República Árabe Saharaui Democrática


O POVO QUE O MUNDO ESQUECEU


O POVO QUE O MUNDO ESQUECEU


O POVO QUE O MUNDO ESQUECEU


Bem-vindos ao blog phoenixsaharaui.blogspot.com.br


A criação deste espaço democrático visa: divulgar a causa Saharaui, buscar o reconhecimento pelo Brasil da República Árabe Saharaui Democrática e pressionar a União Européia, especialmente a Espanha, a França e Portugal, mais os EUA, países diretamente beneficiados pela espoliação dos recursos naturais do povo Saharaui, para retirarem o apoio criminoso aos interesses de Mohammed VI, Rei do Marrocos, e com isto permitir que a ONU prossiga no já tardio processo de descolonização da Pátria Saharaui, última colônia na África.


Membro fundador da União Africana, a RASD é reconhecida por mais de 82 nações, sendo 27 latino-americanas.


Nas páginas que seguem, você encontrará notícias do front, artigos de opinião, relato de fatos históricos, biografias de homens do porte de Rosseau, Thoreau, Tolstoy, Emersom, Stuart Mill e outros que tiveram suas obras imortalizadas - enxergaram muito além do seu tempo - principalmente em defesa da Liberdade.


"Liberté, Égalité, Fraternité", a frase que embalou tantos sonhos em busca da Liberdade, é letra morta na terra mãe.


A valente e obstinada resistência do povo Saharaui, com certeza encontraria em Jean Molin - Herói da resistência francesa - um soldado pronto para lutar contra a opressão e, em busca da Liberdade, morrer por sua Pátria.


A Literatura, a Música, a Pintura e o Teatro Saharaui estarão presentes diariamente nestas páginas, pois retratam fielmente o dia-a-dia deste povo, que a despeito de todas as adversidades, em meio a luta, manteve vivas suas tradições.


Diante do exposto, rogamos que o nosso presidente se afaste da posição de neutralidade, mas que na verdade favorece os interesses das grandes potências, e, em respeito a autodeterminação dos povos estampada como preceito constitucional, reconheça, ainda em seu governo, a República Árabe Saharaui Democrática - RASD.


Este que vos fala não tem nenhum compromisso com o erro.


Se você constatar alguma imprecisão de datas, locais, fatos, nomes ou grafia, gentileza comunicar para imediata correção.


Contamos com você!


Marco Erlandi Orsi Sanches


Porto Alegre, Rio Grande do Sul/Brasil

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Human Rights Watch revela "graves violações" por parte de Marrocos nos territórios ocupados do Sahara Ocidental

Human Rights Watch revela "graves violações" por parte de Marrocos nos territórios ocupados do Sahara Ocidental

29.11.2010

Investigações publicadas ontem pela organização norte-americana Human Rights Watch (HRW - Observatório dos Direitos Humanos), no seu sítio web (www.hrw.org), revelam que as forças de segurança marroquinas cometeram "graves" violações dos direitos humanos durante a sua violenta intervenção no desmantelamento do acampamento de Gdeim Izik, nos arredores de El Aiún, capital ocupada do Sahara Ocidental.

"Os violentos ataques das forças de segurança marroquinas, conjuntamente com os colonos marroquinos, são uma vingança contra os saharauis", refere o HRW, que acrescenta que "nada justifica espancar e torturar os detidos saharauis até os deixar inconscientes", afirmou ontem a directora do HRW para a África e Médio Oriente, Sarah Leah Whitson, em comunicado de imprensa onde são relatados em pormenor testemunhos de várias vítimas".

A organização norte-americana, que defende os direitos humanos em todo o mundo, salienta que "as forças de segurança marroquinas violaram e torturaram saharauis que foram detidos na sequência do ataque ao acampamento de Gdeim Izik".

O HRW revela "a detenção de centenas de saharauis após os confrontos, assegurando que ainda existem mais de 100 detidos". Advogados saharauis defensores dos direitos humanos, disseram à HRW que "nove tinham sido trasladados para Rabat para serem interrogados por um tribunal militar".

A organização acrescenta que se reuniu com sete saharauis detidos na sequência dos acontecimentos de 8 de Novembro e colocados mais tarde em liberdade. Esses cidadaos saharauis asseguram "que a policia e a gendarmeria marroquina abusaram deles, além de lhes terem urinado em cima e ameaçado de violação ".

A ONG constatou que "as testemunhas entrevistadas tinham sinais de graves contusões e golpes, e que outros tinham sido espancados durante a sua detenção".

O HRW visitou "os bairros da Paz e Colomina, onde várias casas saharauis foram atacadas por grupos que incluíam membros das forças de segurança marroquina e outros trajados à civil, assim como colonos marroquinos. "Os saharauis entrevistados descreveram como os agressores marroquinos atacaram os saharauis dentro das suas casas e destruíam os seus bens".

"Cerca de dez casas saharauis na rua de Moulay Ismail e cercanias foram invadidas e destruídas, e à distância de duas casas, um grupo formado por uns cerca de 40 soldados e um oficial da polícia deslocou-se à casa de duas idosas, por volta das dez e meia da manhã de 8 de Novembro, onde dispararam bombas anti-motins com grânulos de plástico e pediram à família que saísse da casa para lhes roubar um computador e jóias", assinala a organização.

Um dos quatro homens entrevistados pela Human Rights Watch a 16 de Novembro, afirmou que "a polícia marroquina atacou os homens e abriram fogo contra eles ferindo-o na parte inferior da perna esquerda com uma bala de uma pistola de pequeno calibre", além "de terem disparado cartuchos anti-distúrbios com plástico granulado causando-lhes feridas superficiais, e os espancaram severamente. Um destes homens, de 28 anos, não consegue ainda mover o seu braço direito após 8 dias do sucedido devido à gravidade dos espancamentos".

A investigação do Human Rights Watch (Observatório dos Direitos Humanos) ,surge um dia depois da aprovação pelo Parlamento Europeu de uma resolução onde se apela ao envio de uma comissão de investigação independente e transparente, sob a supervisão das Nações Unidas para esclarecer os acontecimentos de Gdeim Izik nos territórios ocupados do Sahara Ocidental.

AAPSO

Fonte: port.pravda.ru

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Human Rights Watch denuncia ''brutais torturas' contra civis saharauis


Human Rights Watch denuncia ''brutais torturas' contra civis saharauis

23.11.2010

Human Rights Watch denuncia ''brutais torturas por parte das forças de segurança marroquinas' contra civis saharauis
O enviado de Human Rights Watch ao Sahara Ocidental, Peter Bouckaert, denunciou esta 4.ª feira "brutais torturas por parte das forças de segurança marroquinas" contra civis saharauis. Segundo a estação espanhola Cadena SER, Peter Bouckaert assegurou que "muitos saharauis detidos em El Aiún, foram espancados até os deixarem inconscientes", e advertiu que os "os abusos continuam, inclusive neste momento".

"Estamos a falar de casos graves de tortura" em que "a maioria dos detidos com quem conversámos, tivemos que os entrevistar em suas casas porque não podiam mover-se, nem andar, devido à gravidade das lesões de que padeciam", explicou.

Bouckaert afirmou que muitas vítimas nem sequer puderam receber assistência nos hospitais porque a polícia marroquina estava de plantão à porta para espancar todos aqueles que chegavam feridos. O enviado da HRW denunciou também que alguns centros sanitários recusaram-se a atender os saharauis feridos. O enviado do Human Rights Watch revelou em detalhe as torturas praticadas: "Espancamentos até à inconsciência, homens e mulheres ameaçados de violação; urinavam-lhes em cima; a muitos não deram nada de comer nos primeiros dias; atiravam-lhes água durante a noite para os impedir de dormir". Peter Bouckaert assegurou que a polícia marroquina continua a patrulhar as ruas em busca de saharauis que, sublinha, "ainda têm muito medo".

O Human Rights Watch foi a única organização que conseguiu entrar em El Aiún, capital ocupada do Sahara Ocidental, desde a escalada repressiva marroquina nos territórios ocupados que teve início na 2.ª feira da semana passada com o brutal desmantelamento do acampamento de Gdeim Izik.

HRW exige "a deslocação imediata de um contingente da ONU que se ocupe dos Direitos Humanos " no Sahara Ocidental

Peter Bouckaert exigiu igualmente "o deslocamento imediato de um contingente da ONU que se ocupe dos direitos humanos" no Sahara Ocidental.

Segundo Cadena ser, Peter Bouckaert solicitou a presença urgente de uma missão da ONU com competências em matéria de direitos humanos, assim como o livre acesso à zona para os jornalistas, já que o contrário - afirmou contrário -"cria um clima de rumores em vez de permitir que se esclareça o que realmente aconteceu e está a acontecer".

Bouckaert sublinhou que a Missão da ONU para o Referendo do Sahara Ocidental (MINURSO) é a única missão de paz das Nações Unidas que não tem uma componente de direitos humanos devido ao bloqueio por parte da França, pelo que, apesar da presença no Sahara Ocidental, esse contingente no tem nenhuma informação sobre os abusos cometidos.

Comunicado da SPS

AAPSO

19-11-2010

(1) Quem é Peter Bouckaert

Peter Bouckaert é director da Human Rights Watch para situações de emergência e um especialista em crises humanitárias. É responsável por coordenar a resposta da organização a guerras em larga escala e outras crises de direitos humanos. De nacionalidade belga, é licenciado pela Stanford Law School, tendo-se especializado em leis de guerra. Bouckaert é um veterano de missões de estudo para o Líbano, Kosovo, Chechénia, Afeganistão, Iraque, Israel, Macedónia, Indonésia, Uganda, Serra Leoa, e muitos outros zonas de guerra. Mais recentemente, Bouckaert testemunhou sobre crimes de guerra perante o Senado dos Estados Unidos, o Conselho da Europa, e no tribunal Jugoslavo (TPII) em Haia, e tem escrito artigos de opinião para jornais de todo o mundo. Os seus trabalhos têm sido publicados na Rolling Stone, The Washington Post e muitos outros.

Fonte: port.pravda.ru

terça-feira, 23 de novembro de 2010

"El infierno" de El Aaiún se llama Cárcel Negra



23/11/2010 01:00

"El infierno" de El Aaiún se llama Cárcel Negra

Los internos del famoso penal del Sáhara padecen condiciones inhumanas

Hasta 2005 ninguna imagen había salido de sus muros. La situación cambió cuando un grupo de presos políticos saharauis, entre ellos Hmad Hamad, consiguió sobornar a un guardián e introducir una pequeña cámara en la prisión.

Un lugar que guarda el eco de tantas torturas atroces no podía ser conocido por el neutro nombre con el que aparece en los documentos oficiales marroquíes: Prisión Civil de El Aaiún. Quizás por eso los saharauis no se refieren a sus vetustos muros con otro nombre diferente de aquel, siniestro, que le puso el colonizador español: la Cárcel Negra. En sus celdas, que más merecerían ser llamadas agujeros, están ahora encerrados, a la espera de conocer su suerte, muchos de los 132 saharauis que Marruecos reconoce haber detenido desde el desmantelamiento del Campamento Dignidad, el 8 de noviembre.

En esta prisión por la que han pasado activistas como Aminatu Haidar y Ali Salem Tamek (ahora preso en Salé por viajar a los campamentos de refugiados de Tinduf), muchos saharauis han pagado desde 1975 con su libertad, y en ocasiones con su vida, su lucha por la independencia.

Hmad Hamad, presidente del Comité para la Defensa del Derecho de la Libre Determinación del Pueblo del Sáhara Occidental (CODAPSO), es uno de ellos. Su espalda y sus piernas, molidas literalmente a palos, aún guardan las huellas de unas torturas que, explica a Público desde Vitoria (donde médicos españoles le tratan de sus secuelas), son "sistemáticas": "En la Cárcel Negra te tratan peor que a un perro. Aquello es un infierno".

Dormir entre excrementos
Hmad Hamad ha estado varias veces en esta siniestra prisión; la última en 2005. Entonces consiguió sobornar a un guardia para hacer y luego difundir la fotografía que aparece arriba. En esta y otras imágenes que tomó se ve a presos amontonados unos sobre otros, o durmiendo en baños infectos con las paredes cubiertas de excrementos, los mismos que, de día, utilizan los internos.

Para hacerse una idea del hacinamiento que impera en esta penitenciaría, sólo hay que considerar que, con una capacidad de unos 250 internos, ha llegado a albergar a 700, según un informe elaborado por el preso político saharaui Ahmed Naciri. Los presos de la Cárcel Negra apenas tienen sitio para sentarse, cuando las normas internacionales recomiendan que cada persona encarcelada disponga de al menos nueve metros cuadrados.

Pero el hacinamiento, la falta de higiene y el maltrato no son lo peor. Hamad recuerda cómo, de noche, era "imposible dormir por los gritos de hombres, mujeres y niños que estaban siendo torturados". Frente a las "humillaciones", sólo queda callar, pues "si protestas, te llevan a una celda de aislamiento y los guardias te rocían con sus orines", explica.

El Observatorio Marroquí de Prisiones (OMP), una ONG independiente que con grandes dificultades documenta la terrible situación de las cárceles del país (y del Sáhara), lleva años denunciando las condiciones de la Cárcel Negra.

Pero este centro no es el único penal administrado por Marruecos que atenta contra la dignidad humana. De acuerdo con el OMP, estar en una cárcel marroquí significa poco menos que caer en un calabozo medieval. Eso si no se tiene dinero, porque quien lo posee puede disponer, gracias a la corrupción, de hasta un televisor de plasma como el que disfrutaba el narcotraficante Mohamed Uazzani, El Nene, en la cárcel de Kenitra.

Fonte: www.publico.es

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Solidariedade com o povo saharaui


Solidariedade com o povo saharaui

17.11.2010 | Fonte de informações: Pravda.ru

Tomada de posição do parlamento europeu
Apelo a todos os homens e mulheres de boa vontade, que conservam a dignidade de carácter para se revoltarem contra a ignomínia e a injustiça. Subscrevam o abaixo-assinado.

http://sahararights.net/

Preencha o formulário e enviará um e-mail aos representantes do seu país no Parlamento Europeu em português.

Por favor, utilize uma linguagem educada e seja claro na sua exposição. O objectivo desta ferramenta é que o/a eurodeputado/a em questão receba uma mensagem única e escrita por si, sem utilizar um texto predefinido.

Em todo o caso, se tiver dificuldade, sugerimos que utilize o texto que enviamos em baixo.

Muito Obrigado. Estamos juntos e solidários com a tragédia deste povo vizinho e irmão.

Peço que exijam ao governo marroquino que cesse a violência que está a exercer contra a população saharaui nos Territórios Ocupados do Sahara Ocidental.

Peço que apelem à ONU para que faça cumprir o artigo 2 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, assim como as resoluções adoptadas para os Territórios Não Autónomos.

Peço que apelem à ONU para que o Conselho de Segurança outorgue à MINURSO a capacidade de monitorizar os Direitos Humanos, informando directamente o Conselho de Segurança.

A ONU tem a obrigação de proteger a população de um Território Não Autónomo, enquanto esta espera a realização do Referendo de Autodeterminação, em conformidade com as Resoluções da Assembleia Geral, o Conselho de Segurança e da União Africana.

Peço que reclamem junto do Governo de Rodriguez Zapatero que pare de imediato a venda de armas ao governo alauita, com as quais o exercito de ocupação assassina, tortura e reprime o povo saharaui.

Peço que levantem vossa voz para permitir a entrada de civis que possam fazer o trabalho de observação internacional, e igualmente o livre acesso aos meios de comunicação social.

Peço que se pronunciem perante o Parlamento Europeu, exigindo a intervenção deste órgão da EU e do conjunto da comunidade internacional.

Peço que exijam a libertação imediata dos saharauis ilegalmente detidos, há centenas de pessoas desaparecidas-detidas.

Agradeço a vossa atenção e espero que contribuam para que se faça cumprir a lei internacional e se possa parar esta grave violação dos direitos humanos.

Associação de Amizade Portugal - Sahara Ocidental

terça-feira, 16 de novembro de 2010

ONU: semana de expectativa pela crise no Saara Ocidental


ONU: semana de expectativa pela crise no Saara Ocidental

sábado, 13 de noviembre de 2010

13 de noviembre de 2010, 14:08Nações Unidas, 13 nov (Prensa Latina) As Nações Unidas concluíram hoje em uma semana marcada pela expectativa diante da crise provocada no Saara Ocidental pelo ataque de forças marroquinas contra um acampamento de camponeses saharauis em Gdeim Izik.

O assalto foi realizado na segunda-feira passada contra centenas de tendas de acampamento levantadas nessa região para protestar contra a ocupação desse território pelo Marrocos há 35 anos.

Nesse mesmo dia, começou em Nova York a terceira rodada de contatos informais auspiciados pela ONU entre a Frente Polisario e o governo de Rabat em busca da abertura de negociações oficiais para um arranjo do conflito.

O encontro, o primeiro depois de 10 meses de estancamento, esteve a ponto de ser cancelado devido aos acontecimentos em Gdeim Izik, mas finalmente foi concluído na terça-feira com a decisão de haver novas reuniões em dezembro e janeiro.

Um comunicado do representante especial da ONU para o Saara Ocidental, Christopher Ross, assinalou que nas discussões cada parte recusou as propostas da outra, ainda que "tenham começado a construir uma nova dinâmica para os próximos passos do processo de negociações".

Neste sentido, assinalou que as delegações conversaram sobre a construção de medidas de confiança e a retomada das visitas familiares, ainda que limitadas às realizadas por via aérea.

Na quinta-feira passada e no meio da crescente condenação mundial à agressão marroquina contra os civis saharauis, o Conselho de Segurança anunciou que analisará o tema na próxima terça-feira em uma sessão informativa sobre esses acontecimentos.

Segundo informou-se, a reunião dos 15 membros desse órgão escutará um relatório elaborado pelo departamento de operações de manutenção da paz da ONU.

De acordo com fontes da Polisario, o assalto marroquino custou a vida de cerca de duas dezenas de pessoas. Também pereceram vários efetivos do lado agressor.

Pouco depois da operação, as autoridades da Polisario e da República Árabe Democrática Saharaui exigiram do secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, proteção para a população do território.

Desde 1991, as Nações Unidas mantêm na área a chamada Missão para o Referendo no Sahara Ocidental, integrada no presente por aproximadamente 230 efetivos procedentes a mais de 20 países.

A Polisario quer que o Conselho condene o ataque das tropas marroquinas e lembre o envio de uma missão investigadora, afirmou em Nova York o representante dessa organização na ONU, Ahmed Boukhari.

Na preparação dessa sessão, o embaixador da Grã-Bretanha, Mark Lyall Grant, presidente desse órgão em novembro, recebeu Boukhari e o coordenador saharaui com a Missão da ONU para o Referendo no Saara Ocidental, Mohamed Khaddad.

Desde a década de 1980, a ONU defende a realização de um plebiscito sobre a auto-determinação nesse território, enquanto o Marrocos lançou há dois anos um projeto para uma dita autonomia.

O Conselho de Segurança é integrado pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Rússia, China e França, como membros permanentes, mais Brasil, Líbano, Nigéria, Gabão, Bósnia e Herzegóvina, México, Uganda, Japão, Áustria e Turquia.

Fonte: www.prensa-latina.cu

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

El polisario eleva a 11 los muertos y vuelve la tensión a El Aaiún

Aminetu Haidar reúne com deputados portugueses


Aminetu Haidar reúne com deputados portugueses

10-Nov-2010

A activista dos Direitos Humanos Aminetu Haidar, que se tem destacado na luta pela independência do Sahara Ocidental e que ficou mais conhecida quando, há cerca de um ano, fez uma greve de fome de 32 dias no aeroporto de Lanzarote (nas Ilhas Canárias), reuniu esta quarta-feira com deputados portugueses.
Num encontro em que esteviram presentes as várias bancadas parlamentares, o deputado José Manuel Pureza exprimiu "a mais profunda solidariedade do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda",. Por sua vez, Aminetu Haidar interveio sobre a necessidade da presença de observadores internacionais, nomeadamente delegações parlamentares, a fim de testemunharem os abusos e ataques aos direitos humanos verificados no Sahara Ocidental.

Recorde-se que esta segunda-feira, foi notícia a acção violenta das autoridades marroquinas e o seu ataque ao Acampamento da Liberdade, existente às portas da capital do Sahara Ocidental, El Aiun, onde se encontravam mais de 20 mil saharauis e que foi montado há um mês como forma de protesto e para exigir melhores condições de vida.

As forças marroquinas queimaram e destruíram as tendas do acampamento, provocando pelo menos 11 mortos, 723 feridos e 159 desaparecidos, anunciou o responsável da Frente Polisário para os Assuntos Externos, Mohamed Uld Salek.

Aminetu Haidar estará presenta numa sessão pública esta quarta-feira, pelas 18h30, na Reitoria da Universidade de Lisboa.


Fonte: beparlamento.esquerda.net

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ataque impetrado por Marrocos pode significar genocídio saharauí



Ataque impetrado por Marrocos pode significar genocídio saharauí

A situaçao no Sahara Ocidental ocupado está se deteriorando gravemente. A monarquia marroquina de Mohamed VI apertou o cerco contra os ocupantes e iniciou nesta segunda-feira (8) uma ofensiva contra os mais de 20 mil saharauís que moram no acampamento Gdeim Izik, a quinze quilômetros da capital, El Aiún.
As forças de segurança marroquinas fecharam neste domingo (7) o único acesso ao acampamento de protesto saharauí (“Acampamento da Independência”, onde mais de 7 mil tendas e 20 mil pessoas se têm concentrado desde o dia 10 de outubro), situado a leste de El Aiún, enquanto continuavam a chegar efetivos policiais e militares para uma intervenção violenta, que teve início nesta segunda-feira (8).

A polícia e as forças auxiliares marroquinas atacam cidadãos que habitam o acampamento Gdeim Izik. Uma parte do campo está em chamas e helicópteros jogam gás e água quente sobre os cidadãos, que enfrentam um desigual combate corpo-a-corpo com as forças militares. Muitos reagem com pedras aos tanques e soldados armados.

Os saharauís realizam protestos em El Aiún e em outras cidades, como Dajla, Smara e Bojador, mas as autoridades marroquinas desmantelam pela força esses acampamentos.

Solidariedade internacional

O Conselho Mundial da Paz (CMP), por meio da sua presidente, Socorro Gomes, manifestou seu “mais forte repúdio a mais esta agressão brutal contra o povo saharauí por parte do colonialismo exercido pelo Marrocos”. Para Socorro Gomes, “o ataque de centenas de caminhões e tanques contra um povo desarmado e pacífico que de longa data luta pela sua independência e autodeterminação viola a carta da ONU e dos direitos humanos". "Estão sendo assassinados civis, entre eles crianças vítimas da agressão colonialista”, completa a presidente do CMP, que é também presidente do Centro Brasileiro de Luta pela Paz (Cebrapaz).

Diante da constatação, Socorro faz um chamado aos movimentos sociais em todo o mundo: “conclamos a todos os movimentos pela paz e a solidariedade que intercedam junto à ONU no sentido de garantir os direitos do povo saharaui a seu território livre e em paz. Estes crimes, por outro lado, não podem cair no esquecimento e devem ser rigosamente punidos. Manifestamos, nossa irrestrita solidariedade ao povo Saharaui em sua heróica luta pela autodeterminação e liberdade”.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lançou, nesta segunda (8), manifesto também com uma convocatória, direcionada a “todo o povo brasileiro, a participar ativamente da campanha internacional pelo reconhecimento da República Árabe Saaraui Democrática (RASD-Saara Ocidental)”. No documento, o MST apresenta a história da ocupação e exige posição do governo brasileiro.

Espanhóis marcaram ato de solidariedade nesta segunda-feira (8), a partir das 18h30 na Embaixada de Marrocos em Madrid e entidades brasileiras lançam manifesto de solidariedade ao povo saharaui.

Em Portugal, nesta terça-feira (9), o reitor da Universidade de Coimbra, professor Fernando Seabra Santos, entregará a Medalha da Universidade à ativista saharaui dos Direitos Humanos Aminetu Haidar, como reconhecimento pela sua contribuição para a defesa dos Direitos Humanos.

O objetivo das variadas manifestações de solidariedade é garantir uma intervenção imediata da ONU em defesa da população civil que sofre ataque militar.

Repressão anunciada

O deputado europeu Willy Meyer já havia sido impedido de desembarcar em Marrocos pelas autoridades do país neste domingo (7). Assim que o espanhol, deputado do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia e da Esquerda Nórdica Verde, Willy Meyer, aterrissou no aeroporto de El Aaiún, vários polícias marroquinos entraram no avião empurrando e agredindo ao deputado e a vários jornalistas que viajavam no mesmo vôo, não permitindo que nenhum dos cidadãos espanhóis saísse da aeronave.

Apenas após o comandante da aeronave, Javier Guzman, lembrar aos polícias que estavam em território espanhol e exigir a sua saída imediata, cessou a agressão. Entretanto, das janelas do avião, Willy Meyer e os jornalistas espanhóis puderam ver um grupo de cerca de 40 soldados com bandeiras marroquinas que aguardavam a sua chegada e se preparavam para os receber de forma violenta. O deputado europeu e os jornalistas provavelmente também não puderam visitar o acampamento saharauí de Gdeim Izik.

Barreira rompida

Segundo informaram fontes da resistência, apesar do “forte bloqueio das forças de ocupação marroquinas, uma caravana saharaui conseguiu forçar a barreira policial, sofrendo porém um ataque que produziu dezenas de feridos graves. Por fim, a caravana conseguiu entrar no acampamento”.

Segundo as mesmas fontes, em vários bairros da cidade de El Aiún (a capital do Sahara Ocidental ocupado por Marrocos) sucedem-se as manifestações que são violentamente reprimidas pela polícia.

“A situação é um inferno”, referem. Segundo vários testemunhos foram contados 172 veículos militares (caminhões Gacel), e outros da marca Toyota, repletos de efetivos do exército deslocados do muro defensivo de Amgale, que pertencem ao 6º Regimento de Infantaria motorizada, para El Aiún.

El Aiún, cidade sitiada

El Aiún está totalmente bloqueada. Ninguém pode entrar ou sair. Centenas de efetivos bloqueiam todas as saídas da cidade e todas as entradas ao acampamento de Gdeim Izik. Dezenas de caminhões-tanque, forças de intervenção, forças policiais e militares cercam o acampamento e a cidade.

Centenas de jovens de saharauís tentam forçar as barreiras de acesso ao acampamento, mas são dispersados com gás lacrimogêneo. Na cidade, os saharauís retiram as bandeiras marroquinas que enxameavam El Aiún devido à celebração da Marcha Verde.

Foi decretado um toque recolher e foram fechados todos os estabelecimentos da avenida Bucraa, a qual se encontra sitiada, assim como os bairros de Raha, Wifag, Elauda e Alamal. Nas ruas é constante a movimentação de um grande número de militares.

Fonte: Da redação, Luana Bonone, com informações da Associação de Amizade Portugal-Sahara Ocidental

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Forças marroquinas invadem violentamente acampamento Saharaui

Forças marroquinas invadem violentamente acampamento Saharaui



©Paulo Nunes dos Santos/A23


O acampamento de protesto que nascera há um mês nos arredores da capital do Sahara Ocidental e onde estavam mais de 20 mil pessoas foi invadido por forças de segurança marroquinas. Há vários feridos, diz a AFP.
Há tendas a arder e vozes que pedem através de megafones para que as mulheres e as crianças abandonem o local, descreve o “El País”.

Segundo contaram saharauís ao “El País” e ao “El Mundo”, o Exército entrou às 6h00 no recinto e começou a lançar gás lacrimogéneo, a incendiar tendas e a forças pessoas a sair. “Atacaram-nos de madrugada. Não pudemos fazer nada. Perdemos a batalha”, disse ao “El Mundo” Sidi, um saharauí que estava no acampamento desde o segundo dia.

Um jornalista da agência AFP diz ter visto vários feridos e ambulâncias que se dirigiam a El Aaiún. Segundo esta agência, as forças marroquinas usaram canhões de água contra os habitantes do acampamento.

“Cremos que já há bastantes feridos, várias ambulâncias saíram do acampamento com saharauís e outros fugiram por estrada”, disseram outros saharauís ao “El Mundo”. As ruas de El Aaiún “estão tomadas”, disse por seu turno Hassana Duihi, do Comité de Presos Saharauís.

Este acampamento, que tinha já mais de sete mil tendas, nasceu há quatro semanas a 15 quilómetros da capital saharauí, El Aaiún. Foi montado por habitantes do Sahara Ocidental que reivindicam melhores condições de vida, nomeadamente empregos e habitações.

Domingo, as forças de segurança marroquinas bloquearam o acesso ao campo e, em protesto, jovens e adolescentes saharauís ergueram barricadas e queimaram pneus no centro de El Aaiún. As forças anti-motim desmantelaram as barricadas e seguiu-se uma hora de confrontos. Para além do bloqueio ao campo, foi cortada a rede de telemóveis, o que levou os activistas a acreditarem que o assalto ao acampamento estava iminente.

A activista Aminatu Haidar tinha avisado nos últimos dias para a possibilidade de uma invasão à força deste campo, pedindo protecção para as pessoas que lá se encontravam. Haidar chegou ontem a Portugal e aqui ficará até quarta-feira, pretendendo agradecer aos activistas da causa sarauí que em Dezembro no ano passado se mobilizaram em torno da sua greve de fome em Lanzarote. Amanhã é homenageada na Universidade de Coimbra; quarta-feira na de Lisboa.

O Sahara Ocidental foi ocupado por Marrocos em 1975 e os saharauís lutam desde essa data pela autodeterminação. A região aguarda um referendo desde que a ONU criou uma missão para o realizar, em 1991

Fonte: www.a23online.com

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

CULPABLE

martes, octubre 26, 2010


CULPABLE (poema dedicado a Nayem El Garhi)




La voz inocente de un niño,
es culpable de la muerte,
culpable del odio de los verdugos
de la ausencia de su ciudad.


Culpable que entierren
su voz para siempre
ante el silencio cómplice
de la indiferencia.


Dirán que la bala
atravesó su cuerpo,
atravesó su alma
y desgarró su corazón.


Una vez más
culparan a su madre,
a su hermano
a sus amigos.


Y al final,
los vasallos
encerrados en la ignominia
del delito
culparan al niño saharaui,
de su muerte.


Ali Salem Iselmu, poeta y escritor saharaui.

*Artículo de Ali Salem Iselmu en El Pais. Protesta saharaui por la dignidad y la libertad


Etiquetas: Sahara ocupado

Fonte: generaciondelaamistad.blogspot.com

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Acampamento saharaui bloqueado por exército marroquino

Acampamento saharaui bloqueado por exército marroquino

Desde o início de Outubro que o Acampamento da Liberdade, onde estão já 20 mil Saharauis, cresce perto de El Aiún, apesar da repressão do Governo de Marrocos. O actor Javier Bardem entregou ao Governo espanhol um manifesto a favor do povo saharaui, com 230 mil assinaturas.

4 Novembro, 2010 - 19:32


No Acampamento da Liberdade, em Gdeim Izik (nos arredores de El Aiún), estão já 20 mil saharauis que lutam pela independência do território ocupado do Sahara Ocidental e enfrentam a violência da polícia marroquina. Desde o dia 10 de Outubro de 2010, milhares de saharauis levantaram um acampamento de protesto no deserto, nos arredores da cidade de El Aiún, como forma de condenar a ocupação marroquina, as difíceis condições de vida a que estão sujeitos nos campos de refugiados e a delapidação dos recursos naturais. Desde então o exército marroquino mantém uma forte presença em redor do acampamento, isolando-o e bloqueando qualquer acesso, situação que se acentuou gravemente nas últimas horas, e que faz com que as condições de sobrevivência da população acampada se tenham vindo a degradar muitíssimo.

A violência desproporcional com que o exército marroquino responde a este protesto do povo saharaui ficou bem evidente com a morte, no dia 24, a escassos quilómetros do acampamento improvisado, de um jovem de 14 anos e com o ferimento de outros sete saharauis. O jovem seguia num automóvel que levava provisões para o acampamento, e que foi impedido pelo controlo do exército marroquino através de fogo real. Além disso, a família do rapaz, atingido num rim por um disparo efectuado a curta distância, denuncia que as autoridades marroquinas enterraram o corpo no dia seguinte à tarde, sem permitir à sua mãe e irmãos ver o cadáver, e sem lhes comunicar o local do enterro.

No decorrer do mês e Outubro o governo do Marrocos proibiu também as actividades do escritório da Al-Jazeera em Rabat e decidiu retirar as credenciais dos funcionários da emissora que tem sede no Qatar. O ministério da Comunicação do Reino de Marrocos afirma em comunicado que o tratamento “irresponsável” dos assuntos marroquinos “afectou seriamente a imagem de Marrocos e prejudicou manifestamente os seus superiores interesses, especialmente a questão da integridade territorial".

Já várias organizações de Direitos Humanos em Marrocos, Espanha e Portugal vieram a público denunciar e repudiar a situação e exigir que sejam apuradas responsabilidades acerca da morte do jovem rapaz. A quebra do cessar-fogo e a violação dos princípios de direito humanitário num momento em que se inicia uma nova ronda de negociações oficiais entre Marrocos e a Frente Polisario em Nova Iorque é preocupante e deve merecer a atenção da comunidade internacional.

Entretanto, também o Presidente da Federação Mundial da Juventude Democrática, o jovem português Tiago Vieira, foi interceptado pelas autoridades marroquinas de chegar a El Aiún e obrigado a regressar mais cedo a Portugal.

Não obstante a repressão e as tentativas para demover e desmobilizar o protesto, não obstante o bloqueio ao livre acesso de observadores e comunicação social internacional, o acampamento não parou de crescer e conta hoje com cerca de 8 000 tendas e 20 000 Saharauis. Importa por isso mobilizar toda a solidariedade e atenção internacional para salvaguardar o mínimo dos direitos humanos desta população acampada em protesto.

Manifesto com 230 mil assinaturas pede estatuto diplomático para Frente Polisário

Segundo o jornal espanhol El País, Javier Bardem tentou primeiro marcar um encontro com o chefe do Governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero, mas não conseguiu. Por isso, o conhecido actor, porta-voz da plataforma Todos con el Sahara, apresentou-se esta quinta-feira no Palácio da Moncloa para entregar um manifesto onde os 230 mil subscritores pedem ao Governo espanhol que outorgue um estatuto diplomático à representação em Madrid da Frente Polisario, movimento que luta pela independência da antiga colónia espanhola e, como tal, é reconhecido como representante único do povo saharaui pela Organização das Nações Unidas.

A plataforma escreveu três cartas (em Janeiro, Maio e Outubro) à Presidência do Governo solicitando uma data para entregar o manifesto, mas estranhamente "não houve resposta alguma", referiu Álvaro Longoria, que, juntamente com Javier Bardem, está a rodar um documentário sobre o Sahara Ocidental. Na falta de resposta, o actor e outros membros destacados de “Todos con el Sahara” - Rosa María Sardá, Fernando Colomo, Carlos Bardem, e outros - bateram esta quinta-feira à parte da Moncloa.

O documento é subscrito por muitos artistas e personalidades da vida espanhola e mundial, como Pedro Almodóvar, Joan Manuel Serrat, Oscar Niemeyer e Penélope Cruz.

Aminetu Haidar congratulada com a Medalha da Universidade de Coimbra

No próximo dia 9 de Novembro, por iniciativa da Faculdade de Economia, o Reitor da Universidade de Coimbra, Prof. Doutor Fernando Seabra Santos, entregará a Medalha da Universidade a Aminettou Haidar como reconhecimento pelo seu contributo para a defesa dos Direitos Humanos, numa cerimónia pública que terá lugar na Biblioteca Joanina.

No dia anterior, 8 de Novembro, a Associação de Amizade Portugal-Sahara Ocidental, com o apoio da plataforma portuguesa da Marcha Mundial das Mulheres, organiza, em Lisboa (no Terraço do Graal, na Av. Luciano Cordeiro, 24-6º), uma sessão de informação e trabalho com a activista saharaui Aminetu Haidar.

Fonte: www.esquerda.net

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

EL AIUN ■ O Acampamento da Dignidade e da Liberdade


EL AIUN ■ O Acampamento da Dignidade e da Liberdade

em 2010/11/3 0:00:00



Desde o dia 10 do presente mês (Outubro), que um acampamento, hoje com cerca de 8 000 tendas e 20 000 Saharauis, foi crescendo a quinze quilómetros de El Aiun, a “capital” do Sahara Ocidental.

A cidade está sob vigilância apertada e subsiste uma repressão muito forte contra todo aquele que queira comunicar ou divulgar o que se está a passar. As antenas da rede telefónica entopem os sinais e a transmissão das informações é feita na maior das discrições.

Ainda nenhum órgão de comunicação internacional está presente no terreno, mas os saharauis tratam de procurar divulgar além fronteiras aquilo que eles estão a viver.
É uma mobilização pacífica e sem precedentes do povo saharaui pelo respeito dos seus direitos socio-económicos e pela sua autodeterminação. Há uma enorme necessidade de assistência humanitária – água, alimentação, remédios. Mas nem assim deixa de haver uma determinação inquebrantável.

Fonte: Associação de Amizade Portugal - Sahara Ocidental

Deputados britânicos condenam morte de adolescente no Sahara Ocidental ocupado por Marrocos


10/30/2010 16:57


Deputados britânicos condenam morte de adolescente no Sahara Ocidental ocupado por Marrocos

O jovem de 14 anos, ELGARHI NAYEM FOIDAL MOHAMED SUEIDI, morto a tiro pelo exército marroquino na tarde do passado Domingo.

Deputados da Câmara dos Comuns («MPs») condenaram a morte de um adolescente num ataque perpetrado pelas forças marroquinas que abriram fogo contra civis saharauis.

Os deputados da Câmara dos Comuns condenaram o tiroteio de Domingo à noite, no qual foi morto um rapaz Saharaui de 14 anos e foram feridos vários outros pelas Forças de Segurança Marroquinas que cercam o acampamento de protesto Gdeim Izik no Sahara Ocidental ocupado por Marrocos.

Hoje mesmo, uma delegação de deputados da Câmara dos Comuns e da Câmara dos Lordes vai discutir as suas preocupações com esta situação no Sahara Ocidental com o Ministro dos Negócios Estrangeiros Alistair Burt.

Um dos deputados do grupo da Câmara dos Comuns, Jonathan Evans, disse esta manhã:

«Esta morte é uma tragédia, mas teme-se que isto seja só o princípio. O governo do Reino Unido pode ajudar, levantando urgentemente a questão junto das autoridades marroquinas, a fim de garantir a segurança daqueles que protestam pacificamente contra a ocupação do Sahara Ocidental por Marrocos».

Jeremy Corbyn, deputado da Câmara dos Comuns e Presidente do Grupo Parlamentar de Todos os Partidos para o Sahara Ocidental («MP Chair of the All Party Parliamentary Group on Western Sahara») disse:

«Isto é uma tragédia e uma vergonha e na reunião que vou ter hoje mais tarde com o Ministro dos Negócios Estrangeiros vou pedir que o governo do Reino Unido faça as exigências mais firmes possíveis aos marroquinos não só no sentido de permitirem a passagem em segurança, mas também no sentido de porem fim ao impasse político, permitindo que o povo do Sahara Ocidental escolha livremente, para decidirem o futuro da sua própria terra».

O deputado da Câmara dos Comuns Mark Williams disse:

«Vou pôr esta questão ao Ministro. Não podemos continuar a ignorar a brutalidade das autoridades marroquinas contra aqueles que, de forma pacífica, se manifestam pelo seu direito à independência. O primeiro passo consiste em que o Conselho de Segurança implemente uma vigilância contínua dos direitos humanos no Sahara Ocidental».


Fonte: Pravda.ru