Em tempo de eleições, observando a reação indignada de cidadãos supostamente engajados em ambos os lados, percebo que infantilmente reproduzem a conduta predatória dos candidatos, ao atacarem a reputação dos adversários de forma irresponsável e criminosa.
Chama atenção a forma escolhida, ou seja: utilizando as redes sociais, reproduzem um texto ou um vídeo onde o desafeto está sendo desancado, e postam buscando adesão, curtição, clicks...
TOTAL ELEITORES |
ELEITORES FILIADOS |
% |
|
BRASIL | 141.522.258 | 15.264.775 | 10,78% |
PMDB | 2.355.183 | 1,66% | |
PT | 1.589.574 | 1,12% | |
PP | 1.415.865 | 1,00% | |
PSDB | 1.351.464 | 0,96% | |
PDT | 1.209.142 | 0,85% | |
PTB | 1.186.174 | 0,83% | |
DEM | 1.088.583 | 0,77% | |
PSB | 583.239 | 0,42% | |
OUTROS (24) | 4.485.551 | 3,17% |
Algumas constatações:
1) os percentuais atribuídos à representação partidária, no caso, incidem somente sobre o número de pessoas aptas à votarem, não sobre toda a população brasileira;
2) somente 10,78% dos eleitores são filiados aos partidos políticos que indicam os candidatos para sufragarmos, revelando a falta de participação popular;
3) o partido com o maior número de filiados é o PMDB (1,66%), que não costuma apresentar candidato à presidência da república, tornando-se assim o maior partido de aluguel do Brasil;
4) o PT com 1,12% de filiados governa o país e disputa o terceiro mandato;
5) o PSDB com 0,96% de filiados quer a vaga para retomar o poder;
6) os demais partidos aderem as coligações em troca de nomeações e liberação de verbas no futuro governo, sendo que o fiel da balança, PMDB, aliado até aqui do governo de plantão, após as eleições, inclina sempre para o lado vencedor, seja quem for;
7) pequeníssima parcela do eleitorado (PT - 1,12% ou PSDB - 0,96%) decidirem em quem devemos votar já seria ruim demais para uma nação que busca o amadurecimento democrático, mas a situação é muito mais grave. Quando votarmos para presidente no próximo pleito, estaremos legitimando um processo viciado e votando no candidato escolhido pessoalmente pelo senhor Luiz Inácio Lula da Silva ou pelo senhor Fernando Henrique Cardoso;
8) potencializar uma representatividade que os partidos políticos não têm é tarefa da imprensa, que vive escorada nas rentáveis (tabela de preços praticada para o setor público é 10 vezes superior aos valores de mercado) verbas de publicidade dos governos de qualquer sigla, em todos os níveis;
9) os partidos ditos nanicos são denominados desta forma para indicar a existência de grandes partidos, e ao mesmo tempo carregarem o fardo da fama de "vendidos". Isto é uma falácia. Na verdade todos os partidos são nanicos, pois não possuem representatividade diante do imenso eleitorado brasileiro, e também vendem caro seu apoio, em negociatas que lesam o erário público;
10) o maior partido de aluguel do país, PMDB, quadros com escassos 1,66% do eleitorado, boa parte inativos, tido como fiel da balança, conduzido por mestres em negociatas, é nanico numericamente e moralmente;
11) os números revelam um país de escassa participação popular, conduzido por feudos políticos que se revezam eternamente no poder desfrutando de um sistema eleitoral viciado, financiados por instituições estrangeiras, caixa dois de grupos privados e malversação dos recursos públicos, desprezando as legítimas demandas de seu povo e favorecendo o enriquecimento ilícito de poucos eleitos, eleitos, literalmente.
Considerações Finais
Os dois partidos que restaram na disputa já tiveram a oportunidade de governar e reproduziram no executivo todas as mazelas que combatem quando estão na oposição.
O pior dos dois projetos que disputam o voto do eleitor não está na divergência, e sim na convergência, exatamente onde são rigorosamente iguais. Em comum, a gestão que manipula o congresso em troca de cargos e liberação de emendas e o assalto ao erário público.
Grande ofensa feita ao povo brasileiro é que o seu parlamento representa, na justa medida, o comportamento nacional.
Ledo engano!
Estes senhores se apropriaram da identidade nacional, não nos representam e merecem a nossa total reprovação.
Aliás, imaginem se em vez do voto em "branco", tivéssemos uma opção plebiscitária permitindo a opção "reprovados"?
O escopo desta manifestação não é o de atacar pessoas, isto as redes sociais e a imprensa fazem sem nenhum compromisso com a verdade nem com as mudanças, mas sim, contribuir para a reconstrução das instituições que tradicionalmente permitem a sangria dos recursos públicos, em prol de atividades espúrias nos três poderes, amparados num sistema eleitoral viciado e contrário aos interesses da nação.
Ótimo texto 👏🏻👏🏻👏🏻
ResponderExcluirMuito boa reflexão.
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