29/10/2011
Ao abraçar a causa Saharaui, sabia que estava penetrando no mundo das desigualdades consentidas e autorizadas. O que não imaginava, era o quanto somos desinformados, severamente condicionados e manipulados diariamente pela mídia.
O bombardeio midiático a serviço dos grandes conglomerados econômicos e das "potências" estrangeiras, utiliza vários expedientes: mensagem subliminar, omissão e distorção das informações, mentiras, semântica, comunicadores "formadores" de opinião, etc...
Outro dia, escrevi um artigo onde denunciava a relação promíscua estabelecida no comando do poder mundial centralizado na ONU.
Com base em dados fornecidos por instituição credenciada em reunir informações sobre a movimentação mundial de armas militares - sipri.org.com - discorri sobre a participação dos países no mercado da morte. Constatei que os cinco membros do Conselho de Insegurança da ONU, EUA, Rússia, Reino Unido, França e China, mais a sempre presente, Alemanha, candidata a sexta cadeira no clube dos horrores, são os maiores fabricantes de armas do mundo.
Obviamente que os confrontos militares não podem ter fim, é uma questão de mercado para esta gente. Assim, os conflitos persistem com justificativas religiosas, territoriais, ideológicas e por aí vai.
Antigamente, se dizia, sem muita certeza, que por trás destes argumentos estava sempre o interesse econômico. Hoje, podemos afirmar que as disputas sempre têm motivação econômica. A indústria bélica, nos países industrializados, responde por fatia significativa do PIB e os gringos odeiam perder dinheiro, logo, a mortandade em terras estrangeiras é um grande negócio e vai continuar.
Ao escrever esta frase, lembrei de uma passagem do livro do Eduardo Galeano, escritor uruguaio, "As Veias Abertas da América Latina", onde um general americano, em depoimento no Congresso, afirma:
"Não sou um general. General comanda um exército em defesa de seu país. Toda vez que entrei em ação, matei e torturei pessoas representando os interesses de empresas americanas em terras estrangeiras. Então, o que sou, é um mercenário!"
O Brasil sabe bem do que estava falando o arrependido mercenário. Aliás, o Cone Sul sentiu na carne a OPERAÇÃO COM DOR, patrocinada pelos americanos e executada pelos covardes carrascos de plantão. O Tio Sam pagou a conta para receber depois com juros, mas quem sujou as mãos de sangue foram os nativos traidores da pátria.
No artigo que referi acima, chamei a ONU de organização criminosa que decide quem vai morrer, quem vai viver e como neste mundo. Ao reler o texto, me pareceu que havia exagerado, forçado a barra, agido por impulso, feito falsa imputação aquela instituição. E isto me incomodava...
Infelizmente, não me incomoda mais. A frase revela a verdadeira face desta organização. O que me causa repulsa, é a presença constante dos predadores de sempre: a França, os EUA e a Espanha, "guardiões da democracia", reincidentes em episódios envolvendo a espoliação de recursos naturais e o genocídio de etnias africanas, sempre com o AVAL DA ONU.
A hiprocrisia européia e a soberba militar dos americanos não oferece limites.
Os EUA administram seus interesses externos com o dólar em uma das mãos e o tacape (taco de golfe) na outra. É no dinheiro ou no pau.
Já os europeus, mais refinados, apregoam uma política pacifista, em defesa dos direitos humanos e da preservação do meio embiente, enquanto seguem na prática histórica de eliminação de seres humanos e agressão à natureza, desde que atendam aos seus interesses. São experts na arte da dissimulação, mesmo diante da quantidade e qualidade de informações disponíveis na INTERNET (ferramenta criada e desenvolvida por êles) desmascarando sua verdadeira conduta predatória.
Neste tabuleiro internacional, cabe a nós brasileiros a postura de papagaios de pirata, repetindo mentiras plantadas nos meios de comunicação, totalmente comprometidos com o grande capital.
Enquanto isto a África agoniza. Grita por socorro e ninguém escuta. A imprensa internacional silencia, omite, mente e é cúmplice do massacre praticado em nome dos negócios.
A exploração dos recursos humanos, a expoliação dos recursos naturais e o genocídio de etnias, assolam a África à muitos anos. Agora, em pleno século XXI, temos uma nova forma de agressão destinada a destruir o continente Africano. A América Latina, Brasil incluído, não estão livres, também são alvo.
Até quando?
No vídeo que segue, a pergunta que não quer calar: quem são os verdadeiros piratas???
https://dotsub.com/view/8446e7d0-e5b4-496a-a6d2-38767e3b520a#.Tqy6_4iYPNl.google
Fonte:Guión y realizacion: Juan Falque
Musica original: Jean Paul Iragorri
Narrador: Iñigo Ortega Martinez
Colaboradores: Detras de la camara. www.detrasdelacamara.com
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