverso mecanismo de funcionamento, garante a impunidade dos cinco sócios que, não por acaso, são os maiores fabricantes de armas do mundo.



O poder de veto não pode continuar servindo para evitar a responsabilização de crimes praticados pelos membros permanentes e perpetuar a impunidade.

A disposição brasileira de garantir a 6ª cadeira no Clube dos Horrores (CS) não deve prosperar. O Brasil precisa defender a reforma da ONU, para que a Instituição se torne transparente, democrática e soberana, com ampla e efetiva participação de todos os Estados membros.


O Brasil precisa construir sua própria identidade no cenário internacional honrando os valores humanistas, distanciando-se da hipocrisia europeia, da vocação predatória do norte-americano, da dissimulação chinesa e do totalitarismo russo, baseando sua participação na promoção da igualdade e busca da paz mundial, onde o grande desafio será fundir discurso e conduta.




1. http://www.mme.gov.br/sgm/galerias/arquivos/plano_duo_decenal/a_mineracao_brasileira/P29_RT53_Perfil_do_Fosfato.pdf 

2.  file:///C:/Users/user/Documents/Constituicao-Compilado%20atualizada.htm