
Também conhecida simplesmente por Aminatu ou Aminetu (24 de julho de 1966) é uma activista em prol da República Árabe Saaráui Democrática e dos direitos humanos.
Hoje é a militante mais famosa pela República Árabe Saaráui Democrática, um Estado que seria criado no território do Sara Ocidental, território este disputado pelo Reino de Marrocos e pelo movimento independentista Frente Polisário, este último apoiado por Haidar.
Esse território, uma antiga colônia espanhola, teve o seu processo de descolonização interrompido em 1976, deixando de fazer parte da Espanha de maneira abrupta, embora esta estivesse comprometida com a ONU em conduzir tal processo de descolonização, o que gerou graves consequências para tal território.
Atualmente o Sara Ocidental é governado, de facto, pelo Marrocos, tendo Haidar a cidadania marroquina.
Por causa de sua ideologia pró saaráuis, foi perseguida e reprimida pelas autoridades marroquinas em várias ocasiões.
Em 1987, aos 21 anos, fazia parte de uma manifestação pacífica de 700 participantes, que exigia o referendo para a independência de Sara do Marrocos. Após essas atividades, foi detida sem acusação ou julgamento nas "prisões secretas" durante 4 anos, sofrendo torturas, juntamente com outras 17 mulheres saaráuis presas.
Em 2005, foi condenada pela justiça marroquina a um cárcere de 7 (sete) meses no presídio conhecido como "Black Prison" em El Aaiún. O processo de julgamento, por causa de irregularidades, foi denunciado por um observador enviado pela Anistia Internacional. Essa organização qualificou Haidar como uma prisioneira de consciência.
Também membros do Parlamento Europeu empreenderam uma campanha internacional para a libertação de Aminatou Haidar, a qual foi exigida formalmente através de uma resolução de tal Parlamento. Depois de mais de um mês na prisão, foi libertada em janeiro de 2006. Sua libertação reavivou as reivindicações de independência dos saaráuis, que se manifestaram através de manifestações de rua em El Aaiún e protestos de estudantes saaráuis da Universidade de Marraquexe.
Devido a grande repercussão midiática de sua prisão irregular e ao forte apoio recebido por parte de associações e políticos ocidentais, foi obtida a expatriação de Haidar, a fim de estabelecer-se como uma embaixadora itinerante da República Árabe Saaráui Democrática em contato com governos estrangeiros e associações pró saaráuis.
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