FATAL
Na América do Sul, somente três países ainda não reconheceram a independência Saharaui - Brasil, Argentina e Chile - sendo que no Chile, o procedimento legislativo para o efetivo reconhecimento está na fase final.
No meu Brasil - país que condena o imperialismo liderado pelos norte-americanos e seus coadjuvantes europeus - a retórica, como vimos no texto extraído do 3º Congresso do PT, sustenta a igualdade entre os povos, a auto-determinação, a defesa do meio ambiente e a paz mundial, enquanto na prática, reproduz o comportamento dos grandes predadores, ao espoliar recursos minerais do solo saharaui, especialmente o FOSFATO, através de joint-venture entre empresas brasileiras e marroquinas, em flagrante ilegalidade, pois dispositivo da Carta das Nações impede a exploração de recursos naturais em territórios não-autônomos.
A extração do precioso mineral - a região é responsável por 44,7% das reservas mundiais¹ - prioriza a massiva mineração em território Saharaui, preservando as reservas localizadas no Marrocos.
Tal prática desconsidera a degradação do meio ambiente, e visa o esgotamento das reservas em terras alheias que, inevitavelmente, por JUSTIÇA, muito em breve voltarão para seus donos.
O partido que embalou a esperança de milhões de brasileiros se curvou ao DEUS MERCADO e, no executivo, atua no cenário mundial reproduzindo práticas predatórias que resultam em degradação da natureza, miséria e extermínio de povos pacíficos.
Dos irmãos do norte (EUA) copiamos o que eles têm de pior, ou seja, o espírito predador, que cria riqueza interna assaltando e matando seus vizinhos.
A conduta brasileira não revela apego a igualdade entre as nações, desrespeita o direito à auto-determinação do povo Saharaui, agride o meio ambiente violando normas internacionais e despreza a Paz Mundial.
Meu país precisa urgentemente externalizar o compromisso constitucional assumido no artigo 4º da Constituição Federal² e se diferenciar da França, da Espanha, da Rússia e dos EUA, países sem palavra, cujo discurso pacifista esconde a contumaz prática belicista que ampara o enriquecimento ilícito.
Muito parecidos com os saharauis, somos um povo pacífico, alegre, sem vocação para a guerra, com espírito coletivo e conciliador, rico em recursos humanos e naturais, e sabemos o que é ser espoliado por tradicionais predadores internacionais.
Caso a nação Saharaui seja exterminada pela omissão e cumplicidade internacional, estará aberto o caminho para as grandes empreitadas fraticidas do século XXI.
Se a ganância conseguiu transformar um pequeno território desértico em objeto do desejo das grandes "potências" - sem potencial econômico conhecido quando da partilha da África (1884-1885) - imagine a disputa que se avizinha por grandes extensões de terras ricas em minerais, água, fauna e flora abundantes.
A expropriação forçada dos territórios, inevitavelmente, recairá sobre os países que hoje se curvam ou são cúmplices nas graves violações de direitos humanos praticadas contra povos indefesos.
Formalmente protegidos por Tratados internacionais, os direitos fundamentais são sistematicamente violados em nome da democracia pelos membros com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU - Reino Unido, EUA, França, China e Rússia - que através de perverso mecanismo de funcionamento, garante a impunidade dos cinco sócios que, não por acaso, são os maiores fabricantes de armas do mundo.
O poder de veto não pode continuar servindo para evitar a responsabilização de crimes praticados pelos membros permanentes e perpetuar a impunidade.
A disposição brasileira de garantir a 6ª cadeira no Clube dos Horrores (CS) não deve prosperar. O Brasil precisa defender a reforma da ONU, para que a Instituição se torne transparente, democrática e soberana, com ampla e efetiva participação de todos os Estados membros.
O Brasil precisa construir sua própria identidade no cenário internacional honrando os valores humanistas, distanciando-se da hipocrisia europeia, da vocação predatória do norte-americano, da dissimulação chinesa e do totalitarismo russo, baseando sua participação na promoção da igualdade e busca da paz mundial, onde o grande desafio será fundir discurso e conduta.
1. http://www.mme.gov.br/sgm/galerias/arquivos/plano_duo_decenal/a_mineracao_brasileira/P29_RT53_Perfil_do_Fosfato.pdf
2. file:///C:/Users/user/Documents/Constituicao-Compilado%20atualizada.htm
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