República Árabe Saharaui Democrática


O POVO QUE O MUNDO ESQUECEU


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O POVO QUE O MUNDO ESQUECEU


Bem-vindos ao blog phoenixsaharaui.blogspot.com.br


A criação deste espaço democrático visa: divulgar a causa Saharaui, buscar o reconhecimento pelo Brasil da República Árabe Saharaui Democrática e pressionar a União Européia, especialmente a Espanha, a França e Portugal, mais os EUA, países diretamente beneficiados pela espoliação dos recursos naturais do povo Saharaui, para retirarem o apoio criminoso aos interesses de Mohammed VI, Rei do Marrocos, e com isto permitir que a ONU prossiga no já tardio processo de descolonização da Pátria Saharaui, última colônia na África.


Membro fundador da União Africana, a RASD é reconhecida por mais de 82 nações, sendo 27 latino-americanas.


Nas páginas que seguem, você encontrará notícias do front, artigos de opinião, relato de fatos históricos, biografias de homens do porte de Rosseau, Thoreau, Tolstoy, Emersom, Stuart Mill e outros que tiveram suas obras imortalizadas - enxergaram muito além do seu tempo - principalmente em defesa da Liberdade.


"Liberté, Égalité, Fraternité", a frase que embalou tantos sonhos em busca da Liberdade, é letra morta na terra mãe.


A valente e obstinada resistência do povo Saharaui, com certeza encontraria em Jean Molin - Herói da resistência francesa - um soldado pronto para lutar contra a opressão e, em busca da Liberdade, morrer por sua Pátria.


A Literatura, a Música, a Pintura e o Teatro Saharaui estarão presentes diariamente nestas páginas, pois retratam fielmente o dia-a-dia deste povo, que a despeito de todas as adversidades, em meio a luta, manteve vivas suas tradições.


Diante do exposto, rogamos que o nosso presidente se afaste da posição de neutralidade, mas que na verdade favorece os interesses das grandes potências, e, em respeito a autodeterminação dos povos estampada como preceito constitucional, reconheça, ainda em seu governo, a República Árabe Saharaui Democrática - RASD.


Este que vos fala não tem nenhum compromisso com o erro.


Se você constatar alguma imprecisão de datas, locais, fatos, nomes ou grafia, gentileza comunicar para imediata correção.


Contamos com você!


Marco Erlandi Orsi Sanches


Porto Alegre, Rio Grande do Sul/Brasil

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Crianças Saharauis - exemplo para o mundo


Ano novo, vida nova, será?

Este blog, como vocês sabem, tem objetivos bem definidos:

1. Divulgar a causa Saharaui;
2. Buscar o reconhecimento do Estado Saharaui como nação independente pelo Brasil;
3. Pressionar a Espanha, França, Portugal e EUA, para que renunciem aos interesses escusos que os mantém ligados umbilicalmente ao regime genocida de Mohamed VI, Rei do Marrocos.

Ao longo deste ano garimpamos, isto mesmo, garimpamos na imprensa nacional e internacional, notícias sobre a situação do Povo Saharaui.
Apesar do apego da imprensa as notícias sobre tragédias, o extermínio dos Saharauis não desperta nenhum interesse. Assim, a vida privada das celebridades, o acidente na Fórmula 1, o título mundial perdido, a novela das 9:00, o replay interminável dos gols feitos e perdidos e os bolas muchas e os bolas cheias, inundam nossas casas num besterol que parece não ter fim.
O processo de infantilização do povo caminha a passos de gigante.
Os mesmos meios de comunicação que trabalham matérias sobre tragédias pretéritas, com o nobre intuito de que o conhecimento das atrocidades praticadas no passado não se repitam, criminosamente calam diante do extermínio do povo Saharaui no presente.

Ora, como poderia um muro de 2.500 KM de extensão, guarnecido por 150.000 mercenários fortemetente equipados com armamento Francês, dividindo um país de norte a sul, segregando um povo em cárcere privado dentro do seu próprio teritório, ser manchete e provocar o repúdio mundial?

Como poderia milhões de minas terrestres serem colocadas ao pé deste infame muro para evitar que os legítimos donos da terra transitem livremente, provocando mutilações e mortes aos milhares de um povo indefeso, ser manchete e provocar o repúdio mundial?

Como poderia a tortura praticada nos porões das prisões Marroquinas, contrariando e colocando a mostra toda a hipocrisia da política de Direitos Humanos apregoadas e não praticadas pela União Européia e EUA, ser manchete e provocar o repúdio mundial?

Como poderia a conduta do governo brasileiro que apoiou energicamente o direito do Irã produzir energia nuclear, enfrentando posição contrária das potências mundiais, e mantém posição de neutralidade em relação a independência do Povo Saharaui - última colônia da África - e ao seu Direito à Liberdade, ser manchete e provocar o repúdio mundial?

Como poderia o PT ser governo durante oito anos, agora mais quatro, esquecer uma das resoluções do seu terceiro Congresso, quando apoiaram expressamente a independência do povo Saharaui e após assumirem, negarem este sagrado direito ao povo Saharaui e a própria incoerência na defesa da liberdade ser manchete e provocar o repúdio mundial?

Como poderia a França continuar vendendo armas ao Marrocos para garantir a continuidade da opressão ao povo Saharaui, a Espanha continuar roubando fosfato das minas Saharauis, Portugal e outros gatunos europeus continuarem pescando no litoral Saharaui, maior banco pesqueiro do mundo, pagando pedágio ao genocida Mohamed VI, enquanto as crianças Saharauis nunca viram um peixe e não tem o que comer, ser manchete e provocar o repúdio mundial?

O trato (trato porque contrato precisa ter objeto lícito e boa fé entre as partes) espúrio celebrado entre o Marrocos e seus comparsas Europeus, para espoliação dos recursos naturais abundantes na terra e no mar Saharaui, financia o enriquecimento ilícito de Mohamed VI e a presença do aparelho estatal de repressão, estacionado permanentemente na região.

Como vimos, parece que a palavra chave é COERÊNCIA.

Não há coerência possível enquanto a cobiça e a ganância das grandes potências, a omissão criminosa de países como o Brasil, mais a cumplicidade da imprensa internacional, prevalecerem sobre o direito à vida e à liberdade do povo Saharaui!!!

A reflexão sobre os fatos atuais não diminui nossa disposição para a luta. Nem poderia, pois, as vítimas diretas deste galopante processo de extermínio, o povo Saharaui, não se entregam, não correm da luta, não se curvam ao inimigo e mantém firme seu sonho invencível de liberdade.

Aos bravos combatentes Saharauis, às mujeres Saharauis de excepcional carácter e força frente às adversidades, às crianças Saharauis que não tem o que comer, não tem água, moram em tendas, frequentam escolas precárias, desconhecem a fauna, a flora, os rios, seu mar e mesmo assim são FELIZES, a nossa solidariedade, respeito e admiração à vossa causa, e o desejo que 2011 seja o ano da redenção deste bravo e heróico POVO.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Saharauis: o povo que o mundo esqueceu

Saharauis: o povo que o mundo esqueceu

Reportagem 03 - 10 - 2009

Texto e fotografia de Paulo Nunes dos Santos

São quatro da manha quando finalmente chego ao destino final – o deserto Hamada a sudoeste da Argélia. No aeroporto de Tindouf, uma cidade construída em redor de uma base militar, aguarda-me Malainin Lakhal, um jornalista Saharaui representante da Frente Polisario que será o meu guia, tradutor, guarda-costas e excelente fonte de informação durante a minha visita a região. Após ultrapassadas todas as formalidades e burocracias comuns a uma zona de conflito, é tempo de mudar de transporte e iniciar as duas horas de viagem de jipe pelo deserto guiados apenas pela forte luz do luar. É durante esta viagem que tenho a oportunidade de iniciar o meu trabalho ao pedir a Malainin que me fale um pouco de si.



Á semelhança de mais de 200,000 Saharauis, Malainin viu-se forçado a abandonar a sua terra natal, deixando para trás os seus pais, irmãos, mulher e filhos. “Passaram já 17 anos desde a última vez que vi os meus filhos”, conta Malainin. “Era estudante universitário em Agadir (Marrocos) quando me envolvi em manifestações pela liberação do Sahara Ocidental. Como Saharaui é o meu dever lutar pela independência e liberdade do meu povo”.

Malainin, juntamente com outros activistas, foi um dos elementos envolvidos na Intifada de 1992 no sul de Marrocos e zonas ocupadas do Sahara Ocidental. Nessa mesma altura foi capturado, espancado e torturado pela polícia secreta marroquina. “Este sou eu nos dias a seguir a minha captura”, diz Malainin ao mostrar-me uma fotografia de um rosto maltratado e praticamente desfigurado. Contínua, explicando que enquanto aguardava julgamento, teve a oportunidade de fugir. Juntamente com dois companheiros atravessou o deserto, durante uma semana a pé, desde Laayoune (cidade militarmente ocupada e controlada por Marrocos) até aos campos de refugiados na Argélia. Durante esta viagem teve de atravessar o famoso muro construído por Marrocos, que divide o Sahara Ocidental de norte a sul. “Não foi fácil, porque tivemos de atravessar as zonas fortemente minadas sem que as tropas marroquinas se aperceberem”. Nos anos que se seguem, Malainin é julgado à revelia, e condenado a nove anos de prisão. Desde o dia que deixou Laayoune nunca mais teve a oportunidade de voltar a ver a sua família e amigos que deixou para trás.






Fascinado pela história de Malainin, a viagem até ao campo de refugiados passa num ápice. “Este é o 27 de Fevereiro”, informa-me Malainin. Á semelhança de todas as outras habitações neste campo, a construção é rudimentar. As casas são pequenas, feitas de tijolos de lama e palha, não existe água canalizada nem rede de esgotos. Quando as ocasionais chuvas torrenciais assolam esta inóspita parte do Sahara as inundações destroem-nas por completo, rotina que obriga a uma (re)construção sistemática desde a 34 anos.

Após duas horas de descanso, despertado pelo calor abrasador típico do deserto e pelas moscas que insistem em sobrevoar a minha cara, segue-se o pequeno-almoço e o primeiro contacto com fantástica hospitalidade do povo Saharaui. Café, pão fresco e doce de pêssego são-me servidos numa mesa tipo tabuleiro onde o tradicional chá de menta está também a ser preparado. Com a ajuda de Malainin tento obter um pouco de informação sobre a família anfitriã. É então que me contam a historia de Elkeihel, o dono da casa, activista e poeta Saharaui que, á semelhança de muitos outros, passou a sua infância nos territórios ilegalmente ocupados por Marrocos e viveu de perto a opressão e tortura do regime de Rabat.

Filho de uma revolucionária, Elkeihel passa a maior parte da sua vida na clandestinidade e ao fim de 12 anos consegue finalmente reunir-se com a sua mãe, avó e irmãos nos campos de refugiados. Hoje em dia Elkeihel trabalha como jornalista para a Radio Nacional criada pela Frente Polisário nos campos de refugiados, e tornou-se um símbolo vivo da resistência Saharaui.





De 27 de Fevereiro parto para outro campo, Rabouni, onde os edifícios dos ministérios do governo da Republica Democrática Árabe Saharaui estão estabelecidos. Apesar de ser o campo onde está a sede do governo em exílio, Rabouni tem o mesmo aspecto que os outros campos. Algo que me chama á atenção é o facto de que independentemente do cargo, posição ou importância das pessoas nestes campos, toda a gente vive nas mesmas condições. Pude confirmar este facto, quando uns dias mais tarde sou convidado a casa de Bouhabini Yahia, o presidente do Crescente Vermelho Saharaui (Saharawi Red Crescent – SRC) para lhe fazer uma entrevista. A sua casa é e contem exactamente o mesmo que as outras casas das famílias onde pernoitei e visitei.





No total existem 5 campos de refugiados: 27 de Fevereiro, Rabouni, Smara, Dajla e Laayone. Entre eles, estima-se uma população de 200 mil pessoas.

Construções rudimentares, as improvisadas vedações para as cabras, as ocasionais antenas parabólicas, os pequenos painéis solares e escassos depósitos de água, completam a paisagem árida destes campos. Negócios são quase inexistentes, e as poucas lojas que existem servem apenas para abastecer a população com os mais básicos dos produtos. Em cada campo existe também um jardim colectivo que, devido a escassez de agúa, permite apenas uma produção mínima que é distribuída por hospitais e população em geral.





Os refugiados que estão classificados em duas categorias – Vulneráveis (75 mil) e Muito Vulneráveis (125 mil), dependem unicamente da ajuda humanitária internacional que, segundo Bouhabini Yahia presidente da SRC não é suficiente para garantir as necessidades básicas de todos. ” Toda os refugiados nestes campos dependem de ajuda humanitária. Todos sem qualquer excepção. Mas Infelizmente estão muito longe de receber ajuda suficiente”, afirma. No entender de Bouhabini as Nações Unidas são em muito responsáveis por esta situação, afirmando que “não levam a serio a situação em que esta gente vive”. Acrescenta ainda que “não é aceitável que as Nações Unidas classifique estes refugiados com um estatuto de Emergência desde que os campos foram criados”. O facto de não serem classificados como refugiados não permanentes significa que a quantidade de ajuda humanitária recebida não vai ao encontro das necessidades reais da população.

Existe no entanto, uma forte participação da comunidade civil espanhola que em geral, e ao contrário do governo (o principal responsável pelo conflito, pelo facto de ter abandonado a ex-colonia a mercê da politica imperialista dos países vizinhos), reconhece o direito a um estado independente e sente a obrigação moral de apoiar os Saharauis. São várias as Organizações Não Governamentais (ONG) espanholas com um papel activo na ajuda aos Saharaui, com acções que vão desde a distribuição de água potável á implementação de escolas e acções de formação técnica de varias vertentes.





De caminho ao sul, é altura de visitar o campo de Smara, o maior e mais populacionado da região. Zorgan, um outro representante da Frente Polisário, leva-me numa visita guiada ao campo, passando pelo hospital, escola, jardim e pelo único cemitério da região. Na realidade, Smara não é mais do que os outros campos por onde passei, um aglomerado de casas feitas de tijolos de barro e com telhados de zinco, estradas de areia, depósitos de água e muitas vedações para cabras.

Terminada a visita, Zorgan faz questão que o acompanhe a sua casa e me junte à família durante a hora de almoço. Aceito o convite sem excitações. À chegada sou recebido com o maior dos entusiasmos pela mulher e filhos de Zorgan que me guiam até ao compartimento onde o tradicional chá de menta é imediatamente servido, seguido de uma caldeirada de camelo, batatas fritas e feijão. A seguir ao almoço, Zorgan conta-me um pouco da sua história de vida e paixão pela causa Saharaui. “O facto de ter perdido um braço quando era criança, não impediu de (aos 17 anos) me juntar a guerrilha e lutar pelo meu povo”, diz Zorgan com um orgulho evidente. Quando lhe pergunto se voltaria a fazer o mesmo, afirma com convicção que “se a guerra recomeçar estarei pronto para dar a minha vida pela independência e pela liberdade dos meus filhos e gerações futuras”. É altura de descansar por umas horas antes da longa viagem até ao próximo campo.





Após várias horas de viagem, debaixo de um calor intenso e coberto de pó e areia, chego a Dajla, o mais isolado de todos os campos. Dajla, construído praticamente nas dunas do Sahara, é disperso, com casas ainda mais frágeis do que nos outros campos. Malainin explica-me que o único poço de água existente no campo esta agora praticamente seco, e o minúsculo jardim que durante vários anos existiu junto a esta fonte de água tornou-se impossível de manter. A única água a que os habitantes de Dajla têm acesso, é distribuída por camiões cisterna uma vez por semana. O difícil acesso e longa distancia a percorrer torna impossível um abastecimento mais regular.





Num esforço para minimizar o isolamento dos refugiados estabelecidos em Dajla, as autoridades decidiram desde a dois anos atrás usar este campo como palco para o FISAHARA – um festival internacional de cinema organizado para os refugiados Saharaui. Este festival, que esta agora na sua sexta edição, foi criado com o intuito de proporcionar aos refugiados a participação em actividades culturais e acções de formação a nível cinematográfico e escrita criativa, e implementar uma plataforma de divulgação da cultura tradicional Saharaui. Este projecto, que conta com a participação e apoio de nomes importantes no mundo das artes a nível internacional, tenciona também alertar a comunidade internacional para as condições de vida a que os Saharaui estão sujeitos.

Com todo o ambiente de festa proporcionado pelo FISAHARA é fácil esquecer as dificuldades a que este povo está sujeito desde a 34 anos. Mas são acções como esta que mantêm viva a esperança e o sonho de um dia poderem voltar a sua terra natal, de verem unido o território que por direito lhes pertence.




Fonte: www.a23online.com

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

EEUU considera que Marruecos "gestionó el caso Haidar de forma desastrosa"


EEUU considera que Marruecos "gestionó el caso Haidar de forma desastrosa"
La filtración de Wikileaks señala que Marruecos ha puesto "en grave peligro" sus relaciones con España y otros aliados debido a "su gestión beligerante".

El embajador estadounidense en Rabat, Samuel L. Kaplan, considera que el Gobierno de Marruecos gestionó el caso de la activista saharaui Aminetu Haidar "de forma desastrosa" y atribuye la resolución del mismo a la presión de Estados Unidos y Francia y, "en menor medida", de España, según un documento diplomático estadounidense filtrado por Wikileaks.

"El regreso de Haidar llega en el momento justo, especialmente teniendo en cuenta el grave deterioro de su salud en los últimos días. También supone el cierre de un episodio desastroso para el Gobierno de Marruecos, que ha estado peligrosamente cerca de perpetrar un caso de exilio forzado", señala el comentario adjunto al cable enviado por la Embajada estadounidense en Rabat el 18 de diciembre de 2009, al día siguiente de que Haidar regresara a El Aaiún.

El documento, firmado por Kaplan, señala además que Marruecos ha puesto "en grave peligro" sus relaciones con España y otros aliados debido a "su gestión beligerante de este caso y con su diplomacia sorprendentemente torpe".

En cuanto a los motivos que forzaron al Gobierno marroquí a aceptar el retorno de Haidar, el embajador señala que "la prensa local como nuestros contactos saharauis en El Aaiún han dado un crédito enorme a Estados Unidos, Francia y, en menor medida, a España por su presión sobre el Gobierno de Marruecos para lograr una solución al problema".

También se refiere a la influencia de las "duras" declaraciones del ministro de Asuntos Exteriores y de Cooperación marroquí, Taieb Fassi-Fihri, que fueron "cruciales" para el "repentino cambio de actitud" de Rabat.

Como colofón, el embajador señala que "debemos ser conscientes de que el caso Haidar ha dejado al Gobierno de Marruecos gravemente conmocionado" y destaca el "enfado y la desconfianza" de las autoridades marroquíes, especialmente en lo que respecta a Argelia.

Fonte: www.diariodejerez.es

Perseguição dos activistas saharauis por parte de Marrocos


Perseguição dos activistas saharauis por parte de Marrocos

19.12.2010

Parlamento Europeu condena detenção e perseguição dos activistas saharauis por parte de Marrocos no Sahara Ocidental ocupado
O Parlamento Europeu (PE) adoptou ontem um relatório que condena a detenção ilegal de defensores saharauis dos direitos humanos e a perseguição aos mesmos por Marrocos no Sahara Ocidental.

O relatório anual sobre os direitos humanos no mundo em 2009, elaborado por Laima Liucija ANDRIKIENĖ (PPE, Lituânia), "condena a repressão e detenção de defensores saharauis dos direitos humanos nos territórios do Sahara Ocidental controlados por Marrocos", refere o texto.

O PE insta a ONU a que "inclua o acompanhamento da situação dos direitos humanos no mandato da Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental (MINURSO)".

O PE realça a importância das cláusulas relativas aos direitos humanos e à democracia e de "mecanismos eficazes de resolução de conflitos" nos acordos comerciais, acordos pesqueiros incluídos, entre a UE e os países não pertencentes à União.

Neste sentido, o relatório pede uma vez mais que estas cláusulas sejam acompanhadas de um mecanismo de execução que garanta a sua aplicação prática.

Por último, insta a Alta Representante da UE, Catherine Ashton, que se assegure que os direitos humanos e a consolidação da democracia se convertam no "fio condutor que guie todas as vertentes da política externa da União".

O PE pede ainda que seja criada uma Direcção de Direitos Humanos e Democracia no interior do Serviço de Acção Exterior, encarregada de desenvolver uma estratégia sólida da UE e de estabelecer uma coordenação global nos fóruns multilaterais. (SPS)

AAPSO

Fonte: port.pravda.ru

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

JANE ELLIOTT - A CLASSROOM DIVIDED

One day in 1968, Jane Elliott, a teacher in a small, all-white Iowa town, divided her third-grade class into blue-eyed and brown-eyed groups and gave them a daring lesson in discrimination. This is the story of that lesson, its lasting impact on the children, and its enduring power thirty years later.
One day in 1968, Jane Elliott, a teacher in a small, all-white Iowa town, divided her third-grade class into blue-eyed and brown-eyed groups...todos » One day in 1968, Jane Elliott, a teacher in a small, all-white Iowa town, divided her third-grade class into blue-eyed and brown-eyed groups and gave them a daring lesson in discrimination. This is the story of that lesson, its lasting impact on the children, and its enduring power thirty years later.«

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Iniciam novo contato Polisário-Marrocos sobre Saara Ocidental


Iniciam novo contato Polisário-Marrocos sobre Saara Ocidental

Escrito por Bianka de Jesus

jueves, 16 de diciembre de 2010

Victor M. Carriba

Nações Unidas, 16 dez (Prensa Latina)

A Frente Polisário e Marrocos iniciam hoje outro contato informal organizado pela ONU e sob a sombra da crise criada pelo assalto de forças marroquinos contra um acampamento saaraui no mês passado. Trata-se do quarto encontro desse caráter realizado desde agosto de 2009 em resposta à resolução 1871 do Conselho de Segurança, que chamou a buscar a retomada das conversas oficiais.

O encontro foi convocado na semana passada pelo enviado especial da ONU para esse território, Christopher Ross, e terá lugar na localidade nova-iorquina de Greentree, em Long Island.

A reunião anterior efetuou-se a princípios de novembro passado, quando as delegações persistiram em sua rejeição às propostas da outra parte como base para futuras negociações, segundo informou Ross em um comunicado. Um dia antes, militares e agentes da segurança de Marrocos lançaram um ataque contra o acampamento de Gdeim Izik, habitado por civis saharauis que protestavam contra a ocupação marroquina dessa ex colônia espanhola.

Ontem, o presidente da República Árabe Democrática Saarauí, Mohamed Abdelaziz, solicitou ao secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, o envio de uma missão internacional independente que investigue a agressão perpetrada por Rabat.

De acordo com fontes saarauis, o pedido está contido em uma carta que acusa Marrocos de semear o terror, o medo e a intimidação nos territórios ocupados do Saara Ocidental.

A carta reclama a criação de um mecanismo da ONU para a proteção dos direitos humanos na região e denuncia o assédio militar implantado por Rabat em torno da cidade do Aaiun para impedir a chegada de observadores e jornalistas.

Com respeito à nova reunião em Nova Iorque, Abdelaziz disse há dois dias que o Polisário participará com a esperança de que nesta ocasião Marrocos permita avançar para a celebração de um referendo sobre a autodeterminação do Saara Ocidental.

Por sua vez, o coordenador saaraui na Missão da ONU para o Referendo nesse território (Minurso), Mhamed Jadad, defendeu por que esse mecanismo se encarregue da supervisão dos direitos humanos no território.

Há uma semana a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução sobre o Saara Ocidental que reafirmou "o direito inalienável de todos os povos à livre determinação e a independência".

O texto saudou os contatos entre o Polisário e Marrocos e destacou os gerenciamentos de Ross para "uma solução política, justa, duradoura e mutuamente aceitável que conduza à livre determinação do povo do Saara Ocidental".

Ao mesmo tempo exortou às partes "a cooperar com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e a cumprir as obrigações que lhes incumbem conforme o direito internacional humanitário".

Antes das quatro turno de conversas informais, Marrocos e o Polisario celebraram várias rodadas de negociações oficiais em junho de 2007, agosto desse ano e janeiro e março de 2008, quando ficaram interrompidas.

Fonte: www.prensa-latina.cu

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Repórter Lúcio de Castro é premiado por documentário exibido no Sportv

Abaixo reproduzo matéria sobre a justa homenagem prestada ao JORNALISTA LUCIO DE CASTRO pela reportagem que me fez conhecer e abraçar a causa SAHARAUI.


Repórter Lúcio de Castro é premiado por documentário exibido no Sportv



O repórter Lúcio de Castro foi a Porto Alegre receber um prêmio pelo documentário "Gartufa", exibido em 2009, no Sportv. O jornalista ganhou na categoria "Denúncia Internacional", na 27ª edição do Prêmio de Direitos Humanos, organizado pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) e pela Ordem dos Advogados do Brasil.



O documentário "Gartufa" revela o cotidiano dos saharauis, povo que vive num campo de refugiados, no deserto do Saara, na África. Há três décadas eles aguardam o cumprimento da resolução da ONU que reconhece o direito dos saharauis como nação. A narração é de Sérgio Chapelin.

Fonte: http://oglobo.globo.com

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Poemas creados por los jóvenes poetas saharauis Luali y Saleh Abdalahe

Un tumulto de voces

Quiebra el silencio de la noche

Mientras la ciudad duerme

ajena a las garras de la sombra,

que en la sombra,

arañan sus paredes,

desfiguran su rostro



Cuando estoy solo

solo estoy rumiando los recuerdos

que llenaron mis brazos con tu cuerpo.

Las migajas de amor que dejó desparramada

Tu ausencia en mi alma.

Cuando estoy solo.

Solo repaso los rincones

Donde nuestra imaginación

Retozó en el polvo de la noche

Con la cómplice discreción de una duna

Cuando estoy solo.

espero, solo, que el siroco me devuelva

La duna a esta desolada estación

Donde reconstruyo tu imagen sobre

El silencio de las piedras

Cuando estabamos juntos

estabamos, juntos, rompiendo las

Fronteras con las consignas

De nuestros besos.



Las miserias del mundo

yacen olvidadas bajo

el escombro de los metalenguajes.

El lenguaje con que chillan

Los intestinos del sur

Es un enigma en los oídos

Del norte.

El monstruo de la ciudad

Se comió nuestra inocencia.

La fe se estrella contra los gigantes

Que rascan un cielo que no pica.

Los pequeños dioses agonizan

Ante el vacío de los verbos

Politizados.

Y la guerra es una proyección

Del diablo que deambula como

Una posiblidad en las desoladas

Praderas de nuestra esperanza.



Cuando esquivo las espinas

del tiempo y me refugio en el

silencio de tu cuerpo.

Solo estoy buscando paz.

Cuando le viro el rostro

A la incertidumbre de esta

Rutina, y sucumbo ante

El encanto de la memoria

De tu imagen.

Solo estoy buscando paz.

incluso,

Cuando maldigo el peso de tu nombre

sobre mis vértebras, la recurrencía

de tus horizontes en mi mirada,

el ardor de tus lágrimas sobre mis mejias

sólo estoy buscando paz.

Pero cuando te mires en el

Espejo del recuerdo y solo

Encuentres el gerogrifico

De mis besos en tu cuerpo.

Es que me he ido,

Me he ido a componer

Los cristales rotos de otra

causa de amor.

para la paz

Fonte: www.lasonet.com

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Um povo a mais na guerra de interesses do Sara Ocidental

Um povo a mais na guerra de interesses do Sara Ocidental

Publicado em 11 de Novembro de 2010
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Aminatu Haidar esteve ontem em Lisboa, mas o governo não recebeu activista de direitos humanos

"As patrulhas do exército e da polícia marroquina estão neste momento a entrar em casas de sarauís à procura de jovens. Um adolescente sarauí de 13 anos foi detido no bairro de Colomina Nueva. Trata-se de Mohamed el Mujtar Mulay Jedemmu. [...] Procuram jovens sarauís na generalidade. Além disso têm uma lista com nomes de activistas a ser detidos. Só vão a casas onde há rapazes jovens." As mensagens foram publicada ontem às 15h11 no blogue Territórios Ocupados (http://territoriosocupadosminutoaminuto.blogspot.com) - alinhado com a resistência sarauí - e revela que, apesar de as conversações bilaterais, mediadas pelas Nações Unidas, terem sido retomadas, o conflito armado é iminente.

A acompanhar a situação a partir de Portugal está Aminatu Haidar, activista que em Novembro de 2009 ficou 32 dias em greve de fome no aeroporto de Lanzarote, depois de, no regresso de uma viagem a Nova Iorque, ter sido impedida por Marrocos de regressar ao Sara Ocidental. Na terça-feira foi homenageada pela Universidade de Coimbra pelo trabalho que tem feito na defesa dos direitos humanos. Ainda assim, ontem à tarde a secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, negou uma audiência à activista. O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda já pediu uma explicação ao governo sobre a recusa. O i tentou contactar a governante, mas tal não foi possível. A activista, que deixa hoje o país, confessou sentir-se "frustrada" e "decepcionada" com a falta de consideração do governo português.

No terreno A Frente Polisário, organização que luta pela independência do território, assegurou ontem que já havia pelo menos 19 mortes e que em El Aaiun, capital do Sara Ocidental, se vivia uma "situação de terror". De acordo com o ministro sarauí dos Assuntos Exteriores, Mohamed Uld Salek, "estão a aparecer corpos degolados e cadáveres com marcas de balas, alguns deles crianças", que são "muito difíceis de identificar".

Porém, Rabat contabiliza apenas a morte de dez elementos das forças de segurança marroquinas e um sarauí. As diferenças de números continuam, com o movimento independentista a dar conta de 723 feridos e 159 desaparecidos, enquanto Marrocos afirma apenas ter detido 163 pessoas, garantindo não haver "qualquer desaparecido". A violência agravou-se na segunda-feira, depois de as forças marroquinas terem desmantelado um acampamento de protesto que mais de 20 mil sarauís tinham erguido nos arredores da capital.

Negociações e interesses Marrocos e a Frente Polisário decidiram na terça-feira continuar as negociações de dois dias e voltar a encontrar-se em Dezembro e no início de 2011 para avançarem com o processo, atendendo às resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Taib Fassi Fihri, ministro marroquino dos Assuntos Exteriores, alertou, durante o encontro nos arredores de Nova Iorque, para a necessidade de uma "nova dinâmica" nas negociações sobre o Sara Ocidental. Já Khatri Addouh, chefe da delegação sarauí, insistiu na "legalidade da causa" da Frente Polisário, ou seja, na legitimidade de pedir "liberdade e independência".

Do outro lado do Atlântico, em Madrid, o Partido Popular, principal partido da oposição espanhola, pediu ao governo um comunicado com a posição oficial de Espanha sobre a região, que foi uma colónia espanhola até 1975, sublinhando que, "legalmente, e apesar de ao governo parecer mentira, Espanha continua a ser a potência administradora do Sara e assim o afirmam as Nações Unidas e a legalidade internacional". A reacção vem na sequência das declarações do ministro da Presidência espanhol, Ramón Jáuregui, reconhecendo a soberania de Marrocos na região. As afirmações foram desmentidas no dia seguinte pela ministra espanhola dos Assuntos Exteriores, Trinidad Jiménez.

Para Diogo Noivo, investigador do Instituto Português de Relações Internacionais para as questões do Médio Oriente e Magrebe, "o Sara Ocidental é talvez a maior pedra no sapato na política do Magrebe islâmico" e tem sido "usado como arma de arremesso" entre Marrocos e Argélia - duas maiores potências no Norte de África.

Segundo explicou o especialista ao i, como a Europa tem interesses fundamentais na região em matérias económicas, políticas e de segurança, todos os "temas sensíveis", como é o caso do povo sarauí, "são postos de parte". Já Tiago Ferreira Lopes, do Observatório de Segurança Humana, identifica outras causas para o problema humanitário de El Aaiun. "A União Europeia tem mostrado uma incapacidade quase genética de intervir em questões de natureza etnopolítica que envolvam reivindicações de natureza autonómica ou independentista, pela sua incapacidade de definir uma voz única, mesmo polifónica) na sua política externa", explicou ao i. Para Ferreira Lopes, Catherine Ashton, alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, podia, em teoria, fazê-lo, mas tem exercido o seu cargo "de modo periclitante e pouco pró-activo".

Fonte: www.ionline.pt

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Dos docenas de saharauis afincados en Valencia acampan frente a la Delegación del Gobierno para que Zapatero intervenga en el conflicto con Marruecos

SAHARA OCCIDENTAL 06.12.2010

Dos docenas de saharauis afincados en Valencia acampan frente a la Delegación del Gobierno para que Zapatero intervenga en el conflicto con Marruecos

Jóvenes acampados frente a la Delegación del Gobierno de Valencia. FOTO EPDA


Pancartas frente a la Delegación.


Nadhira Mohamed: ''Ya han muerto más de 100 personas y hay cientos de desaparecidos en El Aaiún''

Primero fue la toma de la sede de los socialistas valencianos, en la calle Blanqueries, y desde hace dos semanas dos docenas de activistas saharauis están acampados enfrente de la Delegación del Gobierno en Valencia para exigir al Ejecutivo de Rodríguez Zapatero que ''tome cartas en el asunto'' en el conflicto que enfrente al Sahara Occidental con Marruecos. Así lo ha explicado hoy a EPDA la portavoz de este colectivo, Nadhira Mohamed, quien denuncia que ya han muerto más de 100 personas y hay cientos de desaparecidos en El Aaiún.

Además, Nadhira advierte que ''las fuerzas marroquíes violan los derechos del pueblo saharaui todos los días y de ello hay muchas pruebas y vídeos en internet''. ''Queremos que el Gobierno español intervenga activamente en el conflicto, pues todo se remonta a la muy mala descolonización iniciada por España. De ahí que ahora tenga que reconocer su responsabilidad y no quedarse al margen'', explica.

Los activistas, que estarán acampados por ''tiempo indefinido'', recuerdan que Marruecos está ''sacando a la fuerza a muchas personas y ha impuesto el veto de información a periodistas extranjeros y alguien que no ha maltratado a nadie supuestamente no puede vetar a periodistas''.

Además de concienciar a la opinión pública española de cuanto acontece en la antigua colonia española, estos saharauis quieren trasladar un mensaje a sus compatriotas que están sufriendo el acoso de Marruecos. ''Queremos que sepan que estamos identificados con ellos en esta causa y queremos trasladarles nuestro apoyo y el de mucha gente de España. Hacemos, a nuestra manera, lo que podemos''.

Otra de las actuaciones más recientes y que tuvo resonancia nacional fue la ocupación de la sede del PSPV en Valencia, donde fueron recibidos finalmente por el secretario general de los socialistas valencianos, Jorge Alarte. ''Aquel día fuimos con las manos pintadas de rojo y una chica saharaui con nacionalidad española que se había afiliado al PSOE por aquello de la Alianza de las Civilizaciones, fue a darse de baja al sentirse traicionada''.

Fonte: www.elperiodicodeaqui.com