Fonte: http://www.tse.jus.br/eleitor/estatisticas-de-eleitorado/filiados
Conforme se verifica, numericamente insignificantes, todos os postulantes são oriundos de partidos nanicos diante do gigantesco eleitorado brasileiro.
Pois bem, os dados acima indicados já seriam suficientes para determinar a falta de representatividade dos candidatos, mas os fatos revelam que a indicação do candidato é obra pessoal de um ou dois ditos caciques dos partidos, ou seja, chefes de quadrilhas.
DA VERGONHOSA CAMPANHA
Apesar de tudo, reconhecendo que necessitamos urgentemente de uma reforma eleitoral elaborada por constituintes descolados do espectro político atual, estamos novamente em ano eleitoral para a escolha de presidente e, por consequência, assistindo o embate político apresentado em horário nobre e patrocinado por contendores dispostos a pegar a chave do cofre.
O que temos assistido são campanhas caricatas, ausente defesa de qualquer projeto de gestão, onde os candidatos submetem seus interesses aos interesses dos entrevistadores - fofoca/fake news - ficando o povo totalmente excluído do debate, que se mostra vazio de conteúdo e estéril de iniciativas concretas.
Depois de passar anos suportando o confronto entre os defensores do estado social e do estado liberal, após experimentar ambos os projetos de governo, verificamos que todos mantiveram o país dependente do capital externo e que sucumbiram a corrupção, em prejuízo da maioria do povo brasileiro.
Ao que parece, os atuais candidatos não conseguem mais sustentar as antigas teses que preenchiam os debates de retórica ideológica, em detrimento das reais necessidades e expectativas do nosso povo.
Varridos por uma onda de corrupção sem precedentes em nossa história, pelo menos em divulgação, quando constatamos que os maiores partidos do Brasil se transformaram em redutos de quadrilhas institucionalizadas, os postulantes procuram se descolar da sigla estigmatizada, e se apresentam como livre atirador numa campanha caracterizada pelo baixo nível intelectual e moral.
A própria imprensa, cujos interesses estão flagrantemente materializados nesta campanha, tem se encarregado de impedir que o povo se identifique com os "projetos" de algum candidato, missão difícil, ao propor uma abordagem rasteira e comprometida com os interesses de seu patrão e dos grupos que representam na calada da noite.
Pobre e de baixo nível são os debates de uma campanha que não trata da cultura, da educação, da saúde, do trabalho, da moradia e da segurança do povo brasileiro, ausente um projeto de Brasil.
Lamentável ainda foi assistir o candidato do baixo clero, representante do PSL, sustentar posição preconceituosa que não respeita a diversidade, promover a tortura praticada durante a ditadura, e defender como política de segurança pública o "suposto êxito" da missão do Brasil no Haiti - da desastrosa atuação dos militares no Rio nada disse - quando, segundo o postulante ao cargo máximo da nação, os soldados brasileiros resolveram a parada "atirando antes e perguntando depois", posição criminosa que endossa.
Afasta de mim este cálice! Afasta ...
Quisera eu não fazer parte dessa manada que se submete ao reincidente calote eleitoral e permite ser comandada por predadores da sociedade, projetando para nosso futuro e dos nossos filhos anos de miséria intelectual, material e moral, numa terra abençoada pela natureza e rica em fauna, flora, minerais, água abundante e pródiga em recursos humanos, porém, que não sabem lutar pelos seus direitos.
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