
Amnistia Internacional exorta Marrocos a libertar militantes saharauis dos direitos do Homem
17/10/2010
Da Redação, com SPS
Londres – A Amnistia Internacional apelou às autoridades marroquinas a que procedam à libertação "imediata" e "sem condições" dos militantes saharauis dos direitos do Homem detidos em Salé (Marrocos), informou a SPS-agência noticiosa saharaui.
Os três militantes saharauis, Brahim Dahan, Ali Salem Tamek e Ahmed Naciri, cujo julgamento teve início, sexta-feira, mas que foi adiado para o dia 5 e Novembro, foram detidos em Outubro do ano passado, no seguimento da sua visita aos acampamentos de refugiados saharauis no sul da Argélia e ao territórios libertados da RASD.
Quatro outros militantes saharauis estão igualmente a ser julgados neste processo —Yahdih Ettarouzi, Essalah Lebihi, Degja Lechgar e Rachid Esghair mas beneficiaram, a partir de certo momento, de estatuto de liberdade provisória.
Todos eles são acusados de "atentado à segurança interna e à integridade nacional". "É verdadeiramente inaceitável que as autoridades marroquinas inculpem estas sete pessoas, entre as quais se encontram destacados defensores dos direitos humanos e ex-vítimas de desaparecimento forçado, por terem visitado livremente e sem segredos ao acampamentos de refugiados e se encontrado e reunido com membros da Frente Polisario", declarou o directos do Programa da Amnistia Internacional para o Próximo Oriente e Norte de África, Malcolm Smart.
"Brahim Dahane, Ali Salem Tamek e Ahmed Nassiri encontram-se, desde há mais de um ano, encarcerados por acções que apenas representam o exercício pacífico do seu direito à liberdade de expressão e associação. As acusações contra eles formuladas têm uma motivação política clara e devem ser imediatamente retiradas. Estes processos não devem prosseguir ", afirmou aquele responsável da AI.
Estes sete militantes saharauis defensores dos Direitos Humanos logo após a sua prisão foram apresentados a um tribunal militar, o qual se declarou incompetente para julgar o processo apenas no passado dia 25 de Setembro. A questão transitou para o Juízo Criminal do Tribunal de Casablanca.
Fonte: www.africa21digital.com
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